Porto Alegre, sexta-feira, 15 de agosto de 2025.
Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, sexta-feira, 15 de agosto de 2025.

Esportes

- Publicada em 11 de Dezembro de 2021 às 09:37

Desde que se aposentou, Endres vem se preparando como profissional fora das quadras

Endres participou no último fim de semana da Superliga C comandando o APAV/Marítimo, de Canoas

Endres participou no último fim de semana da Superliga C comandando o APAV/Marítimo, de Canoas


REPRODUÇÃO/FACEBOOK/JC
Gustavo Endres jamais imaginou que pudesse passar seus conhecimentos de quadra no vôlei para jovens talentos, muito menos para seu próprio filho. Mas é exatamente isso que o destino lhe reservou após brilhar nas quadras como jogador. Foi campeão olímpico em Atenas 2004, prata na edição seguinte em Pequim, é bicampeão mundial e tem inúmeros títulos na carreira.
Gustavo Endres jamais imaginou que pudesse passar seus conhecimentos de quadra no vôlei para jovens talentos, muito menos para seu próprio filho. Mas é exatamente isso que o destino lhe reservou após brilhar nas quadras como jogador. Foi campeão olímpico em Atenas 2004, prata na edição seguinte em Pequim, é bicampeão mundial e tem inúmeros títulos na carreira.
Desde que se aposentou, vem se preparando para ser técnico e participou no último fim de semana da Superliga C comandando o APAV/Marítimo, de Canoas, no Rio Grande do Sul. Não conseguiu o acesso neste ano, mas está lapidando jogadores jovens, incluindo seu filho Enzo, que atua na equipe.
"A minha expectativa como treinador do Apav é me autoavaliar como integrante de uma comissão técnica. A experiência tem sido gratificante. Cada dia é um aprendizado, algo novo acontece e me deixa contente. Me sinto honrado em contribuir para melhorar a condição de cada um do time. Incrementar a performance deles é meu objetivo", conta Endres.
Gustavo diz que a meta da equipe é desenvolver o vôlei gaúcho, principalmente a "gurizada da base”, que termina o ensino médio e não tem tantas oportunidades. "Selecionamos estes atletas e estamos trabalhando para melhorar a técnica e a tática de cada um deles. Mostrando como funciona uma equipe profissional, um jogo de alto rendimento e um atleta", explica.
O Apav foi o primeiro campeão da Superliga B. Isso foi em 2012. Jogou alguns anos na Superliga principal, mas caiu e agora busca investimento para manter o projeto. "Em aproximadamente um mês e meio de trabalho, já conseguimos apresentar um bom trabalho. Precisamos de mais treino para brigar de igual para igual com as demais equipes", diz Gustavo.
Gaúcho de Passo Fundo e com 46 anos, Gustavo não esconde a alegria de ver os filhos na quadra. O mais velho é Erick, com quem já havia trabalhado em Canoas, em 2019, quando ainda não era treinador. O mais novo é Enzo, que está agora sob seu comando.
"Treinar meu filho caçula, e em uma equipe adulta, é uma baita experiência. Qualquer pai gostaria de ter essa experiência. Com o Erick eu ainda não era técnico, já tinha o curso nível 3, mas estava observando ainda, ajudando em quadra. Dava uns toques, ajustava algumas coisas. Com o Enzo é diferente. Eu sou o treinador dele e cobro muito, principalmente postura e comprometimento. E ele tem isso, tem muita vontade, às vezes preciso frear um pouco o ímpeto dele", revela.
Enzo é oposto - principal atacante do time. Tem 1,96m. Aos 18 anos, participou de uma competição tendo o pai como técnico e entende muito bem a importância disso. "Ser treinado pelo meu pai é uma das maiores honras que poderia ter na vida. Além da vasta experiência que ele tem, pode passar muitas informações e dicas de sua vivência. E, sendo meu pai, temos um relacionamento bom, próximo. Ele me entende como pessoa, pois somos bem parecidos, isso faz com que ele saiba como tirar o melhor de mim", conta.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO