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Política

- Publicada em 21 de Agosto de 2018 às 17:50

Aloysio Nunes defende participação do Brasil na Unasul

Para o chanceler, é necessário superar as divergências políticas e tratá-las em outros âmbitos

Para o chanceler, é necessário superar as divergências políticas e tratá-las em outros âmbitos


Geraldo Magela/AGÊNCIA SENADO/ARQUIVO/JC
Agência Brasil
Em visita a La Paz, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, defendeu nesta terça-feira (21) a manutenção do bloco União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que reúne 12 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela) e que vive um momento de divisões internas.
Em visita a La Paz, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, defendeu nesta terça-feira (21) a manutenção do bloco União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que reúne 12 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela) e que vive um momento de divisões internas.
Para o ministro, é necessário superar as divergências políticas e tratá-las em outros âmbitos. "O Brasil se empenha para a manutenção desse sistema de integração. Nós somos apegados à existência da Unasul", afirmou Aloysio Nunes. "(É necessário) afastar as divergências ideológicas, que têm outros terrenos para expressá-las."
Em abril, os governos do Brasil, da Argentina, da Colômbia, do Chile, do Peru e do Paraguai decidiram suspender a participação na Unasul. Foi uma reação à resistência de um grupo de países (Bolívia, Venezuela e Suriname) em nomear o argentino José Octavio Bordón para o lugar do colombiano Ernesto Samper, que renunciou à secretaria-geral do bloco. O protesto ao nome do argentino foi liderado pela Venezuela e acompanhado pela Bolívia e pelo Suriname.
Nesta terça-feira, na capital boliviana, o episódio não foi mencionado. Aloysio Nunes parabenizou o chanceler da Bolívia, Fernando Huanacuni Mamani, por estar na presidência pro tempore (temporária) da Unasul e prometeu apoio ao bloco. "Vamos procurar dialogar de modo a superar os impasses políticos que estão impedindo, travando, seu funcionamento de modo a manter sua organização e dinamizá-la."
Paralelamente, Aloysio Nunes e Fernando Huanacuni definiram uma série de parcerias, como a construção do corredor ferroviário bioceânico, projetos de cooperação técnica nas áreas de  agricultura, gestão de educação, meio ambiente e recursos hídricos, assim como de segurança nas fronteiras.
O chanceler brasileiro disse que espera para este ano a "adesão plena" da Bolívia ao Mercosul (bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está temporariamente suspensa).
Fernando Huanacuni lembrou que Bolívia e Brasil têm uma extensa área fronteira, de aproximadamente 3,4 mil quilômetros. Segundo Huanacuni, ambos os países têm muito em comum, como a presença de profissionais e estudantes. Só na Bolívia há cerca de 22 mil universitários brasileiros, muitos deles estudantes de medicina em instituições locais de ensino.
Em 1867, Brasil e Bolívia firmaram o Tratado de Amizade, Limites, Comércio e Extradição. Durante a visita a La Paz, Aloysio Nunes foi condecorado com a Ordem Condor de Los Andes, concedida a estrangeiros que prestam serviços ao país, e Fernando Huanacuni com a Ordem  do Cruzeiro do Sul, conferida pelo governo brasileiro.
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