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Economia

- Publicada em 01 de Outubro de 2020 às 21:51

Térmica em Uruguaiana quer usar casca de arroz

Unidade de São Sepé com 8MW de potência instalada servirá de modelo

Unidade de São Sepé com 8MW de potência instalada servirá de modelo


CRERAL/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
O que hoje é um problema ambiental para Uruguaiana pode ser futuramente uma solução energética: a casca de arroz que sobra da produção desse cereal poderá alimentar uma termelétrica no município. A questão já está sendo discutida entre a prefeitura local, integrantes da indústria orizícola e a empresa Enerbio, que identifica oportunidades na área de energia, realiza o projeto de engenharia e providencia os licenciamentos ambientais da usina. Além disso, a companhia busca os investidores e gerencia a implantação do complexo.
O que hoje é um problema ambiental para Uruguaiana pode ser futuramente uma solução energética: a casca de arroz que sobra da produção desse cereal poderá alimentar uma termelétrica no município. A questão já está sendo discutida entre a prefeitura local, integrantes da indústria orizícola e a empresa Enerbio, que identifica oportunidades na área de energia, realiza o projeto de engenharia e providencia os licenciamentos ambientais da usina. Além disso, a companhia busca os investidores e gerencia a implantação do complexo.
O diretor da Enerbio, Luiz Antonio Leão, diz que há mais de um grupo interessado em injetar recursos na ação, porém, por enquanto, ele prefere não revelar os nomes desses empreendedores. A Enerbio participou da elaboração do projeto da térmica de São Sepé (que tem como acionista majoritária a cooperativa Creral), que já está em operação e servirá de modelo para a unidade de Uruguaiana. A usina em São Sepé possui 8 MW de potência instalada e é capaz de atender a uma cidade de 120 mil habitantes, queimando aproximadamente 70 mil toneladas de casca de arroz por ano.
Para Uruguaiana, Leão adianta que a ideia é construir um empreendimento de 8 MW a 10 MW, o que significaria um investimento de cerca de R$ 60 milhões, para consumir até 100 mil toneladas de casca anuais. Além de ser uma solução ambiental, o executivo reforça que a estratégia irá gerar renda e empregos para a região. A partir do início das obras, serão necessários em torno de 18 meses para concluir a planta, implicando perto de 120 postos de trabalho diretos.
Leão comenta que cinco hectares configurariam um espaço suficiente para implementar a termelétrica e a perspectiva é que a prefeitura disponibilize uma área para a instalação da estrutura. Com relação ao local, o prefeito uruguaianense Ronnie Mello (PP) sinalizou possibilidades. "O município dispõe de terrenos posicionados estrategicamente nas vias federais, tanto na BR-472 quanto na BR-290, o que facilitará o translado da matéria-prima", aponta o dirigente.
A comercialização da eletricidade a ser produzida poderá ser feita através do mercado livre (formado por grandes consumidores que escolhem de quem comprar a energia) ou em algum leilão promovido pelo governo federal (para abastecer o Sistema Elétrico Interligado Nacional). Além desse empreendimento, a Enerbio está envolvida com a concretização de uma térmica que será abastecida com casca de arroz em Capivari do Sul, na qual a Creral, assim como em São Sepé, é a acionista majoritária. Essa usina terá capacidade de 5 MW, utilizará 40 mil toneladas de casca ao ano e o investimento estimado é de cerca de R$ 30 milhões. O projeto obteve em julho a licença ambiental prévia e aguarda o licenciamento de instalação. Após o começo das obras, levará cerca de um ano e meio para o complexo ser finalizado e a energia deverá ser destinada para a geração distribuída (na qual o consumidor produz a sua própria eletricidade).
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