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Opinião

- Publicada em 08 de Novembro de 2019 às 17:40

Brics em Brasília: lançar voo mais alto no avião do Plano Piloto

Uma vez mais, as atenções do mundo vão recair sobre Brasília. Nos dias 13 e 14 de novembro, a 11ª Cúpula do terá lugar na capital brasileira, cidade essa que tem um formato de avião e está inscrita como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Uma vez mais, as atenções do mundo vão recair sobre Brasília. Nos dias 13 e 14 de novembro, a 11ª Cúpula do terá lugar na capital brasileira, cidade essa que tem um formato de avião e está inscrita como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Na sua presidência “pro tempore”, o Brasil tem feito muito sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou na Reunião Informal do Brics, em Osaka, que o seu governo “pretende trabalhar ativamente pelo fortalecimento deste grupo”.
O mote “Brics: Crescimento Econômico para um Futuro Inovador” e as prioridades às ciência, tecnologia, inovação e economia digital que a parte brasileira definiu, visam promover a modernização da estrutura industrial, a competitividade e o crescimento inclusivo do Brics, e estão em linha com as necessidades diretas dos membros. Todos os 5 líderes do agrupamento confirmaram já sua presença na cúpula.
Tenho plena confiança de que o Brics voará ainda mais alto na capital brasileira. Acredito que, através da nova cúpula, o Brics responderá às vozes pessimistas com resultados tangíveis e ganhará mais brilho na sua segunda “década dourada”, dando continuidade ao seu papel estabilizador em um mundo volátil.
Os cinco países do Brics encontram-se em fases semelhantes de desenvolvimento e possuem amplos interesses comuns. Tendo isso em consideração, é natural que os membros cheguem a entendimentos e sintonia sem grandes dificuldades.
Com a parceria mais aprofundada e coesa, os cinco países do Brics têm adotado uma voz única nas grandes questões internacionais, salvaguardando a voz dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento. Ao apresentar um exemplo de relações internacionais de um novo modelo, os Brics funcionam como estabilizadores, contribuindo para a paz e desenvolvimento mundiais.
Durante a presidência “pro tempore”, do Brasil, tanto na reunião informal dos líderes quanto nas duas reuniões dos chanceleres, foi emitida a voz Brics de apoio ao multilateralismo - uma voz preciosa no contexto da ascensão do unilateralismo, protecionismo e de práticas de bullying. Isso reflete as aspirações comuns dos mercados emergentes e países em desenvolvimento pela justiça e equidade nos assuntos internacionais.
Orientado pelo Espírito do Brics, caracterizado pela Abertura, Inclusão, Cooperação e Ganhos Compartilhados, o agrupamento vem melhorando a sua arquitetura ao longo de 11 anos de desenvolvimento.
O Brics conta hoje com uma estrutura multidimensional de várias camadas, orientada pelas cúpulas, suportada pelas reuniões de chanceleres e reuniões de altos representantes para assuntos de segurança e por vários outros encontros em áreas como economia e comércio, finanças, ciência e tecnologia, indústria, agricultura, cultura, educação, saúde, think tanks, cidades irmãs, entre outros.
Além de ser uma plataforma para os membros consolidarem a confiança política e reforçarem a cooperação prática entre si, o Brics é também um canal no qual os mercados emergentes e os países em desenvolvimento podem conjugar esforços para alcançar o desenvolvimento comum. O bloco também contribuiu muito para a formação de uma Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade.
Destacam-se os resultados frutíferos da cooperação do Brics em seus três pilares, isto é, os setores de economia, paz e segurança e intercâmbio entre pessoas.
O Novo Banco de Desenvolvimento contribuiu muito para o melhoramento da infraestrutura e da competitividade dos cinco países. O Arranjo Contingente de Reservas desempenha um papel importante para garantir a segurança financeira dos Brics. A Parceria do Brics para a Nova Revolução Industrial (PartNIR) avança a passos firmes, e muitos outros projetos de cooperação apresentam novos resultados.
Os cinco países apresentam uma boa coordenação nos grandes temas internacionais e regionais, como o multilateralismo, a governança global, o combate ao terrorismo, a manutenção da paz, a segurança cibernética, entre outros, contribuindo com sabedoria e força para a transformação da ordem internacional numa direção mais justa e razoável.
No quadro do bloco, existem também a Aliança de Bibliotecas, Aliança de Museus, Aliança de Museus de Arte e Galerias Nacionais, Aliança de Teatros para Crianças e Jovens, entre outros laços culturais. Os cinco países têm coproduzido um filme anualmente nos últimos três anos, a saber, o “Em que Tempo Vivemos” de 2017, o “Metade do Céu” de 2018 e “Vizinhos” de 2019. Mais ainda, o documentário coproduzido no ano corrente será exibido em todos os cinco países, conforme o previsto. O intercâmbio cultural Brics aprofundou substancialmente a amizade entre os povos.
O mundo de hoje experimenta mudanças grandes, raramente vistas nos últimos cem anos. Entretanto, permanece inalterada uma tendência de paz, desenvolvimento, cooperação e ganhos compartilhados, e mantém-se igualmente inalterada a ascensão coletiva dos mercados emergentes e países em desenvolvimento como o Brasil.
Os membros do Brics são diferentes uns dos outros, mas com respeito mútuo, conseguiram uma convivência harmoniosa. É para mim motivo de plena confiança que, com os esforços conjuntos dos países membros, a Cúpula de Brasília será um grande êxito, e que o Brics sairá mais unido, ganhará um maior peso e abraçará um futuro ainda mais promissor.
Observador de assuntos internacionais
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