Muitos gaúchos ainda seguem com dificuldade de deslocamentos para o seu local de trabalho em função das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Apesar disso, até quinta-feira (6), o Ministério Público do Trabalho no RS (MPT-RS) já contabiliza 220 denúncias sobre questões conexas aos efeitos das cheias. Dessas, 184 referem-se à Região Metropolitana de Porto Alegre, onde se situam alguns dos municípios mais afetados pela tragédia climática.
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Um dos principais meios de transporte entre a Capital e estas cidades, a Trensurb retoma aos poucos a sua funcionalidade. De forma emergencial, dois trens começaram a circular no trecho entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo nesta segunda-feira (3). Isso significa uma abrangência de 13 estações – Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo –, em um trajeto de 26 quilômetros, com capacidade para atender cerca de 30 mil passageiros por dia. Em condições normais, são transportados aproximadamente 110 mil passageiros nos dias úteis.
Um dos principais meios de transporte entre a Capital e estas cidades, a Trensurb retoma aos poucos a sua funcionalidade. De forma emergencial, dois trens começaram a circular no trecho entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo nesta segunda-feira (3). Isso significa uma abrangência de 13 estações – Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo –, em um trajeto de 26 quilômetros, com capacidade para atender cerca de 30 mil passageiros por dia. Em condições normais, são transportados aproximadamente 110 mil passageiros nos dias úteis.
Apesar disso, duas das cinco subestações de energia da Trensurb entre Canoas e Porto Alegre seguem inoperantes por terem sido alagadas e necessitarem de avaliações e reparos, ainda sem previsão de execução. Outra questão, segundo a empresa, é a recuperação de trechos da via férrea que ficaram alagados por vários dias e necessitam de revitalização do lastro dos trilhos – formado sobretudo por brita e dormentes.
Para preservar os direitos e o emprego deste contingente, órgãos e entidades estão se mobilizando em diversas frentes. A pedido do MPT-RS e da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), a Defesa Civil criou um atestado para os trabalhadores formalizem a sua situação. Os documentos são vinculados ao CEP do requerente e podem conter informações sobre a impossibilidade de deslocamento para quem trabalha em cidade diferente de onde reside.
Entre as categorias mais atingidas pela falta de mobilidade, a dos professores representa bem este cenário. “Deste lado, os professores e funcionários, assim como os alunos, também tiveram perdas e traumas emocionais. Sendo assim, a secretária de Educação do Estado afirmou que vai manter o calendário escolar, garantindo férias. Aqueles alunos que não conseguiram vencer o conteúdo, receberão esses conteúdos em fevereiro, antes de voltarem as aulas normais”, relata a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
Do lado patronal, as entidades sindicais empresariais do comércio e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre adotaram regras específicas para este caso. Segundo o advogado Flávio Obino Filho, do Sindilojas Porto Alegre, o acordo prevê, entre outras condições, trabalho extraordinário além do limite legal, banco de horas especial e antecipação de férias.