Pequim
Desde que cheguei em Pequim, há quase seis meses, sempre me chamou a atenção o contraste entre a limpeza dos lugares públicos da China e a manutenção dos banheiros. E não apenas dos públicos.
Mesmo dentro de espaços privados de centros de compras a empresas e universidades, os banheiros não recebem a mesma atenção e cuidado do restante do local. Sem falar da presença quase única de latrinas no chão (sem vaso ocidentais), nos banheiros de rua e mesmo dentro de muitos locais frequentados por estrangeiros. Papel higiênico ou para secar as mãos nem sempre estão disponíveis, e, por isso, é sempre bom carregar consigo.
Recentemente, descobri que esse "choque cultural", porém, é compartilhado também pelo mais alto representante do país. A chamada "revolução dos banheiros" é uma bandeira do presidente Xi Jinping como forma de desenvolver ainda mais o turismo e a qualidade de vida da população.
"A construção de banheiros limpos é uma importante parte para impulsionar a civilização urbana e rural e mais esforços devem ser feitos tanto nas cidades como nas áreas rurais para melhorá-los", disse Xi, em reportagem publicada pela agência oficial de notícias do governo, a Xinhua.
O projeto nacional, iniciado em 2015, deverá melhorar a estrutura de mais de 64 mil banheiros nos destinos turísticos até 2020, segundo um plano de ação divulgado pela Administração Nacional de Turismo da China.