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Jaime Cimenti

Jaime Cimenti

Publicada em 14 de Agosto de 2025 às 19:28

Coreia moderna, tradição e feminismo

pelos olhos de sisun

pelos olhos de sisun

EDITORA PLANETA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jaime Cimenti
Pelos olhos de Sisun ( Editora Planeta, 272 páginas, R$ 69.90, tradução de Guilherme Miranda ) romance que marca a estréia literária da premiada escritora sul-coreana Chung Serang no Brasil, em síntese, é uma sensível e bem elaborada narrativa sobre a trajetória de uma mulher que encontrou beleza em tempos difíceis e o momento em que sua família redescobriu seu importante legado. Chung Serang nasceu em 1984 em Seul e estreou em 2010 com a história Dream, Dream, Dream. Chung é autora de sete romances, dois livros de contos e do roteiro de School Nurse Files, série original da Netflix. Já recebeu os prestigiados prêmios Changbi de Ficção e Hankook Ilbo. A obra retrata Shim Sisun e entrelaça passado e presente da vida de uma mulher à frente do seu tempo que desafiou as convenções de sua época para ser uma artista inovadora e uma escritora visionária e feminista. Dedicou sua existência para quebrar paradigmas e recusou qualquer cerimônia em sua memória após sua morte, tornando-se um mistério para seus filhos e netos. O romance ao mesmo tempo analisa a história moderna da Coreia com minúcia, sem deixar de lado sua natureza alegre e firme. Dez anos depois de seu falecimento a família decide viajar até o Havaí, onde a artista passou parte da juventude, para prestar uma última homenagem. Em vez de seguir o ritual tradicional, cada membro da família escolhe oferecer um objeto que remete a uma memória pessoal com essa mulher. Aos poucos, o impacto profundo que ela exerceu sobre a vida de cada um vai se revelando. A escrita sensível e poética de Chung Serang traz um retrato multifacetado da mulher que deixou marca indelével na arte e na literatura e que convida a uma reflexão sobre feminismo, identidade, resistência e o legado feminino. A narrativa é uma homenagem às mulheres do século XX e às novas gerações que continuam a desbravar caminhos.
Pelos olhos de Sisun ( Editora Planeta, 272 páginas, R$ 69.90, tradução de Guilherme Miranda ) romance que marca a estréia literária da premiada escritora sul-coreana Chung Serang no Brasil, em síntese, é uma sensível e bem elaborada narrativa sobre a trajetória de uma mulher que encontrou beleza em tempos difíceis e o momento em que sua família redescobriu seu importante legado.
Chung Serang nasceu em 1984 em Seul e estreou em 2010 com a história Dream, Dream, Dream. Chung é autora de sete romances, dois livros de contos e do roteiro de School Nurse Files, série original da Netflix. Já recebeu os prestigiados prêmios Changbi de Ficção e Hankook Ilbo.
A obra retrata Shim Sisun e entrelaça passado e presente da vida de uma mulher à frente do seu tempo que desafiou as convenções de sua época para ser uma artista inovadora e uma escritora visionária e feminista. Dedicou sua existência para quebrar paradigmas e recusou qualquer cerimônia em sua memória após sua morte, tornando-se um mistério para seus filhos e netos. O romance ao mesmo tempo analisa a história moderna da Coreia com minúcia, sem deixar de lado sua natureza alegre e firme.
Dez anos depois de seu falecimento a família decide viajar até o Havaí, onde a artista passou parte da juventude, para prestar uma última homenagem. Em vez de seguir o ritual tradicional, cada membro da família escolhe oferecer um objeto que remete a uma memória pessoal com essa mulher. Aos poucos, o impacto profundo que ela exerceu sobre a vida de cada um vai se revelando.
A escrita sensível e poética de Chung Serang traz um retrato multifacetado da mulher que deixou marca indelével na arte e na literatura e que convida a uma reflexão sobre feminismo, identidade, resistência e o legado feminino. A narrativa é uma homenagem às mulheres do século XX e às novas gerações que continuam a desbravar caminhos.

