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reportagem cultural

- Publicada em 03 de Junho de 2021 às 18:22

Atriz Ilana Kaplan conquista internet com 'bom tom' da personagem Keila Mellmann

Com 35 anos de carreira, gaúcha ficou conhecida nas redes com vídeos da decoradora de lives

Com 35 anos de carreira, gaúcha ficou conhecida nas redes com vídeos da decoradora de lives


IARA MORSELLI/DIVULGAÇÃO/JC
"Olá, Keilers... eu sou Keila Mellmann e essa é mais uma dica de decoração e etiqueta no mundo virtual". Opa, essa não era a joalheira Lea Guerschwin que subia no palco para divulgar o recém-criado site da sua loja e aproveitava para desabafar com a plateia os seus perrengues familiares? Ou seria a modelo Evelise, que recorria à caridade pelo direito de fazer uma escova progressiva? Ou então a psicóloga Sonia Lichtman, que criou um consultório dentro de uma van para rodar por São Paulo em bizarras sessões móveis de terapia? Ou quem sabe a aspirante à socialite Silvéria, moradora de Paraisópolis, que desmaiou de calor para ostentar um casaco de peles em pleno verão brasileiro?
"Olá, Keilers... eu sou Keila Mellmann e essa é mais uma dica de decoração e etiqueta no mundo virtual". Opa, essa não era a joalheira Lea Guerschwin que subia no palco para divulgar o recém-criado site da sua loja e aproveitava para desabafar com a plateia os seus perrengues familiares? Ou seria a modelo Evelise, que recorria à caridade pelo direito de fazer uma escova progressiva? Ou então a psicóloga Sonia Lichtman, que criou um consultório dentro de uma van para rodar por São Paulo em bizarras sessões móveis de terapia? Ou quem sabe a aspirante à socialite Silvéria, moradora de Paraisópolis, que desmaiou de calor para ostentar um casaco de peles em pleno verão brasileiro?
A identidade secreta dessas e de tantas outras mulheres engraçadíssimas é a mesma: são todas a atriz gaúcha Ilana Kaplan, 56 anos, que zerou a internet no final de março com a personagem que dá dicas de decoração de lives e traz verdades sobre os comportamentos em tempos de pandemia.
Ao cravar sobre o que "é de bom tom" no mundo virtual, Ilana usou o talento consolidado em 35 anos de carreira no teatro, cinema e televisão para dar voz a quem segue preocupado com os riscos da Covid-19, mesmo quando boa parte da sociedade parece ter deixado a prevenção de lado. "Me vesti, acendi a ring light e resolvi fazer um deboche. Era pra ser uma piada para os meus 6.540 seguidores no Instagram", comenta Ilana, ainda surpresa com a repercussão da personagem criada sem pretensões e que revelou a atriz para um público que até então não a conhecia - muitos internautas se diziam surpresos ao descobrirem que Keila Mellmann era, na verdade, uma criação ficcional.
