Os resíduos foram destinados à Estação de Transbordo da Lomba do Pinheiro. Porém, para alocar os materiais de forma temporária, foram criados ao menos dois bota-espera, um localizado no Complexo Porto Seco, na Zona Norte, e outro na avenida Cavalhada, na Zona Sul.
Segundo o novo secretário de Serviços Urbanos, Vitorino Baseggio, a maioria das árvores era saudável. Em locais com quedas parciais, como o bairro Santa Tereza, foi realizado o equilíbrio da copa. Os principais bairros impactados foram Assunção, Espírito Santo, Pedra Redonda, Cristal e Cruzeiro.
Entre as iniciativas, Baseggio destacou o programa baixa renda, que permite a poda e supressão dentro de áreas privadas de pessoas que não possuem condições. Outro ponto trata-se de reuniões semanais com a CEEE Equatorial. “Eles melhoraram muito a questão das podas, o problema é o recolhimento dos galhos. A população não entende e cobra da prefeitura. Há casos em que os galhos estão trançados nos cabos. Então, a prefeitura não consegue atuar sozinha”, argumenta o secretário de Serviços Urbanos.
Procurada pela reportagem, a CEEE Equatorial alegou, por meio de nota, que realizou um investimento de R$ 2,5 bilhões até dezembro do ano passado. Na Capital, a distribuidora investiu R$ 106 milhões em obras na rede de distribuição e substituiu 123,5 km de rede de baixa tensão por condutores isolados. Também foram implementados 209 novos religadores automáticos e modernizados 66,4 km de rede de média tensão.
Com o intuito de garantir a segurança e eficiência na interação entre a arborização urbana e a rede elétrica, a
distribuidora reforçou que "mantém fiscalização constante e atua em parceria com órgãos públicos para a realização de podas preventivas".
Na reconstrução da cidade, a secretária de Serviços Urbanos também realiza um mutirão de levantamento de copas e limpeza, visando a melhoria e combate aos focos de lixo, em 15 praças da Capital. Um
Termo de Referência de manejo arbóreo foi elaborado nos últimos dias - tema que o secretário alegou ser prioridade durante a gestão.
“Tanto janeiro quanto em maio vivenciamos os efeitos das mudanças climáticas. Para equacionar, precisamos atuar de duas formas:
reduzir a emissões de gases poluentes e preparar a cidade para essa nova realidade”, salienta o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm.
De acordo com o ele, os investimentos de manejo implementados em janeiro foram ampliados com as enchentes. “Houve um investimento de mais de R$ 25 milhões de reais em prevenção climática, que se soma ao Centro de Monitoramento de Contingência, monitoramento da qualidade do ar, os
totens de alerta climático e as réguas que geram alertas de vento excessivo”.
A partir do evento climático de janeiro, o município passou a exigir aos novos empreendimentos a fiação subterrânea, “não apenas para embelezamento, mas para contingência”, complementa Bremm. Mais de 3 mil árvores foram plantadas na Capital depois dos eventos climáticos de 2024.
Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) 193 ocorrências de bloqueios nas vias foram registradas, sendo 70 com bloqueio total por queda de árvores, 14 por postes ou fios caídos e dois por acúmulo de água, além de 63 bloqueios parciais. Mais de 100 semáforos ficaram foram de operação devido a falta de energia.