É preciso criatividade e determinação para colocar em palavras (e páginas) uma história inteira tirada da imaginação, ou até mesmo uma enorme pesquisa sobre um acontecimento ou pessoa histórica. Nesta quinta-feira (25), é comemorado o Dia Nacional do Escritor, data definida pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido. A definição ocorreu devido ao I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE), em 25 de julho de 1960.
A data é um marco para a valorização e celebração de autores importantes para a literatura brasileira e mundial. Nesse universo de palavras e imaginação, os brasileiros não têm do que reclamar. Afinal, Clarice Lispector, Machado de Assis, Erico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Olavo Bilac e tantos outros marcam a história cultural e literária do País, inclusive mundial.
Para celebrar a data, o JC perguntou aos seus jornalistas quais são os seus autores nacionais preferidos.
A data é um marco para a valorização e celebração de autores importantes para a literatura brasileira e mundial. Nesse universo de palavras e imaginação, os brasileiros não têm do que reclamar. Afinal, Clarice Lispector, Machado de Assis, Erico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Olavo Bilac e tantos outros marcam a história cultural e literária do País, inclusive mundial.
Para celebrar a data, o JC perguntou aos seus jornalistas quais são os seus autores nacionais preferidos.
Cristine Pires, Editora-assistente de Economia - Erico Verissimo

Erico Verissimo tornou-se um dos escritores mais populares da literatura brasileira
LEONID SRELIAEV/DIVULGAÇÃO/JCAssim que aprendi a ler, meu primeiro livro foi O urso com música na barriga e, depois disso, nunca mais consegui me afastar das obras de Erico Verissimo. Da literatura infanto-juvenil, passando por romances e contos - com destaque para a série O tempo e o vento -, ele conseguiu ser sempre genial.
Jefferson Klein, repórter - Machado de Assis

Repleto de clássicos, Machado de Assis não poderia ficar de fora desta lista
WIKI COMMONS/REPRODUÇÃO/JCMachado de Assis é um escritor à frente do seu tempo, com um conhecimento ímpar da alma humana. É sensacional que atualmente novos leitores, não só do Brasil, mas também de outros países, estejam descobrindo as obras desse excelente escritor.
Igor Natusch, Editor de Cultura - Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade foi amplamente reconhecido como o poeta brasileiro mais influente do século 20
ALBERTO JACOB/O GLOBO/REPRODUÇÃO/JCA língua portuguesa é bela, mas não é fácil. E acho que pouca gente lidou tão bem com ela, e com tanta versatilidade, quanto Carlos Drummond de Andrade. Poeta como raros no mundo (em qualquer língua), o mineiro também era cronista de mão cheia (quem se iniciou na leitura na saudosa série Para Gostar de Ler sabe!) e um contista extraordinário, embora menos lembrado por esse aspecto do que deveria. Até a literatura infantil dele é ótima. Drummond é um patrimônio imaterial da cultura brasileira.
Liliane Moura, repórter - Carolina Maria de Jesus

Negra, semianalfabeta e catadora de papelão, Carolina Maria de Jesus foi uma das escritoras mais lidas do Brasil
ACERVO IMS/REPRODUÇÃO/JCDepois de ler Quarto de Despejo, a Carolina me marcou. Por ser uma mulher negra periférica, ela possui uma propriedade gigantesca para abordar temas tão profundos da realidade de um povo, e mesmo assim ela utiliza termos poéticos que enriquecem a escrita. Ela teve uma certa valorização, mas merecia muito mais.
Maria Eduarda Zucatti, repórter - Daniela Arbex

Jornalista e escritora, Daniela Arbex dedica suas obras à defesa dos direitos humanos
CARMELITA LAVORATO/REPRODUÇÃO/JCGosto de muitos escritores clássicos e sou apaixonada por diversos autores atuais, mas acredito que a colega de profissão merece seu posto nessa lista. Daniela possui livros-reportagem de assuntos importantíssimos e casos pesados da história do país, que merecem a devida atenção. O livro Todo dia a mesma noite, sobre a Boate Kiss, deixa registrado o descaso da noite que tanto marcou a população gaúcha.
Juliano Tatsch, Editor-assistente - Graciliano Ramos

Graciliano Ramos é considerado um dos maiores romancistas da literatura brasileira
AE/VEJA/REPRODUÇÃO/JCO modo cru, direto, com foco na narrativa e não no estilo, de Graciliano abriu para mim novas janelas de percepção acerca da literatura e do modo de se contar histórias. Vidas Secas é tão impressionante que, quase 90 anos depois de publicado, ainda impacta sobremaneira com uma literatura essencialmente regional e, ao mesmo tempo, profundamente universal.
Ana Stobbe, repórter - Erico Verissimo

Erico Verissimo é um dos nomes fundamentais da literatura gaúcha e brasileira
ACERVO LITERÁRIO IMS/DIVULGAÇÃO/JCEu acho que ele é um escritor clássico e que podemos aprender muito sobre a formação histórica do Brasil e do Rio Grande do Sul com ele. Como estudante de História, eu amo obras assim. Tenho até dificuldade em ler apenas algumas páginas dos livros dele, fico completamente imersa na leitura e com a forma como ele escreve. O Tempo e o Vento é uma obra prima da literatura brasileira, mas o Érico é muito versátil. Os outros livros dele também são ótimos e deixam o leitor refletir muito sobre temas que ainda são relevantes hoje em dia.
Gabrieli Silva, diagramadora - Marina Colasanti

Marina Colasanti venceu o Prêmio Machado de Assis depois de mais de 20 anos sem uma vencedora mulher
ALESSANDRA COLASANTI/REPRODUÇÃO/JCMarina faz com que pensemos na solidão sentida e vivida mesmo quando se está acompanhado, principalmente no livro Eu Sozinha. Para ela, a solidão se transformou em palavras, que viraram frases, que se transformaram em textos incríveis que deram origem ao primeiro livro dela publicado em 1968, aos 26 anos de idade.