Compartilhado por gente como Astrid Fontenelle no programa Saia Justa, no canal pago GNT, e pelo apresentador Zeca Camargo em suas redes sociais, o bordão de Keila Mellmann ganhou o País. "Tu quer postar? Posta. É de bom tom? Não, não é de bom tom", dispara a decoradora de lives a quem a questiona. Os pouco mais de 6,5 mil seguidores de Ilana no Instagram passaram a crescer em escalas de milhares. Ao fechar esta reportagem, já eram mais de 219 mil - e contando. O primeiro vídeo, postado no dia 30 de março, acumula mais de 1 milhão de visualizações somente no perfil da atriz.
Keilers, os fãs da personagem, pipocam nas redes sociais fazendo referência à falta de noção na internet. "A Keila foi uma sacada genial da Ilana, por que materializou de forma debochada o ranço com muita gente que ostenta vida normal nas redes durante o absoluto caos que vivemos em função da pandemia. Adoraria ver essa personagem representando as marcas que se preocupam com a preservação das vidas", comenta o publicitário Miltinho Talaveira, que lançou uma campanha local em favor das medidas sanitárias para conter o avanço da Covid-19 e para cobrar a vacinação em massa no País. Fã do trabalho de Ilana Kaplan desde os tempos em que ela ainda fazia teatro em Porto Alegre, Talaveira se aproximou da atriz e passou a ter contato virtual mais frequente com ela em função da personagem e da campanha.
Ao responder perguntas fictícias de internautas, Keila Mellmann dá a real de forma irônica e muito engraçada. Perguntada sobre a pertinência de postar um passeio de jatinho a Noronha ou uma viagem à Disney pós-vacina nos Estados Unidos, Keila não cansa de lembrar a situação da pandemia no País, com centenas de milhares de mortos e escassez de vacinas - e o quanto exibir normalidade ou luxo em meio à situação do Brasil é incoerente. Construir a personagem foi uma mistura de experiências vividas ao longo da interminável quarentena. Ao participar de uma live em favor dos baristas de São Paulo no começo da crise, Ilana criou a personagem Sheila, que se apresentava em um cenário decorado com objetos relativos ao universo do café. Depois, com o tempo, começou a observar os cenários dos comentaristas dos noticiários. "A casa da Mônica Waldvogel era linda, mas a do Jorge Pontual eu sempre tinha vontade de faxinar e organizar", relembra. Por fim, ao passar os olhos pelo Instagram, a incomodavam cada vez mais as postagens de viagens, passeios, compras, festas, gente sempre feliz, tudo acontecendo como se não houvesse pandemia. "Chamei a minha irmã, Ana, e escrevemos a primeira esquete. Era pra ser uma brincadeira, mas acho que isso estava preso nas pessoas. Muita gente se incomodava, como eu, por isso viralizou. Foi uma catarse", afirma.
Sem a intenção de julgar e condenar comportamentos e avessa à cultura do cancelamento, a atriz afirma que quer apenas se posicionar fazendo o que mais gosta: comédia. Ela não sabe até quando dará vida à Keila Mellmann e não acredita que a personagem poderá sobreviver no pós-pandemia. O que deseja mesmo é tomar suas duas doses de vacina. Mas não só isso. "O que mais quero é ter 80% da população vacinada para poder voltar aos palcos. Nada será melhor do que isso", garante.

