Oriundas de Tupanciretã, depois de uma breve passagem por Canguçu, as famílias Cabral e Brum viviam em Pelotas no ano de 1955. Primogênita de seis filhos, aos nove anos a menina Mary Terezinha viveu uma experiência que mudaria o destino de todos. Ficou fascinada ao ouvir um acordeonista negro animar a festa de noivado da prima Eloah. Na primeira parada dele para descansar, ela pediu para tocar o instrumento - e, surpreendentemente, começou a dedilhar o Parabéns a Você...
Exatos 70 anos depois, 20 de junho de 2025, no residencial geriátrico de Porto Alegre em que estava sob cuidados médicos devido a duas fraturas do fêmur por quedas em casa, Mary almoçou e se recolheu ao quarto para ver televisão, como sempre. Quando a cuidadora foi chamá-la para o café da tarde, encontrou-a morta. A morte da mais famosa acordeonista da história da música gaúcha, que atuou nos palcos e gravações durante 65 anos, repercutiu no Brasil inteiro.
A vida de Mary Terezinha Cabral Brum está contada nas 128 páginas da autobiografia A Gaita Nua, lançada em 1992. A maior parte do livro aborda sem meias-palavras o relacionamento de 22 anos com Teixeirinha, Vitor Mateus Teixeira. Com ele, Mary teve os filhos Alexandre, 57 anos, solteiro, advogado, oficial da Justiça Federal, e Liane, 49, que vive na Itália desde 2005 - interrompeu a faculdade ao unir-se ao engenheiro italiano Sandro Cavazzana, com quem tem Francesco, 14.
"Sempre costumava vir com meu filho nesta época do ano, junho, julho, para passar um tempo com minha mãe. Estava em Porto Alegre há dez dias quando ela morreu. Parece que esperou por nós", diz Liane. "Ela sempre foi uma mulher altiva, forte. Mas estava sentindo muitas dores, por isso preferia ficar no residencial, com acompanhamento médico."
A morte, aos 79 anos, trouxe Mary de volta às manchetes, o que não ocorria desde o traumático rompimento com Teixeirinha, em 1984. Durante 22 anos, ela participou como acordeonista da maioria das cerca de 500 músicas gravadas por ele em mais de 40 discos. Mesmo assim, sua foto e seu nome só aparecem nas capas de alguns - o primeiro foi Teixeirinha Show, de 1964, em que posam ao lado de um carro Aero Willys, ela elegante aos 18 anos, vestido rosa, penteado da moda.
A essas alturas, ele era um dos maiores vendedores de discos do Brasil. Faziam shows sem parar pelo País e até no exterior. A avó Alzira (por quem ela não tinha muitas simpatias) já não a acompanhava, como no início. Vivia surpresas sem parar. Mesmo casado com outra, Teixeirinha se apossava dela. Tudo foi muito rápido para uma menina do Interior. Logo depois da revelação daquele Parabéns a Você, Mary ganhou do avô Argemiro (que ela adorava) o primeiro acordeom.
"Meu avô vendera uma das duas vacas que tinha para me comprar o instrumento, um Universal de 24 baixos, de teclado", conta, na autobiografia. "Um mês depois o Universal já era simples demais. Ganhei um Veronese de 80 baixos. Desta vez foram vendidas algumas galinhas da criação."
Antes de aprender a tocar, aos sete anos já cantava nos programas de calouros da Rádio Cultura de Pelotas, estimulada pela mãe Wilma. A primeira música que aprendeu foi a guarânia Índia. Tinha aulas de acordeom com um professor amigo do avô, "um velho italiano gordo e bigodudo", que a incentivava. De Pelotas a família foi para Bagé, onde, aos 13 anos, ela entrou no Instituto Musical (Imba). Aprendeu a ler partituras, dominava o instrumento, ganhou aplausos e elogios.
