Ir. Celassi Dalpiaz
Vivemos um tempo de transformações profundas em que a educação se reinventa diante das novas tecnologias, das telas que conectam o mundo e dos algoritmos que imitam o comportamento humano.
Entretanto, em meio a tantas inovações, surge uma certeza: nenhuma máquina é capaz de ensinar a ser humano. Com isso, precisamos entender que a tecnologia chegou para ampliar caminhos, não substituir presenças. Tem o papel de organizar dados, personalizar aprendizagens e aproximar conhecimento; contudo, é o professor quem transforma a informação em sentido, que aguça a curiosidade e o olhar ético diante das informações.
Na era digital, mais do que nunca, o professor torna-se essencial. É ele quem media e ensina a dialogar, a respeitar diferenças, a escutar e cuidar. Sua missão ultrapassa a construção de saberes; ela ajuda a formar pessoas capazes de pensar, sentir e agir com empatia.
Humanizar é o verbo que sustenta o futuro da educação. Em tempos de inteligência artificial, precisamos investir na inteligência emocional, na sensibilidade, na escuta atenta.
A escola que precisamos não é a mais tecnológica — é a mais humana. Porque o verdadeiro progresso acontece quando a inovação é capaz de conectar-se com a tecnologia, como facilitadora do processo de aprender e não como um fim.
Enquanto as máquinas aprendem a pensar, cabe ao professor continuar ensinando a sentir, pois o desafio e a beleza da docência está em equilibrar inovação e presença, razão e emoção, ciência e consciência ética.
Portanto, a educação que transforma é aquela que ensina o estudante a aprender e também a ser. Como afirma Paulo Freire: Educar é um ato de coragem; é lutar para que o outro se torne mais humano.
Por fim, esse é o grande compromisso do professor que usa a tecnologia como um meio e o seu olhar humanizado e cuidadoso para alcançar o fim: uma educação que humaniza e transforma.
Diretora do Colégio Santa Inês