No Viralizou desta semana, entenda a influência digital e seu impactado nos empreendimentos locais

Instagram no cardápio: como as redes sociais estão redefinindo a escolha de onde comer para os brasileiros


No Viralizou desta semana, entenda a influência digital e seu impactado nos empreendimentos locais

O feed virou vitrine e, no Rio Grande do Sul, o resultado dessa transformação é cada vez mais visível no setor da gastronomia. Uma nova pesquisa da Brazil Panels & Behavior Insights mostra que 70,2% dos brasileiros já foram a um restaurante após vê-lo no Instagram. O número supera até as tradicionais indicações de amigos e familiares, responsáveis por influenciar 53,1% das decisões. A partir desses dados, o impacto virou tema do Viralizou desta semana.
O feed virou vitrine e, no Rio Grande do Sul, o resultado dessa transformação é cada vez mais visível no setor da gastronomia. Uma nova pesquisa da Brazil Panels & Behavior Insights mostra que 70,2% dos brasileiros já foram a um restaurante após vê-lo no Instagram. O número supera até as tradicionais indicações de amigos e familiares, responsáveis por influenciar 53,1% das decisões. A partir desses dados, o impacto virou tema do Viralizou desta semana.
O estudo entrevistou 2.548 pessoas de todas as regiões do País e revelou que 69% usam a plataforma como principal fonte para buscar informações sobre restaurantes. Fotos de pratos bem produzidos e vídeos mostrando a preparação são os conteúdos mais atrativos para esse público.
No cardápio das preferências nacionais, pizza (63,9%) e churrasco (61,9%) lideram, e boa parte dos clientes não se importa de ir longe para comer bem: 25,2% disseram que a distância não é problema se a experiência for boa. Para 32,4% dos entrevistados, o gasto por refeição chega a até R$100,00 por pessoa.
No Estado, essa influência digital também é sentida de perto. Para o professor do mestrado em Administração da Universidade Feevale, Marcelo Curth de Oliveira, o fenômeno não é exatamente novo, mas vem se consolidando há mais de uma década.
“O consumidor, a partir de uma necessidade/desejo identificado, sempre buscou informações de diferentes fontes. Esta é a primeira fase do comportamento do consumir”, explica. Ele complementa que essa busca é ponto-chave para a adesão e continuidade do comportamento, beneficiada pelo e-WOM – o boca a boca virtual. “Isso é potencializado pela proliferação de influencers e a necessidade de presença digital, dando poder para informações que estão nas redes sociais, como o Instagram”, conclui.
O professor destaca que o Instagram se beneficia das características que a plataforma possui, como imagens (em movimento), sons, mensagens escritas e informações sobre o local e a experiência.
Nos negócios do Rio Grande do Sul, assim como no mundo, isso tem impacto (positivo e negativo), e as organizações precisam estar preparadas não só para esta, mas para outras mudanças. A tentação de estar presente no ambiente virtual é grande, mas não deve ser feita sem propósito”, destaca. Ainda salienta que não se trata de postar fotos e fazer vídeos impactantes, somente, mas é preciso um entendimento mais profundo sobre a rede.
A presença digital, de acordo com Marcelo, não substitui a essência do negócio. “Não podemos colocar a qualidade do que é ofertado numa balança com a presença online. O que é ofertado, deve ter a fatia mais importante do investimento. Este é o core business, a razão do negócio, e não deve ser comparado com comunicação na rede social. Isso não significa não investir na presença digital”, diz.
Além disso, ele discorre sobre a maturidade digital, que pode ser compreendida como a capacidade de organização e apreensão sobre o tema, que deve anteceder escolhas nas redes sociais. “É importante o entendimento de que isso é estratégico. Estar no ambiente virtual requer elementos que vão para além da postagem de uma foto”, continua.
Apesar do peso do digital, a pesquisa mostra que a qualidade da comida ainda é o critério mais importante para 38,2% dos consumidores, seguido por preço (23%) e atendimento (17,1%). Para se destacar sem perder autenticidade, o pesquisador recomenda que os negócios entendam sua própria “alma” e alinhem a comunicação com ela. “Para ter maior credibilidade é importante que as organizações gastronômicas entendam que elas são, o que significam, e para quem entregam. Para se ter maior probabilidade de sucesso neste campo, as organizações gastronômicas devem estar abertas para experiências com players que possam lhes auxiliar, como entidades de classe e universidades”, explica. Marcelo ainda sugere que as organizações estejam atentas às tendências nas redes, além de reservarem um espaço para investimentos no empreendimento.
Apesar do peso do digital, a pesquisa mostra que a qualidade da comida ainda é o critério mais importante para os consumidores | OPENAI/JC
Apesar do peso do digital, a pesquisa mostra que a qualidade da comida ainda é o critério mais importante para os consumidores OPENAI/JC