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Porto Alegre, ter�a-feira, 21 de agosto de 2018.

Jornal do Com�rcio

21/08/2018 - 05h42min.
Alterada em 21/08 �s 18h13min
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China avan�a na Am�rica Latina e Taiwan retrocede ao perder a parceria com El Salvador

Castaneda assinou ontem acordo em Pequim com o ministro Wang Yi

Castaneda assinou ontem acordo em Pequim com o ministro Wang Yi


THIAGO COPETTI/ESPECIAL/JC
Pequim
O governo chinês marcou um novo revés a Taiwan ao assinar nesta terça-feira (21) de agosto, em Pequim, o estabelecimento de relações diplomáticas com El Salvador (o que significa rompimento de relações oficiais com Taiwan). Assim, o governo de Xi Jinping deu mais um passo adiante na América Latina, com o consequente enfraquecimento do governo de Tsai Ing-wen (presidente, para o taiwaneses, e líder administrativa da ilha, para os chineses).
El Salvador é o terceiro país da América Latina a romper com Taiwan desde o ano passado, seguindo as decisões do Panamá, em 2017, e da República Dominicana, no início deste ano. Na América do Sul, o último bastião de Taiwan é o Paraguai, onde Tsai foi inclusive convidada de honra na posso do novo presidente, Mario Abdo Benítez, empossado neste mês.
Ter relações diplomáticas com Taiwan implica dizer que um país pouco ou nada receberá de investimentos chinês, entre outras limitações. Honduras, porém, que reconhece Taiwan como uma país e não como uma ilha rebelde, como definem os chineses, está recebendo investimentos chineses em uma usina hidrelétrica. Mas isso é quase uma exceção e, talvez, Honduras venha a ceder ao “assédio” chinês, como hoje fez o presidente de El Salvador, Salvador Céren.
Hoje pela manhã, na China, o chanceler salvadorenho Carlos Castaneda oficializou e assinou com o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, a retomada das relações diplomáticas entre os dois países. Segundo o jornal de El Salvador, La Prensa Gráfica, quase ao mesmo tempo Céren entrou em rede nacional anunciando que representantes de seu governo estava em Pequim para assinar o acordo com o gigante asiático.
“O povo de El Salvador sentirá o calor e a simpatia do povo chinês e obterá benefícios tangíveis em sua cooperação com a China”, resumiu Wang.
Em evento em Pequim, os representantes do governo de El Salvador disseram que “reconhecem agora que no mundo existe apenas uma China, e o governo da República Popular da China é o único legítimo de representação de toda a China. E que Taiwan é uma parte inalienável de território”. O acordo, segundo Castaneda, ocorreu sem nenhuma condição prévia, apenas seguindo caminho da grande maioria dos países. Hoje, já são 178 países com relação diplomáticas com a China e apenas 16, além do Vaticano, que ainda seguem reconhecendo a independência de Taiwan.
Apesar de dizerem que não houve nenhuma exigência prévia para assinar o acordo, o discurso de Castaneda deixa explícito o foco econômico da decisão. Primeiro, Castaneda ressaltou que o país se unia a outros 177 nações que reconheciam a resolução 2758, da ONU (quando deixou de reconhecer a República da China-Taiwan, como membro, e admitindo apenas a República Popular da China.
“No mundo globalizado a República Popular da China é um parceiro estratégico. A decisão do nosso governo procura dar condições melhores de vida a nossa povo. Com essas relações diplomáticas iniciamos uma nova relação bilateral para o desenvolvimento, cooperação de comércio, investimentos, infraestrutura, ciência e tecnologia, saúde e educação”, listou o chanceler de El Salvador.
Mesmo convencidos de que esse é o caminho correto e que essa é uma decisão estratégica, como sinalizou Castaneda na cerimônia em Pequim, um pouco de precaução do governo de El Salvador foi expresso de outra forma. Segundo o jornal local La Prensa Gráfica, todos os estudantes bolsistas de El Salvador que hoje estão em Taiwan seriam retirados imediatamente da ilha “para sua própria segurança”.
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Thiago Copetti

A convite do Centro Internacional de Imprensa da China, o rep�rter est� participando de um interc�mbio no gigante asi�tico. No blog Conex�o China, apresentar�, al�m de informa��es econ�micas e pol�ticas da segunda maior economia do mundo, tamb�m curiosidades culturais e gastron�micas, dicas de turismo e como � o cotidiano da vida em Pequim.