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Economia

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- Publicada em 24 de Abril de 2023 às 20:19

Falta de qualificação é entrave para Indústria 4.0

Dificuldade é enfrentada por 88% das empresas brasileiras; média global é de 68%

Dificuldade é enfrentada por 88% das empresas brasileiras; média global é de 68%


AdobeStock/Divulgação/JC
As empresas brasileiras são as que mais têm dificuldades de encontrar profissionais especializados para atuar nos projetos da Indústria 4.0 - 88% contra 68% da média global, segundo dados da pesquisa da Gi Group Holding, multinacional italiana que é uma das líderes globais em soluções dedicadas ao desenvolvimento do mercado de trabalho.
As empresas brasileiras são as que mais têm dificuldades de encontrar profissionais especializados para atuar nos projetos da Indústria 4.0 - 88% contra 68% da média global, segundo dados da pesquisa da Gi Group Holding, multinacional italiana que é uma das líderes globais em soluções dedicadas ao desenvolvimento do mercado de trabalho.
A falta de pessoas com as habilidades no nível operacional é a segunda dificuldade mais listada pelas empresas no Brasil (50%) para a implementação das tecnologias da Indústria 4.0. O motivo vem logo atrás do custo dos equipamentos, citado por 65% dos entrevistados.
Globalmente, 43% das empresas apontaram a falta de recursos humanos adequados a exigências da área como entrave para adoção de tecnologias da Indústria 4.0. Já a questão dos custos é citada por 56%.
"Com 68% das empresas relatando algum tipo de dificuldade em encontrar profissionais especializados, a escassez de mão de obra é de longe a maior preocupação da manufatura atualmente. Esse quadro tem várias causas, incluindo a falta de habilidades adequadas. É preciso incentivar os profissionais operacionais a desenvolverem novas capacidades, como lidar com tecnologia", avalia o presidente da Gi Group Holding no Brasil, Carlos Henrique Martins Tonnus.
Apesar disso, o Brasil é um dos países mais propensos a implementar novas tecnologias da Indústria 4.0 nos próximos cinco anos.
Os dados fazem parte do relatório "Tendências Globais de RH no setor de Manufatura - 2023", resultado de uma pesquisa do Instituto Piepoli feita com 240 tomadores de decisão (gerentes de RH, gerentes de fábrica e gerentes de produção) de empresas no setor de indústria de transformação, no Brasil, China, Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido.
A automação, juntamente com a sustentabilidade, é uma das principais tendências que estão conduzindo a indústria da transformação globalmente e contribuindo para o seu desenvolvimento. De acordo com o relatório, de fato, 84% das empresas nos seis países pesquisados já introduziram ferramentas de transformação digital. No Brasil, esse percentual é de 85%.
Apesar da crença comum de que as ferramentas tecnológicas eliminarão um grande número de empregos humanos, entre as empresas instaladas no Brasil, 44% consideram que a força de trabalho seguirá sendo crucial no futuro.
No geral, a automação é vista como uma oportunidade para as empresas aumentarem a produção e se manterem competitivas e para os funcionários aprimorarem suas habilidades, crescerem profissionalmente e aumentarem os salários. No entanto, pode representar um risco para os trabalhadores com competências insuficientes ou obsoletas. A este respeito, 38% das empresas no Brasil afirmam que muitos trabalhadores não possuem atualmente as competências adequadas para novos empregos, o que realça o papel crucial que a formação desempenhará cada vez mais nos próximos anos.