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Opinião

- Publicada em 05 de Julho de 2018 às 01:00

Luz do batuque do Grupo Alabê Ôni

O documentário Mestre Borel (Walter Calixto Ferreira, 1926-2011): a ancestralidade negra em Porto Alegre serviu de cenário mutante ao espetáculo O Berço do Batuque no RS: Mestre Borel - Toques e Cantos da Nação Oyó-Idjexá apresentado pelo Grupo Alabê Ôni, recentemente, na Capital. Ao tempo em que desenvolveram e partilharam o saber da cultura da matriz africana e influência na formação da identidade sul-rio-grandense. Os maviosos solos do Pingo Borel nos pontos mostrava que ele não estava só no palco, mesmo que ombreado aos magníficos Mimmo Ferreira, Tuti Rodrigues, Richard Serraria, Simone Rassaln, Stephanie Soeiro e Auristela Melo. O espetáculo vai a um crescendo a cada suave acariciar dos tambores costurando o enredo. O texto musical fala.
O documentário Mestre Borel (Walter Calixto Ferreira, 1926-2011): a ancestralidade negra em Porto Alegre serviu de cenário mutante ao espetáculo O Berço do Batuque no RS: Mestre Borel - Toques e Cantos da Nação Oyó-Idjexá apresentado pelo Grupo Alabê Ôni, recentemente, na Capital. Ao tempo em que desenvolveram e partilharam o saber da cultura da matriz africana e influência na formação da identidade sul-rio-grandense. Os maviosos solos do Pingo Borel nos pontos mostrava que ele não estava só no palco, mesmo que ombreado aos magníficos Mimmo Ferreira, Tuti Rodrigues, Richard Serraria, Simone Rassaln, Stephanie Soeiro e Auristela Melo. O espetáculo vai a um crescendo a cada suave acariciar dos tambores costurando o enredo. O texto musical fala.
No cenário em forma de filme, Mestre Borel interage. Os toques dos tambores foram buscar quem mora longe. A noite do dia 15 de junho de 2018, no Teatro do SESC, em Porto Alegre, entrou para história com aquela apresentação. Extravasou todas as expectativas dos espectadores que, ao final, levantaram e dançaram ao som dos atabaques, deixando seus corpos se levarem por livre expressão corporal, embaladas pelo espetáculo de hora e meia, cuja iluminação equilibrada e harmoniosa dava o tom de ternura ao delicado e profundo tema, cujos fundamentos foram respeitados. O articulista conheceu o Mestre Borel no Mercado Público, lembrou-se dele e o viu brilhante no fundo do palco, mesmo quando as luzes se fecharam. Memórias e experiências da cidade e até fora do Estado, com nexo causal a história do povo negro. A matriz africana brasileira é religiosa e histórica, mas também arte na música, dança e gastronomia. Mestre Borel é prova provada da ancestralidade. A cada toque nos tambores e canto do Grupo Alabê Ôni, nosso coração bate no compasso de ecoar o quanto é enorme a religião, que conduz à espiritualidade, deitando olhar na história. A apresentação precisa ser reprisada, mais vezes nos palcos da cidade - se possível no Theatro São Pedro - como tributo ao mestre Borel, patrimônio do Brasil.
Como diria Candeia: não precisa pertencer a nenhuma Academia, ao ser natural em sua poesia, o povo o torna imortal.
Escritor
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