Filha de mãe artista e pai engenheiro, a verve artística da gaúcha manifestou-se, primeiramente, numa breve passagem pela faculdade de Arquitetura. Aos 18 anos, decidida a experimentar a vida fora da casa dos pais, Helena mudou-se para São Paulo. Enquanto fazia alguns trabalhos como modelo, foi garçonete da banqueteira Neka Menna Barreto e estagiou na cozinha dos restaurantes Roanne, de Emmanuel Bassoleil, e Gero, do Grupo Fasano.
Convidada a chefiar a cozinha do extinto Na Mata Café, a porto-alegrense desconfiou de que talvez o universo da gastronomia fosse mesmo o seu chão. Aos 21 anos, juntou dinheiro, pôs na mala o caderno no qual desenhava e anotava seus devaneios, e embarcou para a Europa, onde estagiou nos restaurantes La Torre e Sadler, ambos na Itália.
Um dia, foi jantar no celebrado El Celler de Can Roca, em Girona (Espanha), e tudo começou a fazer sentido. Helena entendeu que a comida poderia ser um meio de expressão artística, e não apenas um trabalho mecânico e monótono, como tinha sido a sua experiência até então. Depois de muita insistência, ouviu um “sim” de Joan Roca, um dos proprietários. Passou quatro meses na casa de Girona e um ano no Moo, restaurante dos Roca em Barcelona. Foi no Celler que conheceu Daniel Redondo, então souschef dos Roc, e se apaixonou.
De volta a São Paulo, Helena recebeu de amigos a proposta de abrir um restaurante e convidou Daniel a se mudar para o Brasil para dividir a cozinha com ela. Em 2006, nasceu o Maní. À frente da casa por 11 anos, Helena e Daniel desenvolvem uma cozinha contemporânea calcada em ingredientes simbólicos da cozinha brasileira. No início de 2017, Daniel desligou-se do Maní para desenvolver novos projetos, e Helena seguiu à frente do restaurante e das outras casas do Grupo Maní. A gaúcha ainda desenha em cadernos e, vez ou outra, nas paredes do Maní, além de deixar transparecer o sotaque nos programas de TV.
Segunda eliminação tem reprodução de prato de filme
O segundo episódio da nova temporada do MasterChef Brasil vai ao ar nesta terça-feira (13), às 22h30min. Os competidores que ficaram no mezanino e tiveram a chance de prestar atenção nos erros e acertos cometidos pelos concorrentes, vão precisar mostrar que mandam bem na cozinha. Logo de cara, eles terão de fazer um prato com um dos cortes de carne mais populares do Brasil: a alcatra.
Para dar início ao desafio, o chef Henrique Fogaça arregaça as mangas e mostra como limpar e separar a proteína. A partir daí os participantes escolhem com qual pedaço preferem trabalhar. Quem tiver um desempenho mediano, terá uma segunda chance de se salvar da berlinda em uma prova de olfato. Com os olhos vendados, os cozinheiros tentam adivinhar um dos 60 ingredientes colocados em potes de vidro. Os que forem mal seguem direto para a prova de eliminação.
O derradeiro desafio da noite começa com a exibição de um trecho do filme A grande noite, de 1996, em uma instalação artística cheia de televisores antigos na cozinha do MasterChef. Os participantes são apresentados ao Timpano, um prato que muda a história do restaurante dos personagens principais. A receita é uma espécie de torta que leva macarrão na massa e no recheio, além de carne, legumes, molho e queijo.
Para explicar o longa, e principalmente o Timpano, o jornalista e apresentador Zeca Camargo, que é cinéfilo, apaixonado por culinária e já provou essa iguaria em suas viagens pelo mundo, traz uma torta gigante, deixando os participantes em pânico. Ele fala da busca pelo prato quando o filme estreou no Brasil e como os seus sabores ficaram marcados na memória.
Os cozinheiros deverão fazer uma versão dessa clássica e exótica receita italiana para se salvar da eliminação. Cheio de ingredientes e técnicas, o prato vai lançar os concorrentes a uma corrida contra o tempo. Zeca Camargo, que já se mostrou um grande cozinheiro quando ganhou o especial de fim de ano do MasterChef em 2020, acompanha de perto o desemprenho de cada um. Os jurados estão mais afiados do que nunca e não vão deixar nenhum erro passar batido. A loucura vai ser tanta que tem até participante pedindo para “o Brasil esquecer esse episódio”.
Os autores dos melhores pratos são salvos, enquanto os três piores brigam pela permanência no programa. Um deles vai conseguir escapar com a ajuda dos colegas que estão no mezanino. Depois disso, os jurados escolhem o segundo eliminado da competição gastronômica.