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2° Caderno

- Publicada em 28 de Dezembro de 2017 às 10:37

Fibras de algodão e poliéster atuam com filtro de água

Uma dissertação de mestrado da Escola de Engenharia de São Carlos (Eesc) da Universidade de São Paulo (USP) propõe a criação de filtros de fibras flexíveis de algodão e de poliéster para fins de tratamento de água.
Uma dissertação de mestrado da Escola de Engenharia de São Carlos (Eesc) da Universidade de São Paulo (USP) propõe a criação de filtros de fibras flexíveis de algodão e de poliéster para fins de tratamento de água.
A engenheira ambiental Thalita Fagundes, buscou adaptar à realidade brasileira uma tecnologia recentemente criada na Coreia do Sul e Europa, de alta eficiência e rendimento. O estudo concluiu que os fios usados na indústria têxtil tiveram a eficácia que, acompanhada da redução do uso químicos e de menor uso de espaço, podem ser a solução para a redução de custos e abastecimento público de água.
A análise consiste em filtros cujos leitos filtrantes (seu recheio, onde o processo em si ocorre) são constituídos de microfibras de algodão ou poliéster paralelas entre si, e presas só na parte inferior do suporte. O escoamento do líquido a ser filtrado é ascendente e direto, ou seja, não é necessária a floculação e a decantação, processos que fazem as impurezas se aglutinarem e sedimentarem em tanques, para a posterior filtração. A tecnologia ajuda na remoção de sólidos da água, devido à alta superfície de contato consequência das dimensões micrométricas dos fios.
O Laboratório de Tratamento Avançado e Reuso de Águas (Latar), da Eesc, vem estudando essas configurações de filtro desde 2011, sob orientação do professor Marco Reali, que acompanhou a dissertação de Thalita. Uma das linhas de pesquisa do Latar busca estudar fibras naturais como leito filtrante, considerando o quanto o material é biodegradável e o quão acessível é em comunidades isoladas. "Surgiu a ideia de pesquisar a eficiência da fibra de algodão, já que é largamente produzida e facilmente encontrada no Brasil", conta a pesquisadora.
Os filtros de náilon, que inspiraram a pesquisa, já são comercializados em larga escala na Europa; assim, a pesquisa busca outros materiais para a produção dos leitos filtrantes, que se adaptem à situação econômica e sanitária brasileira.
"É interessante frisar a economia de espaço e de produtos químicos que esta configuração proporciona para as estações de tratamento de água, já que trabalha satisfatoriamente a altíssimas taxas de filtração, e com baixas dosagens de coagulante; e que seu uso e estudos mais aprofundados devem ser incentivados no Brasil", destaca a pesquisadora.
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