Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, domingo, 24 de agosto de 2025.

MÚSICA

- Publicada em 29 de Agosto de 2023 às 19:02

Casa Ramil quer evocar o espírito musical das tardes de domingo em show no Araújo Vianna

Diferentes gerações da família Ramil se reúnem em espetáculo no Auditório Araújo Vianna

Diferentes gerações da família Ramil se reúnem em espetáculo no Auditório Araújo Vianna


Karine Vianna/DIVULGAÇÃO/JC
Nesta sexta-feira, às 21h, as portas do Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685) abrem-se para receber o espetáculo Casa Ramil. Reunião de diferentes gerações de uma das famílias mais musicais da história gaúcha, os músicos Kleiton, Kledir, Vitor, Ian, Gutcha, Thiago e João prometem transportar para o palco o espírito das tardes de domingo da família, repletas de música e afeto. Ingressos no site Sympla, pelo valor de R$70,00.
Nesta sexta-feira, às 21h, as portas do Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685) abrem-se para receber o espetáculo Casa Ramil. Reunião de diferentes gerações de uma das famílias mais musicais da história gaúcha, os músicos Kleiton, Kledir, Vitor, Ian, Gutcha, Thiago e João prometem transportar para o palco o espírito das tardes de domingo da família, repletas de música e afeto. Ingressos no site Sympla, pelo valor de R$70,00.
A praia do Laranjal, em Pelotas, é o destino da família Ramil todo final de ano. Por conta dos desencontros da rotina de cada um, se tornou um dos poucos momentos em que todos se encontram. Como é da natureza dos envolvidos, a música e a arte tomam conta da ocasião. Foi buscando capturar este instante que Branca, empresária e irmã de Vitor, Kleiton e Kledir, idealizou a Casa Ramil.
Num primeiro momento, Kledir conta que estava receoso. Para ele, parecia uma tarefa difícil reunir tantas pessoas num palco. E, por mais que sejam uma família, cada um possui diferentes visões tanto de arte quanto de vida. Contudo, o desenrolar do projeto foi de muito aprendizado. "Por um lado é essa dificuldade; por outro, aprendemos muito uns com os outros. Tanto os mais novos, com a nossa longa trajetória, como nós também, com a gurizada. É um mundo novo. Para mim é sempre bom, porque dá uma oxigenada", relata.
Construir um espetáculo baseado no repertório de sete carreiras é um exercício, sobretudo, democrático. Kledir revela que cada um faz sua lista e coloca as canções que acha que têm que entrar. Após isso, acontece a votação, onde as mais votadas são as escolhidas para compor o show. No final, buscam balancear o repertório para todos terem seu momento. Em família, os músicos apresentam os clássicos Deu pra ti, Estrela, Estrela, Artigo 5º, Amora, Vira virou e Deixando o pago.
A construção do disco Casa Ramil (Ao Vivo), lançado na última sexta-feira, dia 25, passou por esse mesmo processo. Entre todas as 22 canções que o espetáculo conta, os músicos precisaram se perguntar que disco queriam lançar. "São coisas diferentes. Um álbum é legal não passar muito de 12 músicas. E aí é aquela coisa, o cortar é sempre doloroso. Tira essa, tira aquela, 'mas essa é tão bonita'. Pois é, assim que tem que ser", afirma Kledir.
Vale destacar que o álbum conta com passagens de quatro gerações da família Ramil. Além dos músicos, o disco traz pequenas gravações de Branca Pons Ramil (avó de Vitor, Kleiton e Kledir), Kleber Pons Ramil e Dalva Alves Ramil (pais dos irmãos) que, segundo Kledir, são verdadeiras relíquias da família.
Uma família reunida em cima do palco fazendo música é uma emoção que abraça não só os músicos da Casa Ramil, mas também o público. "Uma coisa muito surpreendente para mim é que o público está muito emocionado, sabe? Eu acho que tem essa questão de as pessoas verem uma família junta, produzindo uma coisa bacana. A gente se emociona, o público se emociona, é um troço muito forte, muito forte mesmo", expressa Kledir.
O ambiente familiar e artístico não se restringe aos que estarão no palco. Karina Ramil é a responsável pela direção de cena. Os vídeos são de Isabel Ramil, que responde também pela iluminação, em parceria com o tio Marcelo Linhares. Na produção, Kaio Ramil, sob a coordenação geral de Branca Ramil, idealizadora do projeto.
O público gaúcho sempre abraçou muito os músicos da família Ramil. Cantando músicas que fizeram parte da vida de muitas pessoas, era natural, para Kledir, que todos ficassem emocionados. No entanto, não é só aqui no Sul que a emoção toma conta do público. "Chegamos em São Paulo e a emoção é a mesma. Eu fiquei muito feliz, porque é uma coisa que transcende a questão da história que já temos, cada um na sua carreira. É essa força de ver a família reunida, junta e abraçada", reflete o músico.
Existe um ditado popular que fala que família e negócios não se misturam. Para o músico, que tem quatro décadas de carreira ao lado do irmão, sendo agenciado por outra irmã, isso soa engraçado. O que não quer dizer que não existam desafios pelo caminho. Reunir pessoas que, apesar de serem família, possuem diferentes bagagens e referências é o grande desafio dessa fusão. Mas, no final, o exercício do coletivo é enriquecedor e tem resultado único. "O grande exemplo são as orquestras. Não adianta ser um baita violinista: tocando sozinho, nunca vai conseguir o efeito de uma orquestra tocando junto. É esse exercício da democracia que o coletivo nos possibilita."
 
notification icon
Gostaria de receber notificações de conteúdo do nosso site?
Notificações pelo navegador bloqueadas pelo usuário