Passou a atuar na Rádio Cultura de Bagé, acompanhando calouros nas músicas de sucesso. Logo foi trabalhar nas Casas Pernambucanas. Aos sábados, se apresentava no programa Céu e Chão da Querência. Começa a ser conhecida como "a menina da gaita". E é aí, 1961, que Teixeirinha entra em cena. Suas músicas como Gaúcho de Passo Fundo e Coração de Luto viram febre no Rio Grande e além. Impactada, Mary Terezinha passa a cantá-las. Aos 15 anos, ganha o apelido de "Teixeirinha de saias".
"Fui criada para trabalhar e batalhar minha sobrevivência. Não tinha namorado nem tempo para pensar nessas coisas, entre o colégio, a rádio e os ensaios", resume em seu livro. "Na primeira vez em que Teixeirinha passou por Bagé foi uma loucura, a multidão invadiu a rádio. Eu queria ver o ídolo, mas tinha medo de tumulto. Aí fiquei sabendo que ele voltaria para uma apresentação no Cine Glória. Na próxima vez eu iria até de madrugada para conseguir um lugar..."
Nos discos e nos cinemas com Teixeirinha
Mary e Teixeirinha iniciaram a parceria quase de improviso, em 1961, em Bagé
ACERVO PESSOAL MARY TEREZINHA E FAMÍLIA/REPRODUÇÃO/JCNo dia 4 de abril de 1961, os 1.600 lugares do Cine Glória de Bagé estavam ocupados. Antes do show, a Rádio Cultura promoveu um concurso para escolher o melhor intérprete do astro, que também levaria um prêmio em dinheiro. Mary cantou outro sucesso, Briga no Batizado, e foi a vencedora. Mas Teixeirinha tinha um problema: Ademar Silva, seu habitual gaiteiro, não quis viajar com ele. Como resolver a questão?
O diretor da rádio sugeriu: "Que tal aquela guriazinha que toca as tuas músicas?". Teixeirinha já ouvira falar dela. Mary: "Foi quando uma voz me chamou de trás das cortinas e era o diretor da rádio me dizendo que eu iria acompanhar o Teixeirinha". Quase sem acreditar, ela foi ao camarim, deram uma ensaiadinha e entraram no palco. Quando apareceu ao lado dele, o público delirou, pois era muito querida na cidade.
De volta ao camarim, Teixeirinha a convidou para acompanhá-lo nas outras nove apresentações na região. Mary respondeu que iria falar com seu avô. Conta: "Eu disse ao vô que poderia ser um passo pra gente sair da miséria. Ele respondeu que não iria me entregar na mão de qualquer um, que Teixeirinha precisava falar com ele e que de qualquer maneira eu não iria sozinha. Se fosse viajar, minha avó iria junto".
Assim foi. Teixeirinha conversou com o avô e, durante cinco anos, a avó a acompanhou nas viagens. Com o pouco que ganhava, Mary comprava remédios e procurava melhorar o conforto do avô. Enquanto isso, anota: "Uma estranha amizade se formava entre minha avó e Teixeirinha. Quase tudo a respeito do trabalho era tratado entre eles. Eu queria me envolver com o artista, não com o homem. Mas ele começou a dizer que eu era bonita e talentosa, que tinha muita serventia, que queria namorar."
Autobiografia 'A Gaita Nua' narra o sucesso ao lado de Teixeirinha, mas também momentos sombrios do relacionamento
ACERVO PESSOAL MARY TEREZINHA E FAMÍLIA/REPRODUÇÃO/JC
Segue: "Sem eu saber, as coisas foram acontecendo. Minha avó fazia que não via, me dizia para ir com ele onde quisesse. Vieram os abraços e eu sentia vergonha, depois os beijos no rosto, e eu nunca tinha sido abraçada nem beijada, era obrigada a passar por aquilo. Eu precisava dele, mas não o amava. Ele dizia que era solteiro, que iria noivar comigo. Tinha a idade do meu pai, era 23 anos mais velho do que eu, mas demorei para descobrir". Na verdade, Teixeirinha era 19 anos mais velho.
