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Publicada em 26 de Abril de 2021 às 00:01

Solidariedade e propósitopara marcas mais humanas

Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC Brasil

Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC Brasil

/CMPC Brasil/Divulgação/JC
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Jornal do Comércio
Em 2020, a pandemia fez com que as corporações compreendessem na prática o conceito do capitalismo consciente. A situação de mundo mostrou que alcançar metas não era o bastante para atuar no mercado, mas que era necessário ampliar a atuação social e, principalmente, o cuidado com as pessoas.
Em 2020, a pandemia fez com que as corporações compreendessem na prática o conceito do capitalismo consciente. A situação de mundo mostrou que alcançar metas não era o bastante para atuar no mercado, mas que era necessário ampliar a atuação social e, principalmente, o cuidado com as pessoas.
As empresas já desempenham um papel fundamental na sociedade, por conta da geração de empregos e tributos e pela movimentação econômica na compra de insumos e serviços locais. Mas a atuação vai além: grandes organizações possuem recursos e representatividade para articular movimentos expressivos voltados ao bem-estar social, partindo de dificuldades enfrentadas pelos próprios colaboradores ou por comunidades onde estão inseridas.
A verdade é que, quando superarmos este cenário, cada organização vai deixar o seu legado - seja de crise ou de superação. Aquelas que se assumirem como agentes de transformação serão lembradas por tudo o que fizerem de positivo nesses dois anos.
Porém, essas ações também precisam dialogar de perto com o propósito da corporação. É preciso estar na razão de existir das empresas o compromisso com as pessoas. A atuação solidária não pode ser uma mudança de rumo do negócio, mas sim deve intensificar uma visão coletiva já existente na cultura da organização. Lideranças, acionistas e sociedade civil percebem muito mais valor na marca no momento em que veem esse alinhamento entre solidariedade e propósito.
O nosso propósito, denominado de Três Cs, tem como um de seus pilares conviver com as comunidades - aspecto levado à risca no desenvolvimento de práticas solidárias nos últimos meses. Recentemente realizamos a doação de 20 respiradores para os serviços de saúde pública do Estado, em um grande movimento de organizações e sociedade civil liderado pelo Instituto Cultural Floresta. Também neste ano lançamos a Iniciativa Valor Local, um fundo de desenvolvimento voltado às comunidades onde temos operações, em que vamos financiar ações voltadas à geração de renda, à educação, ao meio ambiente, à qualidade de vida ou ao combate à pandemia. E não pretendemos parar por aqui.
Nossa fórmula para atuar neste período é objetiva: encontrar o equilíbrio entre a operação eficaz e a responsabilidade com a saúde e o bem-estar das pessoas. É com essa visão coletiva que acreditamos que podemos criar relações cada vez mais sólidas com as comunidades onde estamos presentes. E, principalmente, porque entendemos que negócios só existem porque são feitos por pessoas e para pessoas.

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