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- Publicada em 12 de Julho de 2021 às 19:18

RS vai criar 4º ano do Ensino Médio para estudantes com perda de aprendizagem na pandemia

Avaliação diagnóstica procurou avaliar as perdas no aprendizado de estudantes

Avaliação diagnóstica procurou avaliar as perdas no aprendizado de estudantes


David Alves/Palácio Piratini/JC
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul (Seduc) irá criar um 4º ano opcional para os alunos do 3º ano do ensino médio que não se sentirem preparados para encerrar a trajetória escolar no contexto pandêmico. Segundo a secretária de educação, Raquel Teixeira, a pandemia causou perdas na aprendizagem desses alunos. O anúncio foi feito na quarta edição do seminário “O RS pós-pandemia”, evento virtual organizado pela Assembleia Legislativa (AL-RS) para debater sobre os caminhos para o futuro do Estado.
A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul (Seduc) irá criar um 4º ano opcional para os alunos do 3º ano do ensino médio que não se sentirem preparados para encerrar a trajetória escolar no contexto pandêmico. Segundo a secretária de educação, Raquel Teixeira, a pandemia causou perdas na aprendizagem desses alunos. O anúncio foi feito na quarta edição do seminário “O RS pós-pandemia”, evento virtual organizado pela Assembleia Legislativa (AL-RS) para debater sobre os caminhos para o futuro do Estado.
“Bem ou mal, essas crianças da educação infantil têm alguns anos pela frente para trabalhar essa recuperação. Estou particularmente preocupada neste momento com os alunos do Ensino Médio, principalmente aqueles que estão no terceiro ano, que não têm mais muito tempo para se preparar para o mundo do trabalho”, disse a secretária. Por isso, a Seduc está trabalhando em novas alternativas para esses alunos. “Vamos criar um 4º ano opcional para aqueles que terminarem o 3º ano e não se sentirem preparados para continuarem suas vidas, seja indo para universidade ou para o mundo do trabalho.”
Durante os meses de maio e junho, a Seduc realizou uma avaliação diagnóstica para verificar as perdas na aprendizagem durante a pandemia. A iniciativa contou com a participação de 524 mil estudantes da rede estadual, de um universo de 680 mil alunos. Os resultados da avaliação ainda estão sendo debatidos. Raquel afirmou, ainda, que além de pensar em reforço e recuperação da aprendizagem, está na hora de pensar na aceleração da aprendizagem.
O evento também tratou de falar dos resultados de uma pesquisa de opinião sobre a educação, feita pelo Instituto de Pesquisa de Opinião (IPO), a pedido da AL-RS. A pesquisa entrevistou 1,5 mil gaúchos com filhos em idade escolar (da rede privada e da rede pública), com filhos fora da idade escolar e sem filhos entre os dias 18 a 24 de junho. Dos entrevistados, 28% tem filhos em escola pública, 5,7% tem filhos em escola privada e 66,3% não tem filhos em idade escolar ou não tem filhos.
A primeira pergunta da pesquisa foi em relação ao retorno das aulas presenciais. Os resultados mostram que 55,8% acham que as aulas só deveriam retornar após a vacinação de toda a população, 20,7% após a vacinação de professores e funcionários e 23,5% acham que as aulas presenciais deveriam ser mantidas sempre que possível. A cientista social e diretora do IPO, Elis Radmann, pontuou que, desses 55,8%, a maioria é do interior do Estado, de cidades como Santa Maria, Pelotas e Uruguaiana.
Quando perguntados se os pais se sentem seguros em mandar os filhos de volta à escola, 49% respondeu que há condições seguras para esse retorno e 51% disse que não. “Mas isso não significa que não querem. Eles não acham seguro, mas sentem que os filhos precisam voltar”, enfatizou Elis. O principal argumento (38,9) para esse medo, segundo a pesquisa, é a estrutura das escolas. “Em escolas privadas, têm pais que reclamam das escadas porque imaginam que não vai haver distanciamento na escada. Na escola pública, reclamam do tamanho das salas de aulas.” Outras respostas, como imaturidade dos alunos (24,4%) e preocupação com o risco de contaminação (20%) também apareceram.
A pesquisa também buscou avaliar a participação dos pais nas tarefas escolares dos filhos, em relação aos 33,7% de participantes que têm filhos em idade escolar. Desses, 47,8% responderam que estão participando mais da educação dos filhos na pandemia. Outros 23,7% disseram estar participando da mesma forma que antes e 28,5% estão participando menos. “Os pais sabem que isso não é mais uma tarefa só da escola, mas das famílias também”, disse Elis. Segundo ela, agora os pais se empoderaram do processo de aprendizagem dos filhos.
Os pais também puderam sugerir leis ou regras para melhorar a educação no Estado. Foram sugeridas leis/regras para aumentar e igualar a qualidade de ensino entre as escolas, para melhorar as estruturas das escolas e, ainda, para aumentar a autonomia e valorizar os professores. Já para mitigar os efeitos da pandemia na educação, foram sugeridas leis/regras que garantam segurança sanitária nas escolas, que garantam o reforço escolar, que destinem verbas para estrutura e tecnologia e, ainda, leis de incentivo à economia (para que os famílias carentes tenham recurso de manter os filhos na escola).
“As percepções mostradas estão completamente de acordo com a realidade. Temos feito pesquisas que mostram os retrocessos e as perdas de aprendizagem, e como isso afeta a vida econômica dos alunos”, disse a secretária de educação. Segundo Raquel, além de fazer um protocolo sanitário para o retorno dos alunos em agosto, será necessário a criação de um protocolo pedagógico que abordem todos esses resultados.
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