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Mercado Digital

- Publicada em 11 de Novembro de 2020 às 15:54

Querer mudar é mais decisivo que ser nativo digital, diz CFO do iFood

Barreto diz que meta do iFood para 2021 é se consolidar como ecossistema robusto

Barreto diz que meta do iFood para 2021 é se consolidar como ecossistema robusto


iFood/Divulgação/JC
A sobrevivência ou a morte de um negócio tem a ver com a forma que você é e pensa hoje, e não como você nasceu. Para o CFO do iFood, Diego Barreto, esse é um bom paralelo para traçarmos quando o assunto é ajudar uma empresa a sair da velha economia e vencer no mundo digital.
A sobrevivência ou a morte de um negócio tem a ver com a forma que você é e pensa hoje, e não como você nasceu. Para o CFO do iFood, Diego Barreto, esse é um bom paralelo para traçarmos quando o assunto é ajudar uma empresa a sair da velha economia e vencer no mundo digital.
A palavra de ordem é ter disposição para mudar e capacidade de adaptação. “Estou à frente de uma operação nativa digital, mas não nasci nessa configuração. O que aconteceu foi que eu entendi a importância disso. É a mesma lógica com as corporações”, exemplifica.
O executivo participou ontem do Tá na Mesa, da Federasul, e destacou o fato de que essa vontade de evoluir está presente nas companhias vencedoras. Um grande símbolo desse movimento, para ele, é a Magalu, que nasceu na velha economia – há 15 anos, era uma empresa de loja de rua – e hoje se transformou em case.
Como isso aconteceu? “Os acionistas compreenderem para onde o mundo estava indo e fizeram a transição. Claro que é um processo doloroso, lento e você vai ter que enfrentar muita gente indo contra, até porque é preciso primeiro investir sem saber quando vem o lucro. Porém, é necessário”, reforça Barreto.
E não são apenas as empresas tradicionais que precisam se reinventar. O diretor jurídico e de Politicas Públicas da Buser, Caio Franco, diz que a competição está aberta e até os players nascidos recentemente sofrem com essa pressão. “Podemos ser destronados a qualquer momento se não prestarmos atenção ao mercado e aumentar a nossa entrega de valor. As coisas andam rápido demais e esse processo de revisitar os negócios deve ser constante”, sugere.
Quando projetam 2021, os executivos são cautelosos com o mercado, mas apostam no crescimento dos segmentos que atuam. No caso do Buser, aplicativo de transporte colaborativo para viagens interestaduais, a pandemia representou um momento difícil, em que os ônibus simplesmente tiveram que deixar de rodar durante um tempo. Mas, a empresa está se recuperando rapidamente. “Estamos impressionados com os últimos meses, pois hoje estamos maiores que antes da pandemia”, destaca Franco.
Porém, ele vislumbra pela frente desafios já enfrentando por outros players, como os aplicativos de mobilidade e as fintechs, que é justamente conseguir romper com o modelo tradicional e abrir espaço para o novo.
Para o gestor, o elemento essencial para as disrupções atuais acontecerem é a capacidade de derrubarmos as barreiras de entrada e reduzir a dificuldade para o novo competidor entrar e disputar mercado. “Não é porque um negócio nunca foi feito que ele não é bom. A Buser melhora a vida das pessoas entregando viagens mais seguras e baratas, mas precisamos de uma regulamentação para incorporar negócios como esses na sociedade, mas não extingui-los”, defende.
Um dos líderes do iFood, Barreto traz um alerta para 2021. “Acredito que vai ser um ano perigoso para quem não estiver atento. Tivemos um vale em 2020 em função da pandemia, então, quando a economia voltar a crescer, teremos a falsa impressão que estamos crescendo para cima e avante”, destaca.
Já para o iFood, por estar bem posicionado em um mercado mais estável – alimento é item essencial - o executivo projeta uma nova fase de evolução: a consolidação da plataforma a partir do reforço das relações com todos os envolvidos. Ele cita o exemplo do iComanda, uma solução de ERP criada pelo iFood para ajudar os restaurantes.
“Essa solução não gera receita direta para a gente, mas fortalece a minha relação com o restaurante, e queremos avançar nisso. Nosso próximo passo é trazer mais ferramentas para os estabelecimentos, novas alternativas de renda para entregadores e dar mais comodidade para usuário. Estamos cada vez mais prontos para ter um ecossistema robusto do iFood”, sinaliza.
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