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Publicada em 26 de Abril de 2021 às 00:01

O conhecimento como valor nas organizações do século XXI

Luís Lamb, secretário Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia

Luís Lamb, secretário Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia

/Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini/divulgação/jc
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Jornal do Comércio
A humanidade enfrenta o maior desafio desta geração. A pandemia de Covid-19 trouxe a necessidade de mudanças que já desafiavam as organizações. O século XXI é da economia do conhecimento; e o conhecimento é relacionado aos dados, cada vez mais abundantes. Esta abundância de dados (associada correntemente à exponencialidade) oferece desafios e oportunidades crescentes, bem como permitem a diferenciação daqueles que fizerem uso estratégico do conhecimento: estes serão os ativos da inovação e geração de valor.
A humanidade enfrenta o maior desafio desta geração. A pandemia de Covid-19 trouxe a necessidade de mudanças que já desafiavam as organizações. O século XXI é da economia do conhecimento; e o conhecimento é relacionado aos dados, cada vez mais abundantes. Esta abundância de dados (associada correntemente à exponencialidade) oferece desafios e oportunidades crescentes, bem como permitem a diferenciação daqueles que fizerem uso estratégico do conhecimento: estes serão os ativos da inovação e geração de valor.
Entretanto, a inovação e a "transformação digital" são processos contínuos. São mais centrados nas pessoas do que nas escolhas e aquisições tecnológicas: o ser humano estará no centro da transformação e da reinvenção das organizações nesta nova era.
A necessidade de profissionais capacitados a lidar com esta nova forma de gerar oportunidades e muito mais fundamentados em evidências do que em intuições será preponderante. As organizações necessitam, no século XXI, confiar em grande parte das suas decisões à análise de dados, ao especialista em conhecimento, àqueles que detêm a capacidade de navegar numa rede de dados organizados de forma não estruturada, não hierarquizada e mais complexa do que em qualquer momento da história.
Mas como gerar valor a partir da ciência dos dados, do aprendizado de máquina ou da Inteligência Artificial? Estes questionamentos dependerão de pessoal altamente especializado, que ocupará posições anteriormente dedicadas a outros perfis. Será uma era de profissionalização: da evidência como vetor da decisão; do conhecimento como indutor da inovação; da inovação como matriz de valor dos negócios. No centro de tudo estarão pessoas habilitadas e capacitadas. Não estarão somente novas tecnologias - cada vez mais ubíquas -, mas sim os profissionais diferenciados.
Por um lado, os valores humanos estão em alta, decorrentes de uma crise global sem precedentes recentes. Esta crise exige empatia e colaboração humanas. No entanto, o conhecimento é preponderante: aqueles que acumulam conhecimento, raciocínio lógico, capacidade de conectar e construir relações entre áreas aparentemente distintas, e enxergar as soluções dentro da complexidade crescente dos dados (e evidências) serão os profissionais mais requisitados do mercado. Esse profissional do conhecimento é distinto do profissional do passado, pois, além da capacidade analítica, terá de criar oportunidades em mercados cada vez mais abertos e informados.
 

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