Os trabalhadores terceirizados do Polo Petroquímico de Triunfo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira (21). A decisão foi anunciada durante assembleia da categoria realizada na via de acesso às empresas do Polo, em Triunfo. A categoria que está em campanha salarial é composta por 2,5 mil funcionários. Após a decretação de greve, as empresas, segundo o sindicato, seguraram os ônibus fretados para impedir que os funcionários terceirizados retornassem às suas casas, especialmente as empresas contratadas In House, GPS e PSV.
A reportagem do Jornal do Comércio procurou as empresas,mas ainda não obteve retorno dos contatos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Triunfo (Sindiconstrupolo), Júlio Selistre, disse que a negociação está sendo difícil e que as empresas estariam aproveitando o momento de calamidade causado pelas enchentes para oferecer um reajuste muito abaixo do que reivindicam os trabalhadores. "É desumano que depois de terem sido afetados pelas enchentes, e num momento que precisam reconstruir suas vidas, os funcionários estejam sendo penalizados pelas empresas que se aproveitam da crise climática para rebaixar a negociação", destaca.
Segundo Selistre, a proposta dos trabalhadores terceirizados prevê um reajuste salarial de 6,5%; o valor de R$ 150,00 no vale alimentação e o pagamento do prêmio assiduidade. Além disso, os funcionários pedem R$ 100,00 para a cesta natalina - que chegaria ao total de R$ 250,00. As empresas, segundo o sindicato, oferecem uma correção de 3,5% nos salários e de 4% de reajuste no vale-alimentação e no prêmio assiduidade.