Vida dedicada ao riso e à interpretação

Ilana Kaplan ao lado do elenco de Baixa Terapia, trabalho anterior à pandemia

Ilana Kaplan ao lado do elenco de Baixa Terapia, trabalho anterior à pandemia


CAIO GALUCCI/DIVULGAÇÃO/JC
Faltava pouco para encerrar a longa temporada do espetáculo Baixa Terapia em São Paulo e estrear no Rio de Janeiro quando, numa manhã de domingo, o ator Antônio Fagundes, companheiro de elenco, ligou para a casa de Ilana Kaplan para dizer que as próximas apresentações seriam canceladas. Era março de 2020 e a situação da Covid-19 começava a se agravar no País, especialmente na capital paulista. Depois disso, nunca mais a atriz pisou num palco. Nunca mais sequer saiu de casa sem preocupação, munida do costumeiro arsenal máscara e álcool gel, para fazer apenas as compras necessárias e visitar a irmã, de quem é vizinha na capital paulista, onde mora.
Uma das únicas saídas mais longas foi uma vinda a Porto Alegre para acompanhar uma cirurgia do pai - as irmãs, segundo a atriz, estavam "panicadas" pela pandemia, o que tornou a viagem tensa e estressante. "Admiro muito quem conseguiu criar, exercitar a criatividade na quarentena. Não tive nenhum lampejo, não criei nada até a Keila. Estive triste, apreensiva, preocupada. Como todo mundo nesse período", comenta.
Esse arroubo solitário de criação, resultado da antiga e frutífera parceria das irmãs Kaplan, deu a muita gente a oportunidade de conhecer Ilana, que apesar da carreira consolidada em mais de 35 anos de teatro, com projetos importantes na televisão e cinema, era ignorada pela geração mais jovem, consumidora de conteúdo na internet. "Recebi muitas mensagens de gente que achava que eu era a Keila. Ficavam surpresos quando descobriam que a Keila é uma personagem e que eu sou atriz."
Ilana Kaplan nasceu em Porto Alegre em maio de 1965, em uma família de origem judaica e, segundo ela própria, sempre foi a palhaça da casa. Amigo há mais de 30 anos, o ator e diretor Zé Adão Barbosa revela que conheceu a Ilana comediante nas mesas da Companhia das Pizzas da rua Vasco da Gama, tradicional ponto de encontro de artistas e músicos nos anos 1980. "Ali ela fez os primeiros personagens, ríamos muito. Já revelava o impressionante gênio da mímesis que vemos hoje", comenta Barbosa. Ele lembra das animadas reuniões na casa da família Verissimo, com a presença de Luis Fernando e Lúcia. "A Mafalda adorava quando a Ilana ia pra lá, ela fazia horrores, todo mundo ria muito".
O curso de Artes Cênicas na Ufrgs foi a opção óbvia para quem já atuava meio que por instinto. A família, porém, incentivou a jovem a cursar outra faculdade em paralelo, como uma espécie de garantia, caso a carreira de atriz não vingasse. Assim Ilana se formou em Pedagogia pela Pucrs, profissão que jamais exerceu. Já com a primeira peça, Passagem para Java, de 1986, a carreira deslanchou, ela ganhou o Prêmio Açorianos e excursionou pelo Estado com a montagem, que foi grande sucesso de crítica e público. A Pedagogia, felizmente, ficou apenas no diploma.
Ainda em Porto Alegre vieram os espetáculos Lisístrata de Aristófanes e Partituras, em 1989. "Chamou a minha atenção a delicadeza do trabalho da Ilana no Grupo Tear, em Partituras, no qual ela teve a oportunidade de mostrar toda sua versatilidade, dominando a inteligência e os recursos de uma grande atriz", comenta a atriz e amiga Mirna Spritzer, que vive e atua na Capital. As duas mantém contato próximo até hoje. "Ela é uma pessoa encantadora, de muito caráter, além de ser uma poderosa comediante, que usa o talento em favor do riso. A Keila Mellmann demonstra isso".
O maior sucesso, pelo qual ainda é reverenciada em Porto Alegre, foi Buffet Glória, escrita por ela e Élcio Rossini, no qual interpretava seis personagens e que lhe rendeu indicações a prêmios em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1991, a atuação no espetáculo rendeu a Ilana o troféu Sated-RS de Melhor Atriz.

