Porto Alegre, ter�a-feira, 21 de julho de 2020.

Jornal do Com�rcio

Porto Alegre,
ter�a-feira, 21 de julho de 2020.
Corrigir texto

Se voc� encontrou algum erro nesta not�cia, por favor preencha o formul�rio abaixo e clique em enviar. Este formul�rio destina-se somente � comunica��o de erros.

Agroneg�cios

- Publicada em 17h30min, 03/03/2020. Atualizada em 17h32min, 03/03/2020.

Soja deve ter incremento de pre�o e demanda, diz especialista

Mendon�a de Barros trouxe perspectivas positivas para os produtores, durante o F�rum Nacional da Soja

Mendon�a de Barros trouxe perspectivas positivas para os produtores, durante o F�rum Nacional da Soja


ALEXANDRO AULER/JC
Thiago Copetti, de N�o-Me-Toque
Em meio às muitas preocupações atuais em torno da estiagem e das perdas nas lavouras gaúchas, um cenário de otimismo preponderou no 31º Fórum Nacional da Soja, realizado durante a programação da Expodireto, em Não-Me-Toque, nesta terça-feira (3). Principal palestrante do evento, Alexandre Mendonça de Barros, engenheiro agrônomo e doutor em Economia Aplicada, falou para um auditório lotado e sedento por boas notícias.
Em meio às muitas preocupações atuais em torno da estiagem e das perdas nas lavouras gaúchas, um cenário de otimismo preponderou no 31º Fórum Nacional da Soja, realizado durante a programação da Expodireto, em Não-Me-Toque, nesta terça-feira (3). Principal palestrante do evento, Alexandre Mendonça de Barros, engenheiro agrônomo e doutor em Economia Aplicada, falou para um auditório lotado e sedento por boas notícias.
A apresentação não foi planejada com um enfoque positivo para agradar ao público. Barros mostrou, a todo momento, embasamento para cada ponto defendido a favor da soja brasileira durante a palestra Perspectivas da Economia Agrícola no Brasil e no Mundo. Integrante do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), professor da Fundação Dom Cabral e sócio da MB Agro Consultoria, o especialista aposta que a cotação da oleaginosa poderá, entre 2020 e 2021, alcançar um patamar de até US$ 12, ante os atuais cerca de US$ 9. Com a projeção do dólar igualmente elevada, acima dos R$ 4, os ganhos para o produtor são uma possibilidade bastante concreta.
A lista de fatores que devem levar ao incremento incluem a recomposição do plantel suíno chinês nos próximos anos- reduzido à metade para conter a peste suína africana- e até mesmo o atual fantasma global, o coronavírus, que poderá ao longo dos próximos meses beneficiar as exportações de alimentos, avalia Barros. Inclusive, como forma de combater a doença, explica ele, já que o corpo bem nutrido é parte fundamental para a manutenção da saúde e a segurança alimentar é uma prioridade chinesa. "No momento há, sim, um represamento do consumo e contêineres abarrotados de carne nos portos, mas creio que a partir de maio a situação se normalize e estimule as importações de alimentos. Não consigo ver fragilidade na demanda por proteína e soja”, explica o executivo.
Barros, obviamente, não ignora o caos gerado atualmente pela doença nos mercados mundo afora, mas avalia que poderá ser parte da política chinesa passar a importar mais alimentos. E, neste sentido, diz, o Rio Grande do Sul poderá ser um dos grandes beneficiados, com embarques de grãos, carnes e leite, por exemplo. Há quem tema que o recente acordo com os Estados Unidos, que prevê prioridade de compra da soja norte-americana, venha a afetar a demanda pela soja brasileira. Barros, porém, descarta essa possibilidade. “Se os Estados Unidos exportarem mais soja para China, terão que importar do Brasil para abastecer seu mercado interno, que tem consumo gigante, assim como a imensa produção de proteína animal demandando o grão”, opina Barros.
Coment�rios CORRIGIR TEXTO