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Sial 2018

22/10/2018 - 18h00min. Alterada em 26/10 �s 08h28min

De a�a� � carne bovina, � o Brasil na Sial

Mix de produtos brasileiros mostra a maior presen�a de empresas do Pa�s na feira

Mix de produtos brasileiros mostra a maior presen�a de empresas do Pa�s na feira


FOTOS: PATR�CIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC/
Patr�cia Comunello, de Paris
Tem açaí com maracujá, tapioca, cachaça, goiabada, chips de melancia, catchup de acerola, beterraba e abóbora. Tem ainda erva-mate, balas e pirulitos e pimenta rosa que caiu nas graças de chefs de cozinha na França. Para reforçar o time, a carne bovina da raça Angus, que o Rio Grande do Sul vende e quer ganhar mais espaço além das fronteiras.
O mix de produtos brasileiros na Sial, em Paris, agrada a muitos gostos e mostra a maior presença de empresas do Brasil na mostra de alimentação considerada a mais inovadora no mundo e que vai até quinta-feira (25), segundo a ApexBrasil, agência que assessora e ajuda financeiramente – na edição deste ano são R$ 8 milhões a R$ 10 milhões em aportes - na participação das feiras, ao lado do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e federações, como a Fiergs.
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Este ano são oito espaços, mais de 3 mil metros quadrados no total, na imensidão do parque de exposições Paris Nord Villepinte, que fica a cerca de 30 minutos da cidade. Conforme a ApexBrasil, são 166 negócios - de micro e pequenos a grandes e de estreantes a veteranos - no circuito internacional de vendas e onde não é fácil conquistar mercado. “É participação recorde do Brasil”, comemora Márcia Nejaim, diretora de negócios da agência.
“Primeira experiência não pode se abalar por não vender muito. Tem de absorver as informações e se preparar para a próxima feira”, aconselha Dirceu Pezzin, presidente a Peccin, marca com unidade em Erechim, no Alto Uruguai do Rio Grande do Sul, que vai à Sial há 10 anos, desde 2008. A feira é bianual. Pezzin lembra que mercado externo exige adaptação de produtos e catálogos em diversas línguas e fala com a autoridade de quem exporta para 55 países.
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Pezzin lembra que mercado externo exige adaptação de produtos e catálogos em diversas línguas

“Até o rótulo, se possível, não deve ter aquela etiqueta de importado”, cita o empresário, que faz questão de ficar toda a feira no estande, onde recebe potenciais clientes. Na mira da veterana Peccin, que espera faturar R$ 210 milhões este ano, crescimento de 20% na receita líquida, a mostra francesa é oportunidade para contatos com países do continente africano que têm ligações históricas com os franceses.
Márcia destaca que este ano a ação incluiu uma área na área de mercearia, para disputar espaço com fabricantes arrojados. “O Brasil vem desenvolvendo muita coisa na linha da saudabilidade e as empresa se dedicaram para trazer produtos”, diz a diretora da ApexBrasil. Segundo ela, há marcas de geleias e vinagres que estão surpreendendo com muito cuidado na comunicação e embalagens.
Aliás, passear pela feira é uma festa, com um desfile de designs e muita cor, que ganham o consumidor só no olhar. “Os produtos trazem muita referência do Brasil”, reforça Márcia. A gestora da agência avalia que a curadoria feita para as marcas, tanto para quem é novato como os veteranos, é um dos diferenciais.
A Triunfo do Brasil exporta 100% da erva mate orgânica que produz em São João do Triunfo, no Paraná. E é a primeira vez que vai a Paris. O produto é ingrediente de energéticos, chás, cosméticos e suplementos. São mil toneladas por ano, despachadas a cerca de 20 países. “A Sial é muito diferente, há uma demanda para chás da Alemanha, França e Polônia”, cita César Augusto Conte, executivo de vendas da Triunfo.
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Delgado (e) e Schlemper oferecem produtos como pimenta rosa, goiabada e tapioca 

Do Nordeste, Murilo Schlemper, da SBB Trading, acredita que a rede de empresas e diversidade de itens estão atraindo potenciais importadores. Até a marca de pimenta Frida Pepper, desenvolvida por um casal no Rio Grande do Sul, está no estande brasileiro. Na mesa de Schlemper estão pimenta rosa, geleias com frutas de Amazônia, chips de frutas como melancia com gengibre e abacaxi com pimenta, além de tapioca, mel, goiabada e cachaça.
“A goiabada agrada aos chineses. Há conversas com a Filipinas. Trazemos o que é típico do Brasil”, define o sócio da SBB. A empresa faz serviço de consultoria para exportar e faz as operações. Atua com associação de produtores locais, do Arranjo Produtivo Local, em Alagoas, e produtores da região do Vale do São Francisco. “Viemos abrir mercado”.
O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, elogiou a presença do Brasil na Sial em 2018, com estandes mais organizados, mais bonitos, bem posicionados e com mais empresas. "É muito superior ao que vi em Anuga e mesmo aqui em Paris, em relação a anos anteriores", observa o dirigente gaúcho. "É um bom momento para a indústria se mostrar ao mercado, e os visitantes levam muito em conta a imagem e a presença aqui", avisa Petry, que viu a ApexBrasil mais decisiva nas ações de apoio, o que pode se traduzir em mais vendas para marcas brasileiras.
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