Estes relatos já são suficientes para vermos o rumo que a narrativa de Mary vai tomar. Um dos capítulos da primeira metade de A Gaita Nua se chama O estupro. E é seguido por barras pesadas como abortos, ameaças com um revólver sempre presente, vetos a que incluísse músicas próprias nos discos e que desse entrevistas. Era dele sempre a última palavra. Mas ela suportou isso durante mais de duas décadas, porque, apesar de tudo, usufruía da fama e do conforto de estar ao lado de um ídolo.
Detalhe da capa de 'Sou Gaúcha', primeiro álbum solo de Mary Terezinha
CONTINENTAL/REPRODUÃÃO/JC
Durante os anos 1970, eles apresentaram nas rádios Gaúcha e Farroupilha o programa Teixeirinha Amanhece Cantando, líder de audiência. A importância dele para o cinema gaúcho também é sempre destacada. Realizou e estrelou 12 filmes, dez por sua própria produtora. Mary Terezinha está em todos, de Coração de Luto (1967) até A Filha de Iemanjá (1981), dirigidos por Milton Barragan, ou Pereira Dias. O segundo, Motorista Sem Limites (1970), acabou abrindo uma porta para o futuro.
Nas filmagens de Motorista Sem Limites eles conheceram o ator Ivan Trilha, que fazia o papel do vilão. Nascido em São Borja, criado na fazenda do futuro presidente João Goulart, Trilha será protagonista no atos finais do relacionamento de Mary e Teixeirinha. Antes desse desenlace, mesmo com conflitos, o casal viveu junto durante dez anos, ao lado dos filhos Alexandre, nascido em 1968, e Liane, em 1975. Às vezes ele ia para a casa da esposa legítima, Zoraida, com quem tinha sete filhos.
'Não me farei mais presente ao seu lado'
Rompimento de Mary e Teixeirinha causou grande comoção junto ao público
ACERVO PESSOAL MARY TEREZINHA E FAMÍLIA/REPRODUÇÃO/JCEm 1978, Mary lança enfim seu primeiro disco individual, Sou Gaúcha, produzido por Ayrton dos Anjos. São três composições dela, mais duas em parceria com Teixeirinha, quatro de outros autores e, em versões instrumentais, a rancheira Mate Amargo (Carlos Bravo), o clássico Adeus Sarita (Santos Rodrigues/ Benedito Toledo) e... Coração de Luto! Ainda em 1981 tudo parecia tranquilo quando este repórter fez uma rara entrevista com o casal, publicada em duas páginas.
Embora os dois apareçam juntos nas fotos, curiosamente o título traz apenas o nome dele e a afirmação "Mulher gosta é de macho". De todo modo, Mary ocupa bastante espaço na conversa, que gira em torno da questão homem-mulher. Diz ele: "O que nos uniu, primeiramente, não foi o amor. Foi aquilo que Deus marcou para nós, sermos os artistas que somos juntos. O povo não aceita um sem o outro. Nossa grande união está na carreira artística. Nossa vida particular não interessa ao público".
A partir de sua autobiografia, Mary traz outro sentimento. "Eu andava muito sozinha, não tinha amigos e não podia visitar minha família. Meus pais e irmãos eram proibidos por ele de entrar em minha casa. Só conseguia vê-los em visitas clandestinas. Eu não podia sair. Ele me vigiava, fiscalizava minhas contas telefônicas. E isso na casa paga por mim, com todas as despesas saindo dos 10% que ele me pagava. Tudo o que ele ganhava ia para a outra família dele".
Em 1983, Mary teve uma inflamação na coluna e foi parar no hospital. Os mais de 20 anos com os 13 quilos do acordeom cobravam tributo. Um tratamento caro. Pediu ajuda a Teixeirinha, que recusou, ensejando uma discussão áspera. Ela disse na ocasião que queria 30% do que ele ganhava, que tinha direito. Segundo ela, ele colocou o revólver sobre a mesa e a ameaçou. Foi, diz Mary, "a gota d'água". Dias depois, deixou para ele um bilhete definitivo: "Não me farei mais presente ao seu lado".
