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Estados Unidos

- Publicada em 26 de Maio de 2022 às 20:27

Polícia é questionada por resposta tardia à ataque em escola no Texas

Policiais teriam tentado entrar no prédio, mas foram atacados por Salvador Ramos

Policiais teriam tentado entrar no prédio, mas foram atacados por Salvador Ramos


Jordan Vonderhaar/Getty Images/AFP/JC
Enquanto a comunidade de Uvalde, no Texas, prepara-se para velar as 21 vítimas do massacre que chocou os Estados Unidos, novas evidências colocaram dúvida sobre a conduta da polícia no momento do ataque a tiros, levantando a suspeita de que não tenham cumprido protocolos nacionalmente estabelecidos para evitar um maior número de mortes.
Enquanto a comunidade de Uvalde, no Texas, prepara-se para velar as 21 vítimas do massacre que chocou os Estados Unidos, novas evidências colocaram dúvida sobre a conduta da polícia no momento do ataque a tiros, levantando a suspeita de que não tenham cumprido protocolos nacionalmente estabelecidos para evitar um maior número de mortes.
Informações reveladas nesta quinta-feira (26) apontam que o atirador Salvador Ramos passou cerca de uma hora e meia dentro da escola primária, onde disparou contra alunos de 4ª série e duas professoras, enquanto policiais cercaram o local e esperaram pela chegada de equipes especiais.
As autoridades receberam a primeira informação sobre um homem armado indo em direção a Robb Elementary School por volta das 11h30min (9h30min em Brasília). De acordo com a Polícia Estadual, dois policiais no local tentaram impedir que o atirador entrasse na escola, mas teriam sido baleados. O alvo, então, teria se entrincheirado em duas salas de aula, ainda de acordo com o relato oficial, só sendo neutralizado pouco depois das 13h (11h), por uma equipe especializada da Patrulha da Fronteira.
A dúvida que permanece é o que os dois policiais que inicialmente estavam no local do massacre, um segurança armado da escola e dezenas de policiais que chegaram neste espaço de tempo fizeram para que Ramos conseguissem permanecer por tanto tempo dentro do prédio - e o que poderiam ter feito para evitar o número de vítimas.
Há anos, o protocolo padrão para responder a um ataque a tiros em escolas nos EUA é claro: os primeiros policiais armados no local devem ir direto ao atirador e matá-lo ou prendê-lo. De acordo com Kenneth Trump, especialista em segurança escolar, nada deve impedir a polícia de neutralizar o atirador. "Você ignora os feridos, os mortos, passa por cima deles e continua, porque cada segundo conta", disse. "Vá até o atirador".
O protocolo foi estabelecido após o massacre de Columbine, em 1999 - até então, a instrução era chegar ao local, estabelecer um perímetro e esperar a chegada da SWAT. Policiais que não seguiram o protocolo já foram responsabilizados.
Após o tiroteio em Parkland, em 2018, Scot Peterson, o único oficial armado no local, foi acusado de negligência infantil porque não conseguiu entrar no prédio onde o atirador estava.
Um vídeo gravado do lado de fora da escola do Texas na terça-feira, por volta das 11h54min (9h54min) mostra pais angustiados, gritando para que a polícia tentasse entrar no prédio. "Esses policiais estão bem aqui. Mano, há um tiroteio na escola e esses policiais estão dizendo para todo mundo sair, cara, enquanto todo mundo está aqui tentando pegar seus filhos", disse o homem que gravou o vídeo. "Você sabe que existem crianças, certo? São crianças pequenas, não sabem se defender", grita o homem que filma o vídeo na direção do policial.
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