Não se estanca

Este está sendo o primeiro janeiro de Porto Alegre sem Tangos e Tragédias. Por décadas, o espetáculo lotou o Theatro São Pedro. Assim, o público não terá Nico Nicolaiewsky, que se foi no ano passado, mas vê 2015 começar com um tributo a ele, que segue até domingo, protagonizado por vários músicos, entre eles, seu parceiro sborniano. Mas como a história, na verdade, nunca se estanca, logo depois, de 16 a 18 de janeiro, Hique Gomes retorna ao São Pedro com seu Tãn Tãngo, que tem cenário e direção de arte assinados por Cláudio Ramires. Na estrada desde 2008, a função conta com os bailarinos Valentin Cruz e Marlise Machado e, desta vez, ganha ainda mais brilho com a presença da atriz e cantora Letícia Sabatella, com quem Hique participou da tradicional Virada Cultural em São Paulo. Com muitos projetos em andamento, incluindo o CD, já gravado, Samba às Pampas, e os espetáculos Revolução Fictícia e Rock de Galpão, “todos prontos para decolar”, o múltiplo Hique não para. Casado com a fotógrafa Heloiza Averbuck e pai da escritora Clara Averbuck, é avô de Catarina, de 11 anos, e tem em casa em torno de 20 gatos. Além do palco, ele ainda se ocupa da gravação de todos os concertos da Ospa realizados em Porto Alegre. “É uma experiência de música muito intensa.” Como intensas são todas as manifestações do artista, que escolheu caminhos não usuais (e por isso mesmo tão mais interessantes) para exercer seu superlativo talento.