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Publicada em 31 de Março de 2020 às 11:46

Marcas são pessoas

Débora Tessler

Débora Tessler

Ricardo Lage/Divulgação/JC
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Jornal do Comércio
Preciso ser honesta com vocês. Desde que aceitei o convite para escrever sobre gestão de marca nos canais digitais tenho pensado em uma única coisa: marcas são pessoas - feitas por pessoas para pessoas. Marcas têm identidade e estão em busca de traduzir a sua essência e transparência para serem reconhecidas, caso contrário não evoluem. As pessoas, também.
Preciso ser honesta com vocês. Desde que aceitei o convite para escrever sobre gestão de marca nos canais digitais tenho pensado em uma única coisa: marcas são pessoas - feitas por pessoas para pessoas. Marcas têm identidade e estão em busca de traduzir a sua essência e transparência para serem reconhecidas, caso contrário não evoluem. As pessoas, também.
Criar confiança a partir da marca, promessa de valor, benefícios, desejos e gerar uma boa experiência para o cliente é um desafio dentro das diversas transformações no jeito de viver e ver o mundo. Complementando esse cenário de mudanças, o futurista Tiago Mattos abordou recentemente, em um tweet, sobre o perigo de estudar somente um futuro, pois corremos o risco de ficarmos cegos pela ignorância ou pela doutrinação. Tiago sugere sempre optarmos pelos "futuros", no plural. E é aí que as marcas entram no oceano das mídias digitais, que amplificam mensagens, dão voz, audiência e pertencimento às pessoas. E às marcas, também.
A presença digital de uma marca não se basta em si. Afinal, ninguém dá like em card institucional. A marca precisa se humanizar para gerar vínculo, conexão e como consequencia, engajamento e daí sim refletir em venda e reputação.
E sim, as métricas de sucesso também mudaram. As equipes de marketing têm o desafio de afinar o olhar para os futuros, ramificando e personalizando cada mensagem, gerando conteúdo personalizado para cada plataforma, optando por porta-vozes que se comunicam diretamente com seu público através da influência. Mas, vale lembrar, que a reputação de uma marca está a beira de um clic para ser amada ou rechaçada. Discursos falsos, preconceito, racismo, promessas que não são cumpridas, post com feedback negativo deletado da timeline, não terão vez. Ninguém mais escapa: nem as marcas, nem as pessoas (ainda bem!). E, sabendo que as mídias digitais ficam disponíveis dentro daquela máxima "dá um Google", a coerência, a inclusão, a transparência, a verdade, os valores são a bola da vez e cá entre nós: vieram pra ficar. Mude com verdade ou não só as marcas como também as pessoas, estarão fora do jogo.

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