Sotaque gaúcho e sobrenome judaico no coração da cultura nacional

Espetáculo Buffet Glória fez sucesso e foi seu passaporte para São Paulo em 1995

Espetáculo Buffet Glória fez sucesso e foi seu passaporte para São Paulo em 1995


RONALDO AGUIAR/DIVULGAÇÃO/JC
O sucesso estrondoso de Buffet Glória manteve a peça em cartaz por quatro anos e foi o passaporte da atriz para São Paulo em 1995, onde engatou trabalhos no teatro, no cinema e na televisão - em 1996 participou de três filmes, entre eles o infantil Super Colosso, e em 1997 integrou o elenco do humorístico Sai de Baixo, da Rede Globo. No teatro, foi dirigida por Paulo Autran, Gerald Thomas, Roberto Camargo e Jô Soares, em uma montagem de Ricardo III, de Shakespeare. Ao lado de Marco Nanini, estrelou O Burguês Ridículo, de Molière, em 1998.
Um dos momentos mais icônicos da carreira da atriz ocorreu no começo dos anos 2000, quando passou a integrar o elenco da Terça Insana a convite da atriz e diretora Grace Gianoukas. Até 2006, Ilana criou 18 personagens, entre eles algumas das figuras mencionadas na abertura desta reportagem, como a joalheira Lea Guerschwin, que tira graça do carregado sotaque judeu, e da modelo Evelise, natural de Santo Ângelo, que sofre por ter cabelos crespos. Há vídeos de sobra na internet para quem ainda não conheceu as colegas que dividem o corpo de Ilana Kaplan com a sincerona Keila Mellmann. "A Ilana é uma atriz de muita precisão, extremamente criativa, que tem associações brilhantes. É uma criadora genial. Como é uma atriz maravilhosa, sempre se destacou pela originalidade de pensamento e interpretação. Ela é única. Fico muito feliz de ver essa genialidade chegando pra tanta gente com essa personagem que ela criou, que tem lado cômico e é bastante crítica. É um orgulho ver a minha amiga arrasando quarteirões no Instagram", destaca Grace.
Apesar de não ter identificação particular com o público infantil, três dos trabalhos mais conhecidos da atriz são voltados para as crianças: Lá Vem História e Minuto Científico, na TV Cultura, e a professora Matilde, da novela Carrossel, do SBT. Segundo a atriz, apesar de ter sido exibida entre 2012 e 2013, a novela marcou sua imagem para muitas crianças, que ainda a reconhecem como a professora interpretada por ela. Além desses, participou de variados humorísticos na televisão, como Os Normais, A Diarista, Sob Nova Direção e, mais recentemente, A Vila, no Multishow, ao lado do ator Paulo Gustavo. Em 2015, foi a aspirante a socialite Silvéria, na novela global I Love Paraisópolis. Em 2017, deu vida à assistente social Ester na série Mister Brau, criada por Jorge Furtado para a Globo.
Observar a ascensão de atrizes veteranas na televisão tem animado Ilana Kaplan. A atriz se entusiasma em ver mulheres como Renata Sorrah, Andreia Beltrão, Fernanda Torres e sua amiga Grace Gianoukas protagonizando produções importantes em horário nobre da TV aberta. Os personagens interessantes para as grandes atrizes, segundo ela, serão cada vez mais frequentes. “A televisão está fazendo uma transição e abrindo muito mais possibilidades para artistas da minha geração. O Brasil está cheio de grandes atores e atrizes que irão brilhar. O mundo real tem gente de todas as idades, portanto, há bons papeis para se trabalhar”, afirma.

Reconhecimento maior no palco

Ilana Kaplan recebeu prêmio Shell em 2018 pela atuação no espetáculo Baixa Terapia

Ilana Kaplan recebeu prêmio Shell em 2018 pela atuação no espetáculo Baixa Terapia


CAIO GALUCCI/DIVULGAÇÃO/JC
Há dois anos, Ilana Kaplan estava em cartaz com a peça Baixa Terapia, ao lado de Antônio Fagundes e Fábio Espósito, e chegou a fazer uma curta temporada em Porto Alegre em 2018, mesmo ano em que conquistou o Prêmio Schell de Melhor Atriz por sua atuação no espetáculo - um dos mais prestigiados reconhecimentos para os atores teatrais. Considerada pela crítica como a personagem mais complexa do texto do dramaturgo argentino Matias Del Federico, Andrea, interpretada por Ilana, compõe um dos três casais que chegam para uma sessão de terapia.
Com a ausência da psicóloga, os seis conduzem uma reveladora e engraçada sessão em grupo. Ao longo da dinâmica vêm à tona queixas, confissões, suspeitas, revelações, verdades e mentiras de forma escrachada e divertida. A atriz chegou a excursionar com o espetáculo pela Europa e pelos Estados Unidos e tinha intenção de voltar a Porto Alegre para mais uma temporada no Theatro São Pedro e em alguns teatros do interior do Estado. Planos, é claro, interrompidos pela pandemia.
Enquanto aguarda o tão sonhado retorno aos palcos, Ilana divide seu tempo na quarentena entre arrumações, faxinas e as esquetes de Keila Mellmann. Também faz leituras para um curta e ensaia virtualmente para começar as filmagens, ainda sem data. Ao lado da irmã, a única pessoa a quem encontra, assiste ao noticiário e acompanha as redes sociais, em busca de mais um assunto propício para as alfinetadas da decoradora de lives.
Apesar do desânimo causado pela quarentena sem fim, acredita que a arte vai resgatar o País da tristeza. "Fomos nós, os artistas, que impediram que as pessoas enlouquecessem nesse período de isolamento. A arte foi o respiro e irá nos salvar", garante a atriz.

