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2° Caderno

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2017 às 18:42

USP classifica dinossauro do gênero pycnonemosaurus

Denominação de Pycnonemosaurus é uma composição que reúne o grego pycnos (denso) com o latim nemus (vegetação), isto é, lagarto que vive em mato denso, mas pode ser traduzido por "réptil do Mato Grosso". E não se trata de qualquer dinossauro. O Pycnonemosaurus nevesi - única espécie conhecida do gênero Pycnonemosaurus - foi um dinossauro carnívoro gigante que viveu no atual Centro-Oeste do Brasil há 70 milhões de anos, no período Cretáceo.
Denominação de Pycnonemosaurus é uma composição que reúne o grego pycnos (denso) com o latim nemus (vegetação), isto é, lagarto que vive em mato denso, mas pode ser traduzido por "réptil do Mato Grosso". E não se trata de qualquer dinossauro. O Pycnonemosaurus nevesi - única espécie conhecida do gênero Pycnonemosaurus - foi um dinossauro carnívoro gigante que viveu no atual Centro-Oeste do Brasil há 70 milhões de anos, no período Cretáceo.
Um novo estudo acaba de concluir que foi a maior fera da sua estirpe, a família dos abelissaurídeos, cujas marcas registradas eram um par de pequenos chifres e dois braços atrofiados. Em vida, o pycnonemossauro media 8,9 metros de comprimento da ponta das mandíbulas à ponta da cauda.
Era muito maior do que o membro mais famoso da família, o Carnotaurus sastrei - também única espécie conhecida do gênero Carnotaurus -, com exemplar de 7,8 metros descrito na Argentina em 1985 e cuja réplica em tamanho natural ocupa posição de honra no hall de entrada do Museu de Zoologia da USP, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
A constatação das dimensões do pycnonemossauro foi feita pelos paleontólogos Orlando Grillo, do Museu Nacional do Rio de Janeiro, e Rafael Delcourt, do Museu de Zoologia (MZ) da USP. O estudo foi publicado na revista Cretaceous Research.
Delcourt teve bolsa da Fapesp, com orientação de Hussam Zaher, do MZ, para o doutorado, cujo objetivo foi estabelecer uma comparação da evolução anatômica de dois grandes grupos: tiranossaurídeos e ceratossauros.
"Quando fui à Argentina estudar os abelissaurídeos de lá, me chamou a atenção os ossos do carnotauro, considerado à época a maior espécie do grupo", disse Delcourt, que atualmente faz pós-doutoramento no Trinity College, em Dublin, na Irlanda. "O carnotauro é muito grande, mas percebi que o pycnonemossauro era ainda maior."
Delcourt tinha na lembrança a imagem da gigantesca tíbia de 87 centímetros do pycnonemossauro que vira alguns anos antes no Rio de Janeiro. Como viria a ficar claro ao longo do estudo, a maior tíbia de um abelissaurídeo depois da do pycnonemossauro é a do Skorpivenator, com 65 centímetros. A tíbia é o maior dos dois ossos das pernas que conectam o fêmur às patas. (Jornal da USP)
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