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Publicada em 23 de Julho de 2024 às 15:48

Setor de eventos busca solução para impactos das enchentes

Setor gera mais de 7,8 mil empregos formais no Rio Grande do Sul

Setor gera mais de 7,8 mil empregos formais no Rio Grande do Sul

TÂNIA MEINERZ/JC
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Caren Mello
Caren Mello
O setor de eventos no Rio Grande do Sul, diante das incertezas após as enchentes, busca soluções para reerguer empresas afetadas. Levantamento do Ministério do Trabalho e Empregos indica que o Estado possui 4.471 empresas no segmento de eventos, com Porto Alegre concentrando 1.175 delas. A Capital é a nona cidade do país em número de empresas. Entre as alternativas para reerguer o setor estão uma medida judicial para manter os benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e projetos culturais para angariar fundos.
O setor de eventos no Rio Grande do Sul, diante das incertezas após as enchentes, busca soluções para reerguer empresas afetadas. Levantamento do Ministério do Trabalho e Empregos indica que o Estado possui 4.471 empresas no segmento de eventos, com Porto Alegre concentrando 1.175 delas. A Capital é a nona cidade do país em número de empresas. Entre as alternativas para reerguer o setor estão uma medida judicial para manter os benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e projetos culturais para angariar fundos.
Uma ação foi ajuizada pela Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta) em diversos estados do país para suspender os efeitos da norma que reduziu o número de setores com direito às alíquotas zero previstas no (Perse). Agora em sua segunda edição, o Perse estabelece limite de R$ 15 bilhões ao programa e reduz atividades contempladas de 44 para 30. O programa foi criado durante a pandemia de Covid-19 para atenuar os efeitos da crise sanitária sobre diversas atividades ligadas ao setor e pode ser extinto já no próximo ano, assim que o teto for alcançado.
De acordo com a diretora regional da Associação, Cacá Lima, o Perse é importante para o setor, mas os benefícios vêm diminuindo. A luta da entidade, explica a empresária, é pela manutenção dos benefícios e a aprovação do Perse RS. “O que falta para que seja votado? O que falta para que seja publicada uma medida provisória que estabeleça auxílios a fundo perdido?”, questiona, ao lembrar que, cada empresa atingida, envolve diversas famílias. Cálculos da Abrafesta indicam que o estado gera 7.829 empregos formais, sendo, em Porto Alegre, 2.136 postos e, em segundo lugar, Gramado com 1.111 empregos.

A Abrafesta também está apoiando o projeto "Vozes Unidas pelo Rio Grande do Sul", uma iniciativa destinada a apoiar a reconstrução do setor, mobilizando recursos e aumentando a visibilidade das dificuldades enfrentadas. Está sendo gravado um clipe por vários músicos locais e do país com uma música produzida especialmente para promover a conexão entre profissionais. O clipe será lançado em uma live na segunda quinzena de agosto, quando também será criado um fundo financeiro para manutenção dos empregados. “Precisamos juntar recursos para ajudar famílias de uma forma mais facilitada do que as linhas de crédito disponibilizadas”, observou Cacá. A empresária se refere à demora e às dificuldades de acesso aos financiamentos, cujas exigências passam pela comprovação de faturamento de empresas que, em muitos casos, estão fechadas desde o início das enchentes.

A Associação fez um levantamento de eventos que estavam sendo organizados antes das enchentes. Só em Porto Alegre, foram cancelados 45 eventos na Fiergs, que contavam com uma perspectiva de público circulante de 88,9 mil pessoas, entre maio e dezembro. Na Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), 15 eventos foram cancelados, com uma média de 1 mil a 1,5 mil participantes em cada um, e, no Auditório Araújo Vianna, outros 12 shows teriam, cada um, uma expectativa de 3 mil participantes. "Além de ser uma fonte significativa de renda e emprego, o setor de eventos também é um pilar da cultura local, promovendo o turismo e a diversidade cultural, concluiu.

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