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Publicada em 21 de Agosto de 2025 às 20:27

Governo Lula vê navios dos EUA como pressão contra Maduro

Três destróieres americanos da classe Arleigh Burke, armados com sistemas de mísseis de ataque, devem se aproximar da costa venezuelana

Três destróieres americanos da classe Arleigh Burke, armados com sistemas de mísseis de ataque, devem se aproximar da costa venezuelana

US NAVY/AFP/JC
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Agências
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vê o deslocamento de navios de guerra dos Estados Unidos para áreas próximas à costa da Venezuela como uma estratégia americana de aumentar a pressão contra o ditador Nicolás Maduro.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vê o deslocamento de navios de guerra dos Estados Unidos para áreas próximas à costa da Venezuela como uma estratégia americana de aumentar a pressão contra o ditador Nicolás Maduro.
A ação também é enxergada no Planalto dentro da lógica no governo Donald Trump de militarização de temas de combate a organizações criminosas transnacionais e ao tráfico de drogas, algo que afeta outros países, como o México.
Existe forte incômodo entre aliados de Lula com a proximidade das embarcações e com declarações agressivas de autoridades de Washington, mas a avaliação no momento é a de que qualquer resposta sobre o caso deve ser dada com extrema cautela -entre outras razões pelo fato de o Brasil estar na mira do governo Donald Trump com a imposição de tarifas e sanções.
Três destróieres americanos da classe Arleigh Burke, armados com sistemas de mísseis de ataque, devem se aproximar da costa da Venezuela como parte de um esforço para combater os cartéis de drogas da América Latina, segundo autoridades dos Estados Unidos mencionadas pela agência de notícias Reuters.
Em paralelo à movimentação, a porta-voz do governo americano, Karoline Leavitt, afirmou na terça-feira (19) que o país usará "toda a força" contra o regime de Maduro. No fim da última semana, a imprensa americana já havia informado que os EUA deslocariam mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros para águas próximas à América Latina e ao Caribe.
De acordo com um membro do governo Lula que segue o tema, a avaliação no momento é a de que a movimentação americana não indica disposição para uma atitude extrema, como uma invasão.

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