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Porto Alegre, quarta-feira, 10 de agosto de 2016. Atualizado �s 19h58.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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M�sica

Not�cia da edi��o impressa de 11/08/2016. Alterada em 10/08 �s 17h03min

Zez� Motta apresenta show com pedidos de m�sica feitos pela plateia

 Zez� Motta apresenta show com m�sicas pedidas pela plateia

Zez� Motta apresenta show com m�sicas pedidas pela plateia


ANDR� WANDERLEI /DIVULGA��O/JC
Cristiano Vieira
Cinema, televisão, música, teatro. Tem espaço para tudo na trajetória de 50 anos dedicada às artes vivida por Zezé Motta. Aos 72 anos, com três filmes para estrear e mais uma novela no ar, ela ainda encontra tempo para cantar: sábado, às 17h, Zezé apresenta o show Atendendo a pedidos no átrio do Santander Cultural (Siqueira Campos, 1.125). Os ingressos custam R$ 12,00.
Por telefone, enquanto esperava o almoço ficar pronto em sua casa na capital carioca, ela atendeu a reportagem por quase uma hora. A carreira como cantora começou em 1971, como crooner em bares de São Paulo. "Ela só não iniciou antes porque ganhei uma bolsa para estudar teatro no Tablado, mas quis ser uma 'cantriz'", brinca ela, se referindo à famosa escola de teatro fundada por Maria Clara Machado em 1951 e que formou uma geração enorme de atores.
Conhecida do grande público pela carreira como atriz no cinema, teatro e na televisão - em papéis como a inesquecível Xica da Silva do filme de 1976 dirigido por Cacá Diegues, ou em novelas como Renascer, A próxima vítima e Porto dos milagres - Zezé sempre manteve a carreira musical ativa nas últimas décadas, gravando CDs e fazendo shows. São oito álbuns no currículo e mais um, em homenagem ao samba, será lançado fim deste ano - ela ainda prepara um livro de memórias, escrito por Cacau Higino.
O repertório do show que será visto em Porto Alegre no sábado é repleto de canções emblemáticas da MPB, como Chega de saudade (Vinicius de Moraes), Dores de amores (Luiz Melodia), Noites cariocas (Pixinguinha) e Senhora liberdade (Nei Lopes). "Cada show que eu fazia, a plateia pedia alguma canção que não estava prevista. 'Canta Caetano, canta Chico', gritavam. De tanto solicitarem, resolvi montar um espetáculo só para atender aos pedidos do público", se diverte ela, ao relembrar esses momentos.
No cinema e TV, os próximos meses terão Zezé Motta em Divina comédia, longa dirigido por Toni Venturi em que Murilo Rosa interpreta o Diabo; em Condomínio Jaqueline, série do Canal Fox, ela vive uma síndica má ('tão bom fazer vilã, agora depois de velha que consegui', gargalha ela); e, ainda, a primeira série da Netflix totalmente brasileira, batizada de 3%, que se passa em um futuro pós-apocalíptico. Hoje, ela está no ar em Escrava mãe, novela da Record.
Parece muita coisa ao mesmo tempo, mas a vida de Zezé, segundo ela, reflete a da maioria dos brasileiros. "Eu me considero uma desempregada. Hoje os contratos são por obra. Sem contrato, não há emprego", afirma ela. Zezé ainda participa de conferências e palestras sobre direitos humanos e discriminação racial.
Entre muitos assuntos sérios, por vezes a gargalhada de Zezé ecoa durante a entrevista. O sorriso e o bom humor, suas marcas registradas, raramente somem. Mesmo em momentos quando não gostaria de ser incomodada, ela mantém o espírito esportivo. "Dia desses, saí do show, passei no hotel para um banho e rumei para o aeroporto de Teresina para esperar o voo às 3h. Estava cochilando num cantinho da sala de embarque quando uma senhora me acorda para tirar uma selfie - não dá, né?", relembra ela, que negou, mas se prontificou a fazer a foto com a fã depois, dentro do avião.
E ela é acessível - costuma ficar até uma hora, depois dos shows, autografando CDs e fazendo selfies ("o mundo está virado nisso, né", ri alto) com o público. Neste sábado, quem for conferir o show pode apostar em encontrar, mais uma vez, Zezé Motta sorrindo. "Agora vamos encerrar a entrevista que estou com fome?", pede ela. Vamos, que também estou. E até sábado.
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