lançamentos

Todo o amor deste mundo (Editora Bestiário, 116 páginas), segunda coletânea de poemas do renomado médico urologista e professor universitário Gustavo Franco Carvalhal, com versos sensíveis e bem elaborados em português, francês e inglês, fala de amor, tempo, corpos, sonhos, cidades, poesia, Drummond, Pessoa, Quintana, razão de ser e outras imortalidades.
Eletricista (Editora Elo) traz textos criativos de Augusto Massi, consagrado poeta,professor e jornalista, sobre o pai eletricista, junto ao ousado e raro projeto gráfico de Daniel Kondo, experiente e original designer e ilustrador, que dialoga perfeitamente com os textos. "O eletricista é uma beleza. Caminha na contracorrente. Fique ligado", disse Chico Homem de Mello na orelha.
Frankito em chamas (Todavia, 160 páginas), romance de Matheus Borges, autor de Mil placebos, prêmio Odisseia de Literatura Fantástica, narra as peripécias de Felipe, trinta e poucos anos, roteirista com carreira que vai e não vai e relacionamentos interrompidos, que vai acompanhar a filmagem de um roteiro seu. Aí se envolve com um ator veterano e o enigmático dublê Frankito. Muita coisa rola, à moda latino-americana.

Como ser famoso

Como ser famoso (Vestígio,240 páginas), ensaio sociológico de Cass R. Sunstein, ocupante da cátedra Robert Walmsey de Professor Universitário em Harvard, fundador do Programa de Economia Comportamental da Faculdade de Direito de Harvard e autor jurídico mais citado no mundo, traz estudos e reflexões que explicam por que algumas pessoas se tornam ícones e outras são esquecidas. Cass é autor dos best-sellers Nudge e Ruído.
Entre 2009-2012, Cass liderou o Escritório de Informações e Assuntos Regulatórios da Casa Branca e foi conselheiro presidencial sobre tecnologia, inteligência e comunicação. Ele colaborou com o Pentágono, a OMS, a ONU, Comissão Européia e diversos governos nacionais. Cass escreveu dezenas de livros traduzidos em mais de 30 idiomas e centenas de artigos.
Em seu livro, fruto de muitos estudos, pesquisas e leituras, Cass explica por que o sucesso é imprevisível e investiga com profundidade o papel do acaso, da sorte e da serendipidade na ascensão de ícones como os Beatles, Bob Dylan, Homem-Aranha, Jane Austen e a Mona Lisa. A partir de exemplos que atravessam a cultura, os negócios, a política e os esportes, o autor revela como o sucesso raramente depende apenas de esforço ou genialidade e, sim, de uma complexa combinação de fatores sociais, históricos e psicológicos.
Na epígrafe, Cass cita o livro bíblico Eclesiastes: "Percebi ainda outra coisa debaixo do sol: os velozes nem sempre vencem a corrida; Os fortes nem sempre triunfam na guerra; Os sábios nem sempre têm comida; Os prudentes nem sempre são ricos; Os instruídos nem sempre têm prestígio; Pois o tempo e o acaso afetam a todos."
No prólogo, o autor escreveu "Ainda assim, o que acontece durante a vida de uma pessoa é algo imprevisível, e o veredicto da história é inconstante. Muitas pessoas produzem algo extraordinário, mas nunca têm uma chance, nem mesmo a oportunidade limitada que Robert Johnson teve. A história que contarei envolve encruzilhadas, gostos que mudam, renovação, economia, oportunidade e política. E de caminhos que, de repente, surgem no horizonte como se fossem fruto de magia."
A obra se divide em duas grandes partes. A primeira é intitulada Icônicos e a segunda Ícones. O autor fala dos Beatles, de Cassius Clay, que mudou seu nome para Muhammad Ali - e que teve sua bicicleta roubada quando criança e, ao falar com um policial a respeito, acabou entrando para a academia de boxe do policial. Uma crítica no The New York Times ajudou Bob Dylan a ser famoso e as atitudes pessoais e a falta de conexões impediu a cantora e compositora Connie Converse a ser mais famosa.
Cass narra como a escritora Jane Austen se tornou conhecidíssima por obras como Orgulho e Preconceito e como sua talentosa e produtiva colega e contemporânea Mary Brunton caiu no esquecimento, apesar de ter sido reconhecida em vida.
Cass recorre ao conceito de serendipidade, que ele descreve como um acaso feliz, para enfatizar que a fama, em muitos casos, conta com boa dose de acaso e sorte. Através de exemplos e histórias, ele revela os mecanismos da aceitação popular e do sucesso de artistas e políticos.

a propósito...

Como se constata, é uma obra bem adequada para nossos tempos de anônimos e famosos, e nos ajuda a entender e a enxergar melhor os tais quinze minutos de fama das celebridades e a compreender as engrenagens da fama, que tantas vezes podem ser altamente injustas na distribuição do sucesso. O livro não pretende ensinar ao leitor como ser famoso, mas vai ajudá-lo a ter novas visões e saber mais sobre a fama e seu irmão, o sucesso. Com a obra, certamente os leitores vão ter ideias diferentes sobre os famosos e o mundo. (Jaime Cimenti)

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