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Porto Alegre, ter�a-feira, 06 de dezembro de 2016. Atualizado �s 19h23.

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M�sica

Not�cia da edi��o impressa de 07/12/2016. Alterada em 06/12 �s 16h56min

Instrumental Picum� sobe ao palco em Porto Alegre

Grupo Instrumental Picum� lan�a seu primeiro disco

Grupo Instrumental Picum� lan�a seu primeiro disco


RIKA SILVEIRA/DIVULGA��O/JC
Luiza Fritzen
Formado por músicos com carreiras consolidadas, o Instrumental Picumã sobe ao palco, nesta quinta e sexta-feira, para lançar seu primeiro disco, homônimo. Com entrada franca, os dois shows fazem parte da II Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio Peres (Loureiro da Silva, 255) e se iniciam às 20h.
O grupo foi criado em 2013, com a proposta de retratar a música regional gaúcha de forma diferente. Paulinho Goulart e Texo Cabral, que já trabalhavam juntos, começaram a tocar nos bastidores alguns temas instrumentais e decidiram convidar outros músicos para participar do projeto. "Decidimos montar uma cozinha e escolher o ritmo do instrumental", conta Goulart, resultando na soma do guitarrista Matheus Alves, do contrabaixista uruguaio Miguel Tejera e do percussionista Bruno Coelho.
A ideia para o nome da banda surgiu com o flautista Texo Cabral. Picumã, termo conhecido no regionalismo rio-grandense, se refere à fumaça preta que resulta da queima da madeira em fogueiras. O que, para Paulinho Goulart, se encaixa com o perfil da banda. "Nós também mantínhamos uma fogueira acesa, porque cada músico coloca um pouco de lenha com sua bagagem", explica o gaiteiro.
Já o projeto do disco, em si, surgiu em 2014, mas só saiu do papel dois anos depois, graças a um financiamento coletivo lançado pela banda entre julho e agosto deste ano via plataforma Traga Seu Show. "O CD não foi fruto apenas do esforço da banda, e sim de outras tantas pessoas que acreditaram e nos deram essa força", explica Goulart. A contribuição espontânea de valores sugeridos para financiar o projeto oferecia em troca recompensas, como CDs, canecas, camisetas, participações em workshops, além de pocket e grandes shows, entre outros.
Com 10 faixas, a maioria composta pelos próprios músicos, o disco busca unir a personalidade e bagagem de cada um dos artistas. "O desafio era juntar tudo o que nos influenciava e colocar para fora da nossa maneira, de forma original, em composições e arranjos", relata Goulart. A musicalidade do álbum traz elementos da música regional gaúcha com influências e fusões de culturas vizinhas, agregando sonoridade da música afro-brasileira, do samba, do choro, da bossa nova e de ritmos latinos, como candombe, salsa e chacareira. "Buscamos trazer sonoridades que gostamos de ouvir e reproduzi-las de forma diferente, como cada colega a percebe", completa.
Uma das características mais marcantes do projeto foi o processo de gravação. Ao estilo das primeiras bandas de jazz, o Instrumental Picumã entrou no estúdio e gravou o disco de forma ininterrupta. Matheus Alves, guitarrista da banda, comenta a experiência: "O disco é todo gravado ao vivo, e os instrumentos foram gravados todos juntos em um único processo". O músico conta também que foram feitas filmagens das gravações, que serão lançadas futuramente.
Paulinho Goulart explica que cada integrante tem sua própria rotina e trabalhos paralelos com outros artistas, mas que, ainda assim, os membros do quinteto encontram tempo para se reunir. "Por mais que não estejamos tocando ou em função do Picumã, estamos juntos como amigos, confraternizando em um churrasco, onde as ideias vão surgindo e os projetos vão nascendo."
O acordeonista fala também da importância de trabalhar com a música regional. "A nossa música é muito rica e muito forte aqui no Rio Grande do Sul. Ela faz parte da nossa história e da nossa cultura, e o Picumã quer agregar alguma coisa a esse cancioneiro gaúcho. Estamos fazendo a música em que acreditamos e nos orgulhamos de fazer", afirma.
Sobre os novos projetos da banda, Matheus Alves conta que já existem músicas em processo de produção e que o Instrumental Picumã ainda tem muito caminho pela frente. "Nosso projeto vai seguir com certeza, porque temos um prazer muito grande em tocar nossas músicas, mas vamos seguir em primeiro momento com alguma turnê para divulgar esse primeiro trabalho", destaca o guitarrista.
O álbum também conta com arranjos de temas de Néstor Gómez e Lucho González. A mixagem e masterização do CD são de Rodrigo Rheinheimer, e o projeto gráfico do encarte tem a assinatura de Thobias dos Santos.
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