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Publicada em 26 de Abril de 2021 às 00:01

Um mundo cada vez mais volátil

Daniel Randon - CEO das Empresas Randon e Presidente do Conselho do Transforma RS

Daniel Randon - CEO das Empresas Randon e Presidente do Conselho do Transforma RS

/Jefferson Bernardes/Divulgação/JC
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Jornal do Comércio
A cada virada de ano, esperamos que o novo período seja melhor, com outras perspectivas, metas desafiadoras, um verdadeiro reset na vida. Isso ganhou um peso ainda maior após 2020, um ano do qual não sentiremos saudades e que, costumo dizer, valeu por três. Porém, desta vez, o que recebemos, ao chegar em 2021, foi uma espécie de prorrogação, com uma sequência de obstáculos para ainda serem encarados e vencidos. Têm sido assim os nossos últimos meses: desafios, aprendizados, lições valiosas e oportunidades para fazer diferente. Precisamos aprender a nos adaptar neste mundo cada vez mais volátil, que se apresenta de maneira complexa, mas que também traz oportunidades.
A cada virada de ano, esperamos que o novo período seja melhor, com outras perspectivas, metas desafiadoras, um verdadeiro reset na vida. Isso ganhou um peso ainda maior após 2020, um ano do qual não sentiremos saudades e que, costumo dizer, valeu por três. Porém, desta vez, o que recebemos, ao chegar em 2021, foi uma espécie de prorrogação, com uma sequência de obstáculos para ainda serem encarados e vencidos. Têm sido assim os nossos últimos meses: desafios, aprendizados, lições valiosas e oportunidades para fazer diferente. Precisamos aprender a nos adaptar neste mundo cada vez mais volátil, que se apresenta de maneira complexa, mas que também traz oportunidades.
A reinvenção em tempos difíceis é fundamental. É preciso olhar para as demandas, para a mudança de comportamento e para as tendências já consolidadas que acompanhamos nos últimos tempos. O home office de cada dia, o dilúvio de lives, o e-commerce estabelecido, o fortalecimento de startups e novos negócios disruptivos, além de pautas que passaram a ganhar ainda mais espaço, como o ESG e a mobilidade urbana. Tudo isso alicerçado pela inovação, fundamental para qualquer transformação.
Em meio ao cenário incerto e à busca pelo equilíbrio entre a saúde e a economia, as previsões e as análises nos ajudam a compreender e a estruturar os planos futuros. Já vemos estudos apontando que o pacote fiscal americano deve turbinar a economia no curto prazo, e, junto com a retomada da China, teremos a valorização das commodities, o incremento ainda maior do agronegócio e, nos próximos 12 meses, um forte crescimento mundial. São informações que servem como um colchão de otimismo, importante aliado em momentos como este.
Costumo seguir a regra de priorizar "o copo meio cheio", pois realmente acredito no potencial do Brasil e do Rio Grande do Sul. Com atuação conjunta do público e do privado, com a parceria dos agentes de inovação, entidades e universidades e com os governos cumprindo seu papel, acelerando a agenda de reformas, privatizações e concessões, é possível desenhar um cenário mais competitivo. Afinal, somos um país emergente com projetos e oportunidades, o que nos torna atrativos a investidores brasileiros e estrangeiros. Nos falta, ainda, acreditar, agir e realizar.
Continuaremos vivenciando ciclos de otimismo e pessimismo, o que é inevitável. A pandemia ainda não foi superada, mas estamos com a vacinação em andamento, com protocolos de saúde e segurança estabelecidos e conscientes de que precisamos nos cuidar. Isso não pode parar. Precisamos, agora, recorrer aos ensinamentos que a crise nos trouxe - a valorização da resiliência, a atuação em rede e a reinvenção - como uma forma de ficarmos mais fortes e preparados para estes novos tempos.

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