Mesmo debaixo de chuva, os cerca de dois mil trabalhadores terceirizados do Polo Petroquímico de Triunfo deliberaram, em assembleia nesta segunda-feira (24) manter a greve. O movimento da categoria, que está em campanha salarial, iniciou na sexta-feira (21) por tempo indeterminado depois de tentativas de fazer as empresas avançarem na negociação, especialmente em relação ao reajusta salarial. Os trabalhadores pedem 6,5% de reajuste nos salários e nas demais cláusulas econômicas, além de avanços no vale-alimentação, mas as empresas insistem em um reajuste de 3,5%.
Em nota, o presidente do Sindiconstrupolo (que representa os trabalhadores terceirizados do Polo), Júlio Selistre, afirma que o movimento foi o último recurso dos trabalhadores frente a intransigência das empresas. “Deixamos claro que estamos dispostos a negociar, mas não há como penalizar os trabalhadores com reajuste rebaixado, especialmente neste momento, onde todos precisam reconstruir suas vidas”, ponderou ele.
O dirigente lembra que as empresas foram devidamente avisadas do movimento com 48 horas de antecedência, quando a categoria decretou estado de greve (na terça-feira, dia 18), mas sua única iniciativa foi tentar, via judicial, barrar o movimento. “Em vez de negociar, elas tentaram impedir os trabalhadores de exercerem seu legítimo direito de lutar por melhores condições de salário, de trabalho e de vida. Felizmente, o sindicato, através da sua assessoria jurídica, atendeu aos esclarecimentos solicitados pelo judiciário e garantiu o direito dos trabalhadores”, acrescentou Selistre, assegurando que os acessos ao Polo estão liberados, tanto que os trabalhadores direitos estão chegando às plantas tranquilamente, e estão na greve apenas os trabalhadores que livremente aderiram ao movimento.