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2° Caderno

- Publicada em 08 de Janeiro de 2018 às 15:49

Hormônio produz efeito protetor em células cerebrais

No Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), cientistas realizaram experimentos com o hormônio ouabaína administrado em cultura de células da glia do córtex cerebral de camundongos e constataram que a substância foi capaz de reverter processos inflamatórios causados pelo LPS, um lipopolissacarídeo de bactéria.
No Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), cientistas realizaram experimentos com o hormônio ouabaína administrado em cultura de células da glia do córtex cerebral de camundongos e constataram que a substância foi capaz de reverter processos inflamatórios causados pelo LPS, um lipopolissacarídeo de bactéria.
"Podemos estar diante de um novo caminho que poderá levar à produção de fármacos para tratamento de doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson e Alzheimer", comemora o professor Cristoforo Scavone, do Laboratório de Neurofarmacologia Molecular do ICB.
Scavone é orientador da pesquisa de mestrado da farmacêutica da USP Paula Fernanda Kinoshita. "As células da glia são essenciais para o bom funcionamento cerebral, pois protegem e dão suporte aos neurônios", descreve Paula. Em sua pesquisa, ela provocou um estímulo inflamatório nas células por meio do uso de LPS, que foi revertido pela ouabaína. O artigo foi publicado na Scientific Reports, do grupo da revista Nature.
"A constatação de que a ouabaína tem efeito protetor no cérebro em situações de inflamação já foi demonstrada em um estudo anterior do nosso grupo, quando administramos a substância por administração intraperitoneal em ratos", lembra Paula. Com os experimentos recentes, os cientistas puderam analisar a ação do hormônio dentro das células da glia.
A ouabaína é uma substância extraída da planta Strophantus gratus e seu congênere, digoxina. Atualmente, é usada para tratar a insuficiência e a arritmia cardíaca, pois promove aumento da força de contração cardíaca e normaliza o ritmo. No organismo, a substância é produzida na glândula adrenal e regiões do sistema nervoso central.
Nos experimentos, os cientistas usaram quatro tipos de tratamentos nas células da glia, com alfa 1 e 2. Os mesmos, foram administrados em células sem o alfa 2. As células tratadas com a Ouabaína e LPS apresentaram menor resposta inflamatória.
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