A separação demorou seis meses para repercutir na imprensa. Em sua coluna em Zero Hora, este repórter publicou em 12 de maio de 1984: "De repente o Rio Grande quase parou para acompanhar o bate-boca entre Teixeirinha e sua ex-partner Mary Terezinha. Tudo começou quando o Teixeira, quase aos prantos, desabafou para a repórter Jussara Porto que havia sido traído por Mary".
Casamento com Ivan Trilha, ator e mentalista, marcou nova etapa pessoal
ACERVO PESSOAL MARY TEREZINHA E FAMÍLIA/REPRODUÇÃO/JC
Grande parte do público aceitou o papel de vítima de Teixeirinha - que já estava com câncer, sem que ninguém soubesse, muito menos ela. Chocada com a repercussão, Mary aceitou o convite do amigo Noé Trilha, irmão de Ivan, para visitá-lo em Miami, onde vivia, atuando no campo da paranormalidade, com livros sobre o poder da mente. Ela foi com os filhos, até para afastá-los daquele entrevero. Ficou dois dias. Na volta, declarou aos jornais: "Eu não fugi. Dei um basta à minha infelicidade".
Em entrevista à RBS TV, resumiu: "Na parte artística esses 22 anos foram uma beleza. Fiquei com ele esses anos todos em respeito ao meu público e à minha carreira. Tive por Teixeirinha um respeito muito grande. Não o traí. Só achei que estava no fim, por isso dei um basta e acabou. Não sou obrigada a viver com quem não quero a minha vida toda".
Separar-se de Teixeirinha significava deixar "22 anos de escravidão". Logo também enfrentou, e venceu, um embate judicial pela guarda dos filhos. Mas o encontro em Miami aproximou-a do agora mentalista Ivan Trilha, que não via desde as filmagens de Motorista Sem Limites. "Acho que foi uma espécie de ligação espiritual", escreve ela, "era como se ele me dissesse: estou aqui para te tirar dessa". Resolveram se casar. Mary mudou-se para Miami com as crianças.
Foi um bom tempo de viagens por vários países. França, Itália, Espanha, Índia... Ela teve a oportunidade de conviver com artistas como Mercedes Sosa, Joan Baez, Willie Nelson, Kenny Rogers, Piero. Ivan a chamava de senhora Mary, era muito gentil, tornou-se amigo de Alexandre e Liane, estimulou-a politicamente. Ela lembrou que seus pais e avós eram getulistas, participavam dos comícios do velho PTB. Ela gostava de Brizola, acabou por filiar-se ao PDT, o que nunca fizera antes, pois Teixeirinha apoiava a ditadura e tinha ficha no PDS.
Após conversão, Mary passou a fazer palestras e lançou cinco álbuns de música religiosa
ACERVO PESSOAL MARY TEREZINHA E FAMÍLIA/REPRODUÇÃO/JC
"Comecei a ver o lado contraditório do que tinha feito. Cantar para o povo, mas cantar o que? Já estava livre como artista. Renascia como uma cantora contestadora. Daria vazão aos sentimentos políticos que sempre tive (...) Também comecei a buscar meu espaço dentro de um estado preconceituoso e machista como o Rio Grande do Sul. Agradeço muito ao Ivan por me ter deixado ver tudo isso. Em todos os caminhos que percorri, encontrei muitos espíritos que iluminaram minha mente."
Mary Terezinha vivia seu renascimento com Ivan Trilha quando Teixeirinha morreu, aos 58 anos, levando multidões ao Cemitério da Santa Casa, em 4 de dezembro de 1985. "Eu estava no Rio quando ele morreu. Quem me avisou foi Luiz de Miranda, pelo telefone. Enviei Alexandre ao velório, mas não fui junto. Para mim, a morte não existe: existem apenas as pessoas e aquilo que elas deixam. E o legado de Vitor Mateus Teixeira eu conheço bem."
