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A costa Norte do Líbano enfrenta uma situação que espanta banhistas e preocupa pescadores: a presença de milhares de águas-vivas. O fenômeno também foi observado em outros pontos do Mediterrâneo, como no Sul de França e na costa da Córsega. A disseminação do animal é comum no verão - estação atual no Hemisfério Norte -, mas o número atual chama a atenção de pesquisadores. Segundo Lovina Fullgrabe, cientista da estação de pesquisa subaquática e oceanográfica (Stareso) em Calvi, na Córsega, e entrevista ao jornal L'Orient-Le Jour, a reprodução desordenada de águas-vivas na região pode estar ligada à "sobrepesca, que elimina seus predadores como atuns ou tartarugas". A espécie mais comum na região é a Rhopilema nomadica, conhecida como água-viva nômade, que é nativa das águas quentes tropicais dos oceanos Índico e Pacífico. Ela chegou ao Mar Mediterrâneo na década de 1970, através do Canal de Suez.