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Mercado Digital

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2021 às 18:07

Clubhouse, rede social de conversas por áudio, desperta frisson no mercado

Estima-se que rede já conta com 2 milhões de usuários; empresa está avaliada em US$ 1 bilhão

Estima-se que rede já conta com 2 milhões de usuários; empresa está avaliada em US$ 1 bilhão


Kevin David/A7 Press/Folhapress/JC
De grandes nomes do empreendedorismo e da inovação mundial aos políticos e fãs do Big Brother. Mal aterrissou no Brasil e o Clubhouse, rede social baseada em voz, segue a risca a cartilha para causar frisson no mercado. É exclusiva para usuários de iPhone, limita a entrada apenas a quem tem convite e tem recebido visitas em suas salas de nomes como Oprah Winfrey, Drake, Ashton Kutcher, Elon Musk e, no Brasil, Anitta e Boninho.
De grandes nomes do empreendedorismo e da inovação mundial aos políticos e fãs do Big Brother. Mal aterrissou no Brasil e o Clubhouse, rede social baseada em voz, segue a risca a cartilha para causar frisson no mercado. É exclusiva para usuários de iPhone, limita a entrada apenas a quem tem convite e tem recebido visitas em suas salas de nomes como Oprah Winfrey, Drake, Ashton Kutcher, Elon Musk e, no Brasil, Anitta e Boninho.
Criada pela Alpha Exploration Co., empresa liderada por Rohan Seth, ex-funcionário do Google, e Paul Davidson, empresário do Vale do Silício (EUA), a rede social chegou ao mercado no primeiro semestre do ano passado. Mas, foi nas últimas semanas que ganhou notoriedade ao hospedar um bate-papo do bilionário Elon Musk, fundador da Tesla, com Vlad Tenev, CEO do Robinhood, aplicativo para operações em bolsas.
O número de usuários explodiu – estima-se que já são 2 milhões, e o valor de mercado cresceu. No final de 2020, o Clubhouse foi avaliado em US$ 100 milhões, e agora já chegou a US$ 1 bilhão. Quando Mark Zuckerberg participou do programa The Good Time Show, na semana passada, a rede social ao topo da lista de aplicativos mais baixados nos Estados Unidos.
“Podemos estar diante do nascimento de um novo gigante da internet ou de mais um modismo, do qual em algumas semanas não ouviremos mais falar. Ainda é muito cedo para saber”, aponta Vivaldo Breternitz, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
O Clubhouse funciona da seguinte forma: depois de fazer login com o convite enviado, o usuário preenche um breve perfil pessoal e escolhe os seus tópicos de interesse. Dependendo do que for selecionado, o aplicativo sugere grupos de bate-papo relacionados, além de pessoas a serem seguidas.
Você pode criar uma sala, com algum assunto de interesse, ou escolher uma para participar. Ao entrar, você é identificado e, se quiser participar, precisar clicar no botão de “levantar a mão”. Todas as salas são geridas por um moderador, que controla o acesso aos novos membros. Tudo é 100% voz, sendo proibido gravar as conversas, que segundo a empresa, não ficam armazenadas. Em salas menores, se o moderador permitir, todos podem ficar com o áudio ligado.
A sensação ao entrar em uma sala é que você está participando de uma grande conferência ou, dependendo do tema que está sendo tratado, de uma mesa de bar. “O que me parece é que o Clubhouse é uma rede social que tem o espírito do tempo que estamos vivendo, ou seja, nos possibilita conversar e ouvir outras pessoas em segurança, de dentro de casa, e sem precisarmos estar arrumados em frente às câmeras de aplicativos como o Zoom”, comenta o professor de Comunicação Digital da Pucrs, Andre Pase. Ele é o host, por exemplo, de uma sala chamada Saguão da Famecos, que reúne nomes da faculdade de comunicação da universidade.
Nos últimos dias, muitos nomes do ecossistema de inovação começaram a circular pelas salas virtuais do Clubhouse. “O povo da inovação está puxando as pessoas para dentro da rede social, mas ainda não sabemos exatamente quais as mecânicas para a aceitação das pessoas”, analisa, comentando que é possível que a plataforma avalie o volume de vezes que cada nome aparece nas listas de contatos de quem já está lá e, assim, sugere o envio do convite.
“Fazia tempo que eu não sentia essa sensação de desbravar uma nova rede social que estivesse despertando tanta curiosidade. Esses dias eu saí de uma sala e, quando vi, estava a Anitta falando em outra. Essa possibilidade de as pessoas ouvirem nomes reconhecidos falando, por voz, desperta interesse”, conta Pase.
Como grande observador dos movimentos que envolvem comunicação e tecnologia, o especialista conta que a plataforma ainda é relativamente nova e possui alguns erros de usabilidade. “Esses dias, sem querer, convidei a tag de uma pizzaria e, depois que você faz algo assim, não tem mais como cancelar”, se diverte.
Outra questão curiosa é que a pessoa que enviou o convite para você participar permanece sempre visível no seu perfil, como se fosse uma espécie de padrinho. Se você comete três infrações às regras de convivência e é expulso, o mesmo acontece com quem te enviou o convite.
Gustavo Sudbrack, cofundador da Slap.law, destaca o fato de, quanto mais pessoas entrarem, maior será a diversidade de assuntos nas salas. “Por ter as raízes no empreendedorismo do Vale do Silício, os assuntos que hoje se destacam são os relacionados à inovação, empreendedorismo, alta performance e marketing digital. Até o momento, tem muito conteúdo interessante”, observa.
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