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Publicada em 28 de Abril de 2022 às 17:03

O diálogo como fonte da transformação

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Nos últimos anos, diversas transformações sociais deslocaram a visão das organizações. Uma delas é o valor ao diálogo, que potencializa o aprender, o desaprender e o reaprender. A análise é feita por Denise Pagnussatt, líder de reputação da uMov.me e coordenadora do curso de Comunicação Empresarial da Famecos/Pucrs.
Nos últimos anos, diversas transformações sociais deslocaram a visão das organizações. Uma delas é o valor ao diálogo, que potencializa o aprender, o desaprender e o reaprender. A análise é feita por Denise Pagnussatt, líder de reputação da uMov.me e coordenadora do curso de Comunicação Empresarial da Famecos/Pucrs.
"O aprender acontece ao longo da caminhada, de modo consciente e inconsciente, a partir das experiências partilhadas. O desaprender depende da capacidade de alterar a lupa que avalia os fatos, ressignificando valores e atitudes, que sustentam quem somos", afirma a especialista no assunto.
O reaprender, por sua vez, conforme Denise, nasce das transformações impulsionadas pelas tecnologias, pelas trocas simbólicas entre as culturas globais e locais e, em especial, por uma maior consciência sobre o que importa na vida. Reaprender costuma ser complexo, pois o aprendizado está arraigado de certezas, convicções, controles e crenças que podem ser limitantes, assim como resultados obtidos em outros tempos.
Entretanto, a pandemia global trouxe incertezas, dúvidas a convicções, falta de controle em diversas perspectivas, novas informações e muita desinformação. "Esse cenário parece mostrar que o desaprender e reaprender alteram a forma de viver", ressalta a líder de reputação da uMov.me.
E ela sugere fazer alguns questionamentos. São eles: pense na organização em que você trabalha e reflita como os funcionários se sentem? As relações precisam ser repensadas? As lideranças sabem desaprender e reaprender? Existe abertura ao novo, ao diferente e ao diverso? As narrativas visibilizadas estão alinhadas às estratégias de negócio e a modelos de gestão mais humanizados?
"Se as suas respostas são não ou não sei, está na hora de provocar o diálogo, mediante escutas ativas, que valorizam um (re/des)aprendizado coletivo, oportunizando o despertar entre as pessoas (funcionários, clientes, fornecedores, entre outros) sobre o papel dessa organização, buscando como fazer a sua parte de forma mais humana, conectada com o ecossistema e aderente às novas realidades", sugere a coordenadora.
Ademais, de acordo com ela, as lideranças precisam ter consciência de que os resultados financeiros são consequência de objetivos sustentáveis e íntegros, que geram confiança e sustentação ao longo do tempo. "Começar pela experiência do diálogo, pela abertura às incertezas e às imprevisibilidades, pelo aprender colaborativo, parece ser um bom início para quem deseja reinventar-se nestes contextos incertos e complexos", acredita.

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