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Porto Alegre, sexta-feira, 02 de dezembro de 2016. Atualizado �s 18h14.

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Not�cia da edi��o impressa de 02/12/2016. Alterada em 02/12 �s 19h17min

Peter Hook � atra��o neste final de semana no Opini�o

Peter Hook relembra repert�rios do Joy Division e New Order em show no Opini�o

Peter Hook relembra repert�rios do Joy Division e New Order em show no Opini�o


DIVULGA��O/JC
Ricardo Gruner
Peter Hook. O nome pode não ser dos mais conhecidos pelo grande público no Brasil, mas tem seu lugar garantido na história da música pop. E o baixista inglês fez isso duas vezes. Fundador tanto do Joy Division quanto do New Order, grupos cultuados até hoje, sobretudo como referência do pós-punk e do eletrorock, o britânico é atração em Porto Alegre neste fim de semana.
Acompanhado pela banda The Light, o artista se apresenta às 20h30min de sábado. O show acontece no Opinião (José do Patrocínio, 834) e relembra, na íntegra, as coletâneas Substance - justamente com o melhor da trajetória dos dois grupos. Da curta carreira do Joy Division, entram os clássicos She's lost control, Ceremony e Love will tear us apart, entre outros. Já do New Order, formado pelos mesmos integrantes após a morte do vocalista Ian Curtis, constam temas que vão de Blue Monday e Bizarre love triangle até Procession. Ingressos podem ser adquiridos por valores entre R$ 80,00 e R$ 220,00 pelo site Minha Entrada.
Em entrevista, Peter Hook fala de aspectos do espetáculo, recorda da cena de Manchester e aponta a relação conturbada com os outros integrantes do New Order - que se reuniram sem ele em 2011.
JC - Viver - Você já disse que o Joy Division soava mais cru ao vivo do que nos álbuns. Você e o The Light reproduzem aquela atmosfera?
Peter Hook - Sempre achei que o Martin Hannett, lendário produtor do Joy Division, usava truques demais e era muito estilizado no modo que gravava a banda. Tanto eu quanto Barney (Bernard Summer) tínhamos discussões com ele sobre isso, querendo que a sonoridade fosse mais nervosa ou punk. Com o tempo passei a apreciar o seu trabalho e entender que era um gênio na produção. O Joy Division fez tão poucos shows que nós éramos jovens e brutos quando tocávamos ao vivo. Todos progredimos como músicos desde então. Quando fomos fazer o Uknown pleasures, eu quis replicar a experiência do álbum para o público. Como The Light, tentamos ser tão fiéis quanto podemos aos originais e entregá-los com dedicação e convicção.
Viver - E em relação às músicas do New Order? É muito diferente interpretá-las agora?
Peter Hook - Temos uma escalação diferente, então é mais fácil em alguns aspectos, por sermos mais músicos. O principal é a atitude com o material, ser abrangente ao interpretar as faixas do álbum, singles e lado B. Quando eu estava no New Order, apesar dos meus esforços, a banda nunca parecia querer tocar muito do material antigo - e se prendeu ao mesmo setlist. Com o The Light, ficamos felizes em tocar as canções mais velhas.
Viver - Coincidentemente, você e a nova formação do New Order (que tocou em São Paulo na semana passada) vieram para a América do Sul no mesmo período. Como você espera que os fãs lidem com isso?
Peter Hook - Honestamente, não sei. Estou ciente que nossa turnê foi planejada antes e não posso imaginar por que razão eles fizeram isso - a não ser pelo dinheiro. Não foi intencional de nossa parte. Quanto aos fãs, visto que os outros se reuniram às minhas costas e estão continuando sem mim, eu gostaria que o público escolhesse o lado da justiça e do jogo limpo, e não das negociações sujas e escondidas.
Viver - Podemos esperar novas composições de sua parte?
Peter Hook - Sim. Agora o Pottsy (David Potts), que tocou comigo na Monaco, se juntou ao The Light. Nós decidimos começar a escrever e graver novamente como Monaco. Planejamos começar no Ano Novo.
Viver - Já há muito sobre material publicado em livro e lançado em audiovisual sobre a cena de Manchester. Você acabou de lançar uma nova biografia (Substance: inside New Order, ainda sem publicação no Brasil)
Peter Hook - Há muitas bandas que ficaram famosas internacionalmente e começaram em Manchester. Nós, The Smiths. Buzzcocks, Elbow. Temos uma uma cena rica e diversa ao longo dos últimos quarenta anos. Nos meus livros, sempre tentei ser rigorosamente honesto, contando tudo inteiramente como eu lembro. Peter Saville (designer que trabalhou com Joy Division e New Order) sempre diz que, em um mundo onde a música e todas as coisas são tão mercantilizadas, a nossa história, a história da Factory Records e do clube The Hacienda, permanecem como algo real e são parte da lenda que sustenta Manchester. Tony Wilson (fundador da Factory Records) usava uma frase do filme O homem que matou o facínora, de John Ford: "publique-se a lenda". Sempre discordei dele. Acho que a verdade é muito mais forte que a ficção ou a fantasia.
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