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Publicada em 31 de Março de 2020 às 12:29

O mundo anda cada vez mais rápido

Tito Gusmão, CEO e Co-fundador da Warren

Tito Gusmão, CEO e Co-fundador da Warren

Warren/Divulgação/JC
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Conforme a tecnologia avança, as barreiras caem e a velocidade aumenta, fazendo que revoluções, que antes demoravam séculos, agora aconteçam em alguns anos. O que é novidade hoje, pode logo virar artigo pré-histórico.
Conforme a tecnologia avança, as barreiras caem e a velocidade aumenta, fazendo que revoluções, que antes demoravam séculos, agora aconteçam em alguns anos. O que é novidade hoje, pode logo virar artigo pré-histórico.
Neste mundo digital, de hiper conexão, de soluções ao alcance de poucos cliques, está a nova geração. Estudos mostram que 65% das crianças que estão entrando hoje na escola primária vão trabalhar em empregos que ainda nem existem. É essa turma que vai e já está entrando nas empresas a espera de encontrar nelas a mesma velocidade do mundo fora delas. Encontram? Em alguns casos não. Se deparam com legados de tecnologia (ou mesmo a falta dela) e formatos antigos de gestão e estruturação de times. Em outros casos sim, principalmente nas tais Startups, vistas pelos atrasados como "empresas cheias de hipsters, com puffs coloridos e mesas de ping pong", mas que na prática são empresas surgidas neste período de revolução digital e por isso trazem no DNA a velocidade dos dias atuais.
São exatamente elas que, entre uma e outra partida de ping-pong, batem de frente com as gigantes, até então sólidas e inatingíveis, fazendo com que muitas delas fechem as portas. Como essas empresas mais tradicionais podem mudar o jogo? Como podem aproveitar as vantagens que tem, dentre elas a base de clientes já conquistada, produto/serviço pronto, fluxo de caixa e ao mesmo tempo beber desse mundo novo das startups? Eu tenho minhas sugestões, mas antes preciso fazer o disclaimer que não sou consultor, especialista em transformação digital ou coisa parecida. Sou apenas um empreendedor, que está no dia a dia da trincheira, batalhando enquanto as bombas explodem ao redor.
Na minha opinião as coisas mais importantes para vencer a guerra estão relacionadas ao time. Ter as melhores pessoas, alinhadas em um objetivo único, em um ambiente que instigue a coragem, que recompense as melhores delas não com um simples décimo terceiro e sim tornando elas sócias do que estão ajudando a construir e organizar este time em grupos menores e independentes. Grupos multidisciplinares, com todo o poder e recursos para testar e construir rápido.
O modelo que vence a guerra hoje é justamente o menos "militar", menos centralizado, sem o padrão tradicional de hierarquia burocrática e com áreas de negócio separadas de área de produto que ficam separadas de área de tecnologia. Isso é lento e quanto mais tempo você demora, mais obsoleto você já está.

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