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Porto Alegre, sábado, 16 de agosto de 2025.

Economia

Indústria

- Publicada em 14 de Abril de 2023 às 15:46

Indústria elétrica e eletrônica gaúcha fecha 2022 com crescimento de 5,4%

Diretor regional da Abinee, Régis Haubert, apresentou dados do setor emalmoço com empresários

Diretor regional da Abinee, Régis Haubert, apresentou dados do setor emalmoço com empresários


EVANDRO OLIVEIRA
A regional gaúcha da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou os resultados da pesquisa de desempenho setorial referente ao ano de 2022 durante reunião-almoço realizada nesta sexta-feira (14), no Ritter Hotéis - Largo Vespasiano Júlio Veppo, 55 -, em Porto Alegre. Segundo o levantamento, o faturamento nominal (desconsiderando a inflação) do setor no Rio Grande do Sul no ano passado foi de R$ 12,5 bilhões, alta de 5,4% em relação a 2021, registrando o menor crescimento dos últimos quatro anos. Esse índice representa 2,1% do PIB do Estado.Coordenado pelo diretor regional da Abinee, Régis Haubert, o evento reuniu empresários e contou com a participação da coordenadora do programa Desenvolve RS, Katia Souza, do diretor na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RS, Gustavo Rech.
A regional gaúcha da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou os resultados da pesquisa de desempenho setorial referente ao ano de 2022 durante reunião-almoço realizada nesta sexta-feira (14), no Ritter Hotéis - Largo Vespasiano Júlio Veppo, 55 -, em Porto Alegre. Segundo o levantamento, o faturamento nominal (desconsiderando a inflação) do setor no Rio Grande do Sul no ano passado foi de R$ 12,5 bilhões, alta de 5,4% em relação a 2021, registrando o menor crescimento dos últimos quatro anos. Esse índice representa 2,1% do PIB do Estado.

Coordenado pelo diretor regional da Abinee, Régis Haubert, o evento reuniu empresários e contou com a participação da coordenadora do programa Desenvolve RS, Katia Souza, do diretor na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RS, Gustavo Rech.
Haubert explicou, na reunião, que o crescimento no último trimestre do ano foi menor que o registrado nos demais meses de 2022 em razão da disputa eleitoral brasileira. "Nós tivemos um evento, que foi o último trimestre do ano, no qual a questão eleitoral e político-econômica também contribuiu para que a gente não conseguisse seguir na média de crescimento que vinha acontecendo durante os outros três trimestres".

O crescimento de 5,4% caminhou em paralelo com a inflação do setor, que ficou em torno de 6% em 2022. Além da alta no faturamento nominal, a indústria elétrica e eletrônica gaúcha aumentou seu número de funcionários. Hoje o setor emprega 19,8 mil profissionais, com aumento de 3% em comparação ao ano passado. Em relação às exportações, o setor também apresentou alta, fechando o ano com 211,37 milhões de dólares – crescimento de 9%.
A pesquisa consultou 259 empresas da indústria elétrica e eletrônica, divididas em 10 setores. A área de automação industrial voltou a liderar as áreas gaúchas que mais faturaram anualmente, considerando a sua representatividade no Estado. Com um crescimento de 35% (comparados a 2021), é seguida das tradicionais áreas de equipamentos industriais e componentes elétricos e eletrônicos, que em 2022 apresentaram retração no faturamento, de -5% e -24%, respectivamente. Haubert afirmou no evento que esta retração no ano passado se dá pelo ótimo desempenho destas áreas em 2020 e 2021, em que a pandemia de Covid-19 impactou positivamente para o faturamento destes setores,
PERSPECTIVAS DO SETOR PARA 2023
As perspectivas de empresários da indústria elétrica e eletrônica do Rio Grande do Sul para 2023 não são tão otimistas quanto as apontadas para o ano passado, alinhadas com os empresários do restante do País. Apesar de apenas 60% das empresas indiquem crescimento para este ano, o índice de crescimento médio ficou em 9,7%, o que representa um leve crescimento comparado com 2022, se considerada a inflação no período.
A mudança no governo federal e o excesso de ruídos políticos foram citados como uns dos responsáveis pela baixa confiança e expectativa de crescimento, exigindo cautela nos investimentos e no controle do fluxo de caixa. "Estamos numa transição de governo. Na verdade, no primeiro trimestre é difícil dizer alguma coisa, porque é um governo que tá entrando, que tá botando a sua metodologia dentro do seu entendimento da política econômica", disse Régis Haubert. A concorrência frente a empresas de outros Estados, que contam com incentivos fiscais, também foi citada como uma das dificuldades para as empresas locais. 
Sobre as expectativas do setor para os próximos anos do governo Lula, Haubert afirma que o cenário é de incertezas. "Como vai ser mais pra frente? É uma incógnita. A gente precisa ter um período maior para que o governo, depois de instaurado, consiga mostrar o seu trabalho", afirmou Régis. Apesar das dúvidas, o diretor regional da Abinee disse: "Nós vamos fazer a nossa parte para o desenvolvimento e crescimento do mercado, mas claro que a gente depende de fatores externos dos quais a gente não atua".
Entre os setores da indústria elétrica e eletrônica, a área de informática no Rio Grande do Sul é, novamente, o que demonstra expectativa de maior crescimento, repetindo os bons resultados apresentados em 2021 e 2022. Um dos que puxou a curva de crescimento para baixo, apesar do elevado faturamento no ano, foi a área de componentes elétricos e eletrônicos, que foi a única que apresentou expectativa de retração no ano de 2023, com índice de -11% em relação a 2022.