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Porto Alegre, sexta-feira, 04 de setembro de 2020.

Jornal do Com�rcio

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- Publicada em 15h32min, 31/08/2020. Atualizada em 14h11min, 04/09/2020.

O velho Brasil

Sebasti�o Ventura Pereira da Paix�o J�nior
A política brasileira tem o mau hábito de renovar-se no vício. Tanto é verdade que o poeta já disse que via o futuro repetir o passado. Faz sentido. Após uma eleição supostamente de ruptura, vemos os conselhos de Michel Temer virarem livro de cabeceira do presidente Bolsonaro. Antes já tinham chegado Roberto Jefferson e o trenzinho do Centrão. Agora, é a vez do velho MDB de guerra desembarcar suas tropas nos jardins do Planalto.
A política brasileira tem o mau hábito de renovar-se no vício. Tanto é verdade que o poeta já disse que via o futuro repetir o passado. Faz sentido. Após uma eleição supostamente de ruptura, vemos os conselhos de Michel Temer virarem livro de cabeceira do presidente Bolsonaro. Antes já tinham chegado Roberto Jefferson e o trenzinho do Centrão. Agora, é a vez do velho MDB de guerra desembarcar suas tropas nos jardins do Planalto.
Pobre povo brasileiro que, reiteradamente, vê suas esperanças se frustrarem. Infelizmente, o discurso político recorrente trabalha com a riqueza do imaginário popular para, ao fim e ao cabo, entregar uma realidade triste. Aliás, em uma democracia séria, as promessas de campanha deveriam ser vinculantes e, uma vez descumpridas, causa de inelegibilidade automática. Mas será possível uma política sem mentiras e falsidades?
Enquanto a resposta não chega, temos que seguir adiante. A vida não para, ainda mais em um momento histórico de transformações galopantes. Do trabalho humano à arquitetura geopolítica mundial, vemos o surgir de novas lógicas, novos players e infinitas oportunidades de impacto. O desafio é sermos capazes de navegar com êxito nesta remodelada macroestrutura de poder que requer tomada de decisões rápidas, um conhecimento poliédrico e ágil adaptabilidade num tabuleiro de peças freneticamente dinâmicas.
Ora, é sabido e ressabido que problemas complexos não se resolvem mostrando caixinhas de remédios para emas. Sim, as torcidas de auditório adoram tal tipo de encenação teatral, mas a dignidade da democracia exige respeito às pessoas e às instituições. Na dúvida, é sempre melhor privilegiar o silêncio, pois a fala de autoridade jamais pode ser a exteriorização pública da ignorância.
É incrível. O mundo muda, mas o Brasil segue o mesmo. Velho, deletério, patético. Nosso povo quer e merece mais. Não podemos continuar a investir na marcha do atraso. Ainda há tempo. Pois, por maior que seja a escuridão da noite, sempre haverá algum tipo de amanhecer de luz.
Advogado
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