Porto Alegre, sexta-feira, 22 de agosto de 2025.
Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, sexta-feira, 22 de agosto de 2025.

Opinião

- Publicada em 14 de Abril de 2021 às 03:00

Medidas tributárias no combate à Covid

O País passa por uma crise sanitária, econômica e política sem precedentes. Há um estado de guerra, agravado pela inércia dos governantes, que vem custando vidas, empregos e causando uma enorme desesperança na população. É tempo, portanto, de se ousar na adoção de medidas que viabilizem a melhora deste quadro.
O País passa por uma crise sanitária, econômica e política sem precedentes. Há um estado de guerra, agravado pela inércia dos governantes, que vem custando vidas, empregos e causando uma enorme desesperança na população. É tempo, portanto, de se ousar na adoção de medidas que viabilizem a melhora deste quadro.
Destaco providências que seriam fundamentais neste momento: autorizar que, na declaração de Imposto de Renda, os contribuintes destinem parte do imposto devido a hospitais públicos, Santas Casas e congêneres; e que empresas deduzam de tributos devidos à União ou aos estados doações para essas instituições e comprem e entreguem oxigênio, remédios destinados ao combate e ao tratamento à Covid que possam abater de tributos a pagar. Outra medida é que o valor da compra de vacinas entregues ao Poder Público seja deduzido. Também é necessário novamente implementar a desoneração da folha de pagamento, diminuir os custos decorrentes de relações trabalhistas sem retirar direitos dos trabalhadores e incentivar as empresas a manter planos de saúde para os funcionários com valores que possam ser descontados das contribuições previdenciárias.
Alguém poderia argumentar que se trata de renúncia fiscal e que isto acabaria apenas beneficiando empresas e pessoas físicas. Sem razão! Tudo aquilo que as pessoas físicas e/ou as empresas destinarem diretamente a estas finalidades impactará não só na agilidade indispensável para o enfrentamento destas necessidades, como fará com que estes recursos cheguem mais rapidamente a quem necessita.
O que não se pode é ignorar a enorme dificuldade que é fazer a máquina estatal se movimentar, presa a questões de ordem legal que retardam, em muito, o atendimento a estas necessidades hoje mais que prementes.
O que se nota é a pouca criatividade dos gestores públicos e a inoperância do legislativo. Veja-se que a própria Reforma Tributária é um tema de primeira importância que não se resolve dentro do Congresso Nacional e cujas propostas em andamento ignoram a situação quase falimentar de muitos setores econômicos que se encontram em abismal retração em face da pandemia, especialmente os setores de serviços, como restaurantes, turismo, academias etc.
O Estado Brasileiro precisa repensar a sua forma de atuar neste momento, concedendo a si mesmo o direito de fazer o melhor enfrentamento da situação de guerra que vivemos, contra um inimigo mortal e que vem minando todos os setores da sociedade.
Advogado tributarista
 
Conteúdo Publicitário
Comentários CORRIGIR TEXTO
notification icon
Gostaria de receber notificações de conteúdo do nosso site?
Notificações pelo navegador bloqueadas pelo usuário