Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 05 de Novembro de 2025 às 13:20

MPF faz apuração preliminar sobre suspeita de 'rachadinha' em gabinete de Motta

Hugo Motta não quis comentar situação envolvendo sua chefe de gabinete

Hugo Motta não quis comentar situação envolvendo sua chefe de gabinete

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/JC
Compartilhe:
Agências
O Ministério Público Federal no Distrito Federal iniciou uma apuração preliminar sobre eventuais suspeitas de enriquecimento ilícito e dano ao erário pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), da sua chefe de gabinete, Ivanadja Velloso, e de servidores do gabinete.
O Ministério Público Federal no Distrito Federal iniciou uma apuração preliminar sobre eventuais suspeitas de enriquecimento ilícito e dano ao erário pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), da sua chefe de gabinete, Ivanadja Velloso, e de servidores do gabinete.
O caso em questão trata de suspeitas de que esquema de "rachadinha" no gabinete do deputado. O MPF junta elementos para saber se avança em uma apuração sobre eventual improbidade administrativa por Motta e por seus funcionários.
A investigação ainda está em uma etapa prévia, de levantamento de informações, e pode ou não ser convertida em um inquérito civil.
Procurado por meio da sua assessoria de imprensa, Motta não se manifestou. A reportagem não localizou Ivanadja.
O procedimento no Ministério Público Federal foi aberto a partir de uma representação do ex-deputado e ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que citou reportagens do site Metrópoles sobre as suspeitas de "rachadinha".
Ivanadja, segundo as reportagens, tem procurações para movimentar a conta-corrente de diversos funcionários do gabinete do parlamentar. O presidente da Câmara tem se recusado a responder sobre o caso a jornalistas.
No mês passado, a Procuradoria da República no DF consultou o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a existência de algum procedimento interno de apuração a respeito do assunto.
No último dia 31, o TCU respondeu que não há um processo que trate de dano ao erário envolvendo Motta, mas que há outra representação no tribunal que trata do caso.
Em julho, a Folha de S.Paulo mostrou que Motta mantinha três funcionárias fantasmas em seu gabinete.
Na época, o presidente da Câmara disse, por meio de sua assessoria, que prezava pelo "cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara".
Uma era fisioterapeuta e atendia em duas clínicas particulares em Brasília. Outra acumulava o cargo de secretária parlamentar com o de assistente social na Prefeitura de João Pessoa.
Uma terceira passou a acumular outros dois empregos públicos com as funções que deveria exercer no gabinete, mesmo após a reportagem revelar em que ela cursava faculdade em período integral e que chegou a morar em outro estado enquanto estava contratada para atuar como assessora. Ela só foi exonerada em outubro.
Além desses três casos, a Folha de S.Paulo revelou que Motta emprega em seu gabinete o caseiro de sua fazenda em Serraria (PB), cidade de 6.000 habitantes a 131 km de João Pessoa e a 225 km de Patos (PB), sua base eleitoral.

Notícias relacionadas