Valdileia Martins igualou nesta sexta-feira (02) o recorde brasileiro do salto em altura, avançou à final da prova da Olimpíada de Paris-2024, mas deixou o campo amparada após sentir o pé esquerdo em sua última tentativa nas eliminatórias.
A brasileira de 34 anos precisa se recuperar até domingo, às 14h55 (de Brasília), para disputar a final. Ela saltou 1,92m e terminou na 11ª posição entre as 30 concorrentes. As 12 melhores avançaram para a disputa de medalhas.
"É uma marca que eu e o Dino (de Aguiar Cintra, técnico) queríamos. E a gente acreditava que ela fosse sair na Olimpíada. Colocamos como meta ser finalista olímpica e quebrar o recorde brasileiro. E eu igualei. Eu estava treinando super bem. Antes de eu viajar para cá na segunda-feira, eu fiz um treino e quebrei o recorde em treinamento, saltei 1,93 m, então eu estava realmente pronta para o resultado", disse a brasileira.
Valdileia igualou o resultado de Orlane dos Santos, que em 1989 em Bogotá também conseguiu 1,92m. Nesta sexta, em Paris, a brasileira iniciou a competição no 1,83m, marca superada na primeira tentativa. Valdileia precisou de duas chances para passar por 1,88m e 1,92.
A lesão veio na segunda tentativa do 1,95m. Após derrubar o sarrafo, ela ficou deitada no colchão com dores e tirou a sapatilha esquerda. Depois, sentou na beira do equipamento e saiu, pulando no pé direito, amparada por um membro da organização com um colete vermelho no qual estava escrito "medical".
"No 1,95 m, coloquei um pouco mais de força do que deveria e acabei torcendo o meu pé. Mas eu estou super contente com o resultado, é o resultado que eu imaginava, foi tudo como o planejado. Eu treinei para sair na Olimpíada. Acho que foi um feito muito grande. Eu e o Dino estamos muito felizes com o que a gente conquistou até agora."
Valdileia não voltou para uma terceira e última tentativa, mas o recorde brasileiro foi o suficiente para se classificar para sua final olímpica.
Sem brasil na semifinal dos 100 metros rasos
As velocistas Ana Carolina Azevedo e Vitória Rosa pioraram seus tempos e ficaram longe das semifinais dos 100m rasos. A primeira, de 26 anos, disputou pela primeira vez a prova numa Olimpíada. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, ela correu os 200m e o revezamento 4x100m. Nesta sexta, ela terminou a quinta série das eliminatórias na quarta colocação, com 11s32.
As três primeiras de cada uma das oito séries, além dos três melhores tempo fora das classificadas diretamente, avançaram às semifinais deste sábado. A última classificada por tempo, Gladymar Torres, de Porto Rico, fez 11s12. O melhor tempo da brasileira é 11s18, obtido em junho deste ano.
Aos 28 anos, Vitória Rosa foi apenas a oitava colocada na quarta série, com 12s02. Ela já correu em 11s03 em 2018 e tinha como melhor resultado na temporada 11s10, em abril. "Entreguei tudo que tinha dentro de mim", afirmou Vitória ao canal SporTV. "Várias vezes eu tive crise de ansiedade."
Na ginástica de trampolim, a brasileira Camilla Gomes, de 30 anos, terminou na 15ª colocação entre as 16 atletas da prova individual, com 50,580 como melhor pontuação. A canadense Sophiane Methot, que conseguiu a última vaga para a final, avançou com 54,640. A brasileira não avançou à final e se despediu dos Jogos de Paris-2024.