Escreve pra mim, boba!

Com virais, atriz gaúcha pulou de 6,5 mil para mais de 219 mil seguidores no Instagram

Com virais, atriz gaúcha pulou de 6,5 mil para mais de 219 mil seguidores no Instagram


INSTAGRAM/REPRODUÇÃO/JC
Caso você tenha passado os últimos dois meses em Marte e ainda não conheça Keila Mellmann, basta seguir a atriz Ilana Kaplan no Instagram (@ilana.kaplan), onde ela posta as esquetes de sua personagem. Analógica autodeclarada, Ilana não tem Twitter ou YouTube e se sente insegura na hora de fazer os vídeos e postar: "Tenho medo de clicar no lugar errado e estragar tudo". Seu cunhado, o jornalista Bob Fernandes, é quem compartilha as esquetes de Keila Mellmann no YouTube, em seu próprio canal. "A Keila é uma personagem muito mais ampla, que pode ganhar dimensões maiores. Etiqueta virtual serve para dar vazão ao espírito crítico e ao bom humor da Ilana, que se aplica a muitas situações. Agora está voltada para essa loucura da pandemia", comenta Fernandes.
Embora afirme que Keila Mellmann foi seu único episódio criativo durante a pandemia, a atriz já vinha usando o Instagram para pequenos momentos de diversão e deboche ao melhor estilo Ilana Kaplan. Logo que o novo coronavírus chegou ao Brasil e as medidas de isolamento foram decretadas, usava a sacada de casa, com a ajuda de um vizinho que a filmava a distância, para fazer performances, uma referência aos muitos episódios de músicos e outros artistas que se apresentavam nas sacadas na Europa, especialmente na Itália. O engraçado era que, ao contrário das apresentações que comoveram o mundo nos primeiros meses de pandemia, a artista falava para ninguém em suas aparições. As sacadas vazias, sem vizinhos, contrastavam com a empolgação de Ilana, que além de cantar, tocar apito, dançar e até ensinar uma receita de shakshuka, mandava a real pedindo que todos ficassem em casa para evitar a Covid-19.
Antes do aparecimento de Keila, a atriz também fez piada consolando o aspirador de pó que não aguentava mais ficar em casa e improvisou uma esquete com o ator Elias Andreato, na qual ele interpreta Ernesto, O Teimoso, que insistia em sair de casa, furando a quarentena. No mais, suas redes sociais estavam povoadas de lembranças, convites para as pouquíssimas lives das quais participou e os registros dos momentos "faxina". Até que o vídeo inaugural foi ao ar, no dia 30 de março. De lá para cá, a personagem ganhou vida própria: "discípulo da Keila Mellmann", "estagiário da Keila Mellmann" e "Keila Mellmann Etiqueta" são alguns dos perfis no Twitter que incorporaram a zoeira e a temática da decoradora de lives; o rosto de Ilana caracterizada como Keila, acompanhado do famoso "não é de bom tom" já virou meme, gif e até as impagáveis figurinhas que substituem frases inteiras nas conversas de WhatsApp. "A Keila é mais uma personagem minha, mas fico muito feliz que ela tenha conquistado o público. A internet é um meio de colocar as pessoas em contato com a arte nessa pandemia", completa Ilana.
E, nesta quinta-feira (3), a atriz estreou O mundo pelo olhar de Sofia, protagonizado por uma personagem infantil. O vídeo também está disponível no Instagram da comediante.
 

* Patrícia Lima é jornalista natural de Rio Grande, formada na Universidade Católica de Pelotas, especialista em Estudos de Jornalismo pela UFSC e mestre em Literatura pela Ufrgs. Lançou, com Luís Augusto Fischer, o livro Inquéritos em contraste: crônicas urbanas de Simões Lopes Neto (Edigal, 2016).