Foram cinco anos entre o casamento e o divórcio de Ivan Trilha. "Nunca encontrei minha alma gêmea. Talvez tenha vindo predestinada a não encontrá-la", sublinha. Ivan morreu em 2018, aos 71 anos, devido a um acidente com traumatismo craniano. No tempo em que viveu com ele, Mary lançou um de seus melhores discos (veja a seguir). Depois passou dez anos sem gravar. Em 1997 converteu-se à Igreja do Evangelho Quadrangular e lançou cinco álbuns de música religiosa até 2013.
Em 2006, respondeu a um jornalista que perguntou sobre seus tempos com Teixeirinha: "Não interessa o passado. Não quero falar, sou uma nova criatura. O passado já se foi, agora quero viver o presente". Seus anos derradeiros foram de quietude e descanso.
O canto social de Mary Terezinha
Capa de 'Kilometro 1', álbum solo de Mary Terezinha
RBS DISCOS/REPRODUÇÃO/JCEm 5 de abril de 1988 este repórter comentou o LP Kilômetro 1, de Mary Terezinha. Resumo do texto: "Os menos avisados podem se preparar para surpresas. É o melhor disco da carreira dela, trabalho de grande abrangência em termos de gêneros musicais, identificando-se com várias regiões brasileiras. Além disso, tem uma qualidade instrumental acima da média, a partir da direção do arranjador e tecladista Carlos Garofali e da presença de músicos muito bons. O conjunto de dez faixas resume um verdadeiro manifesto em favor do povo marginalizado e das minorias, interpretado com muita força."
Tem parcerias de Mary com Ivan Trilha. Tem músicas de Gildo de Freitas e Telmo de Lima Freitas, uma versão de Se se Cala o Cantor, do argentino Horácio Guarany. As Rosas do Sertão, moda de viola ao estilo caipira, parceria de Mary e Nico Fagundes, fala das prostitutas por contingência. A Grande Esperança, dos paulistas Goiá e Francisco Lázaro, é um brado a favor de reforma agrária. De Mary e Ivan, Mestra Guerreira dirige-se às professoras. Também deles, Diretas Já resume: Desde 1500 são promessas mil/ Chega de conversas/ Vamos todos juntos/ Descobrir o Brasil. (O disco de vinil, usado, pode ser encontrado no Mercado Livre e outros sites. O álbum não está nas plataformas digitais)
A Gaita Nua, uma autobiografia
Detalhe da capa de 'A Gaita Nua', famosa e polêmica autobiografia de Mary Terezinha
EDITORA RIGEL/REPRODUÇÃO/JCCom o subtítulo de Memórias da maior acordeonista do Brasil, este livro lançado em 1992 é Mary falando em primeira pessoa, de forma nua e crua, sobre sua vida. Terna, doce, afetiva, amorosa, feliz - e também pensativa, atormentada, realista, infeliz. Depois consciente, decidida, um pouco vingativa talvez, e por fim espiritualizada e religiosa. São três partes (Meu avô, Teixeirinha e Mary Terezinha) e 23 capítulos (entre eles: A família, Getúlio, o pai dos Pobres, De menina a moça, O dom, O ídolo e a menina, A fuga da miséria, O estupro, A traição, O desespero, Os filhos, O fim, O casamento, A guerra, O divórcio, A visão, A mulher e o mundo).
Talvez por alguma distração, o nome aparece em todo o livro, desde a capa, como Mary Teresinha, e não Terezinha. Também por distração ou falta de revisão dela (já que foi feita em São Paulo), na capa do disco de 1989 a grafia de seu nome é 'Mery'. A Gaita Nua tem 128 páginas e é um lançamento da Editora Rigel, podendo ser encontrado por R$ 39,00 na Amazon e em outros sites. A propósito, esta autobiografia foi bastante utilizada pelo jornalista Daniel Feix na biografia Teixeirinha Coração do Brasil (Diadorim Editora, 250 páginas, 2019).
* Juarez Fonseca é jornalista militante na área da Cultura, especialmente a música, com 50 anos de carreira.