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Publicada em 31 de Março de 2020 às 11:47

Os ecossistemas na era da Inovação Aberta

Frederico Renner Mentz

Frederico Renner Mentz

Arquivo pessoal/Divulgação/JC
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Vivemos hoje em um mundo VUCA, acrônimo para descrever quatro características marcantes do momento em que estamos: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade.
Vivemos hoje em um mundo VUCA, acrônimo para descrever quatro características marcantes do momento em que estamos: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade.
De fato, estamos em uma era de transformação, mas também de grandes oportunidades. As barreiras de entrada para se empreender diminuíram muito, principalmente, em função do acesso barato às tecnologias. Estamos de fato na era das startups e falo isso pela possibilidade que estas pequenas empresas ou, as vezes, apenas ideias, tem de crescerem em velocidade exponencial e ameaçarem as gigantes. Isso se deve a um conjunto de fatores mas, principalmente, ao fato de vivermos na era digital.
Nunca foram criados tantos unicórnios (empresas com valor acima de U$1bi) e, ao mesmo tempo, nunca as grandes e consagradas empresas e indústrias foram tão ameaçadas. Vide os cases Airbnb, Uber, Spotify, Netflix e outras, que desconstruíram conglomerados que ninguém imaginou ser possível.
Prova disso é você olhar o índice S&P da bolsa americana que demonstra as maiores empresas dos EUA e onde, cada vez mais, as empresas diminuem o seu tempo médio de permanência. Isso ocorre, em especial, pelo fato de não estarem conseguindo acompanhar a velocidade das mudanças, mas também por não terem uma estratégia voltada à inovação.
Surgem neste contexto os ecossistemas ou hubs de inovação como um ambiente fundamental na jornada de transformação das empresas. Estes ambientes são provas reais de que estamos na era da conectividade, da inovação aberta e da colaboração. Nestes locais, hoje já bastante disseminados no Brasil, estão concentradas startups, grandes empresas, mentores, fundos de investimento e um conglomerado de agentes do ecossistema de inovação, um verdadeiro aquário de oportunidades e de negócios. Em Porto Alegre, temos o Instituto Caldeira, que simboliza este tipo de iniciativa. O nome vem bem a calhar, ou seja, neste ambiente existe uma atmosfera virtuosa de conexão e energia pulsante de fomento ao empreendedorismo.
São nestes hubs onde as grandes empresas estão buscando beber na fonte da inovação aberta, através da conexão com o mundo das Startups buscam transformar o seu negócio de forma que a inovação passe a ser parte dos processos e da estratégia da empresa, ou seja, a ideia é desenvolver um mecanismo continuo de geração de valor e reinvenção constante através da inovação, uma verdadeira Caldeira de ideias.

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