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Patricia Knebel

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Publicada em 05 de Novembro de 2025 às 15:56

Empresas superestimam segurança, aponta Kaspersky

Muitas organizações permanecem vulneráveis, mesmo achando que não

Muitas organizações permanecem vulneráveis, mesmo achando que não

AdobeStock/Divulgação/JC
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Um novo levantamento feito pela Kaspersky com 300 líderes de cibersegurança na América Latina revela uma desconexão entre a confiança dos responsáveis pela cibersegurança das empresas e a realidade operacional. Aliás, essa tem sido uma percepção constante, de diversos outros estudos do mercado, nos últimos anos.
Um novo levantamento feito pela Kaspersky com 300 líderes de cibersegurança na América Latina revela uma desconexão entre a confiança dos responsáveis pela cibersegurança das empresas e a realidade operacional. Aliás, essa tem sido uma percepção constante, de diversos outros estudos do mercado, nos últimos anos.
Embora 98% dos entrevistados brasileiros afirmem que os dados e sistemas da empresa estão bem protegidos, os números mostram que muitas organizações permanecem vulneráveis.
De acordo com o relatório, 30% das empresas no Brasil não utilizam proteção endpoint (antivírus) e 34% não possuem firewall – tecnologias de proteção consideradas básicas.
Levando em conta soluções avançadas para detecção precoce de ataques, mais da metade (62%) usam serviços de Threat Intelligence (inteligência de ameaças), pouco mais de um terço (34%) já adotaram soluções de detecção e respostas estendidas Extended Detection and Response (XDR). Além disso, 31% usam soluções de endpoint de detecção e resposta Endpoint Detection and Response (EDR) e 42% usam Security Information and Event Management (SIEM) para correlacionar informações e eventos.
A análise de ferramentas e serviços indica que dificilmente a maioria das empresas entrevistadas conseguiria detectar e responder a um ataque em tempo hábil para neutralizá-lo antes dele ser bem-sucedido.
Essa diferença entre expectativa e realidade evidencia a existência de uma falsa sensação de segurança. A cibersegurança eficaz se apoia em um tripé formado por pessoas, processos e tecnologia. Quando um desses pilares é negligenciado, a proteção corporativa se torna frágil e reativa”, analisa o gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, Roberto Rebouças.
A pesquisa mostra também que a adoção de tecnologias avançadas — como XDR (Extended Detection and Response), SIEM (Security Information and Event Management) e EDR (Endpoint Detection and Response) — ainda irá evoluir nos próximos meses: 26% das empresas brasileiras afirmam que planejam implementar XDR, 30% pretendem adotar SIEM e 32% querem investir em EDR no próximo ano, mesmo sem utilizá-las atualmente.
Para os especialistas da Kaspersky, esse movimento demonstra um desejo positivo de evolução, mas traz riscos caso a implantação não seja precedida de planejamento prévio.
“Implementar soluções de alta complexidade sem estrutura interna, pessoal capacitado ou objetivos claros é como construir castelos de areia. As tecnologias falham porque a base é instável”, diz. Rebouças.

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