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Publicada em 28 de Março de 2019 às 19:21

A sustentabilidade por trás da CMPC, da Tramontina e da Fruki

Tramontina foca na prevenção da poluição e na utilização racional dos recursos naturais

Tramontina foca na prevenção da poluição e na utilização racional dos recursos naturais

/TRAMONTINA/DIVULGAÇÃO/JC
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Jornal do Comércio
A indústria tem traçado um caminho distante da imagem histórica surgida durante a Revolução Industrial, no século 18. Com isso, as cortinas de fumaça emanando de chaminés de fábricas ficaram no passado. Atualmente, empresa e consumidor precisam ter a mesma preocupação em relação ao meio ambiente. Enquanto a primeira promove medidas que reduzem o impacto de poluição ou ações de compensação, o segundo está cada vez mais consciente e atento ao que consome. A busca por se tornar uma marca engajada na sustentabilidade é um diferencial que vem ganhando notoriedade.
A indústria tem traçado um caminho distante da imagem histórica surgida durante a Revolução Industrial, no século 18. Com isso, as cortinas de fumaça emanando de chaminés de fábricas ficaram no passado. Atualmente, empresa e consumidor precisam ter a mesma preocupação em relação ao meio ambiente. Enquanto a primeira promove medidas que reduzem o impacto de poluição ou ações de compensação, o segundo está cada vez mais consciente e atento ao que consome. A busca por se tornar uma marca engajada na sustentabilidade é um diferencial que vem ganhando notoriedade.
A gaúcha CMPC, por exemplo, defende que o crescimento econômico deve estar aliado às questões sociais e ambientais. Portanto, adotou diversas ações com essas finalidades. Uma delas é o cultivo de florestas como fonte de suprimento de matéria-prima sustentável, com produção de celulose de fibra curta de eucalipto. Com fábrica em Guaíba, possui 914 hortos distribuídos em 57 municípios do Estado.
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O diretor geral da empresa, Mauricio Harger, ressalta que as florestas da CMPC, considerando também as áreas de proteção permanente, proporcionaram em 2016 a captação de mais de 12,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera. O volume é 13 vezes superior que as emissões da empresa, o que reduz o impacto da intensificação do efeito estufa. "Um dos nossos diferenciais é que 99,7% dos resíduos resultantes do processo de fabricação da celulose são reciclados e destinados para diferentes usos na agricultura, servindo de adubo orgânico e corretivo de acidez de solos, entre outros", salienta.
Harger destaca, ainda, a criação do Portal Ambiental, que dispõe de relatório de indicadores ambientais, informes de eventos relevantes, documento de compromisso ambiental, glossário e canal de contato.
Segundo o diretor geral, a empresa é guiada com os propósitos dos 3 Cs (Criar, Conviver e Conservar). "A CMPC tem apoiado e desenvolvido diversos projetos voltados para cultura, esporte, educação, meio ambiente, geração de renda, terceira idade e infância e adolescência no Rio Grande do Sul e nacionalmente", pontua. Em 2019, o programa de investimento social privado, que conta com 45 projetos, deve atender mais de um milhão de pessoas. 
Assim como a CMPC, a Tramontina acredita que é fundamental apostar na sustentabilidade e tem desenvolvido ações de gestão ambiental ao longo dos anos. Em 2014, criou o seu Comitê Ambiental, formado por representantes de todas as unidades produtivas. As medidas focam na prevenção da poluição e na utilização racional dos recursos naturais. A empresa afirma que prioriza a reutilização nos processos produtivos, a reciclagem e a recuperação energética, destinando aos aterros industriais do grupo somente os rejeitos dos processos não passíveis das demais destinações.
Ou seja, a Tramontina mantém processos internos de reciclagem de materiais, que depois de utilizados são reprocessados e retornam ao processo produtivo como matéria-prima. Os resíduos recicláveis que não podem ser reaproveitados são gerenciados através de uma Central de Triagem, onde são destinados a recicladores habilitados.
Os recursos hídricos nas unidades é outro ponto ressaltado pela empresa. A água passa por uma série de tratamentos antes de ser devolvida ao meio ambiente ou ser reutilizada nos processos industriais. Em alguns casos, o índice chega a 100%. Também faz parte do programa de ações sustentáveis a utilização de energia solar fotovoltaica, que causa menor impacto ambiental. 
A Tramontina possui sistemas para controle de liberação na atmosfera de material particulado, gases de combustão (caldeiras) e compostos voláteis (processos de pintura). O controle de emissões conta com análises laboratoriais para o monitoramento. Por meio da utilização desses sistemas, são retidas as emissões de material particulado e destinadas na forma de resíduos sólidos para os aterros, ou são reaproveitadas no próprio processo produtivo, como é o caso da serragem e do pó da usinagem de produtos de madeira, que após recolhidos e queimados em caldeiras geram energia.
A Fruki, que completará 95 anos em abril, tem dado atenção especial às questões ambientais desde a década de 1980, quando inaugurou, em Lajeado, uma das primeiras estações de tratamento de efluentes (ETE) do Rio Grande do Sul e pioneira no Vale do Taquari. A implantação fez com que outras empresas, inclusive do ramo de bebidas, conhecessem de perto a ETE para averiguar quais eram seus resultados e como o funcionamento se enquadrava no processo produtivo.
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"Ao colocar o tema da sustentabilidade como um de seus valores, a empresa atesta publicamente um conceito enraizado em sua cultura organizacional. Ao longo destas mais de nove décadas ganhou-se muito com a experiência, com o aperfeiçoamento e com a difusão de ideias e projetos. Certamente esse é um dos fatores que nos leva a sermos reconhecidos como uma empresa que vai muito além do cumprimento de suas obrigações", assinala o diretor-presidente da Fruki, Nelson Eggers.
A estação de tratamento deu origem a outras iniciativas. A própria ETE foi modificada e modernizada e o lodo gerado é incorporado em solo agrícola, em área licenciada pertencente à empresa, destinada ao cultivo de hortifrutigranjeiros e de árvores nativas. Além do lodo, são incorporados ao solo resíduos como as cinzas da caldeira.
A Fruki tem sete linhas de produção automatizadas com capacidade para fabricar até 420 milhões de litros de bebidas por ano e criou o Programa Tecnologias Limpas, para aplicar continuamente uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica.
A marca de bebidas destaca que incentiva seus profissionais a contribuírem com ideias que possam ser implantadas para tornar os processos mais eficientes e com menor impacto ambiental. "Nosso comprometimento é com o desenvolvimento de toda a sociedade", sintetiza Eggers.
 A empresa adotou também práticas no dia a dia que são favoráveis ao meio ambiente, dentre as quais a iluminação natural na área industrial, com o uso de telhas translúcidas; a redução no consumo de água tanto no processo industrial quanto nos demais setores da empresa e a colocação de recipientes de coleta seletiva de resíduos em todas as áreas. A linha de produção recebeu a implantação da tampa conhecida como short finish, que reduz a quantidade de resina necessária para a fabricação de embalagem. No quesito das embalagens, as da Água da Pedra e da Frukito passaram a ter rótulos de papel, em substituição aos de plástico.
A  Fruki possui, ainda, sistemas com filtro para captação de água da chuva. Essa água é utilizada em fins menos nobres como torres de resfriamento, caldeira, sanitários, irrigação e limpeza de pátios externos. O monitoramento da captação e consumo de água é acompanhado através de um software, chamado de Projeto Gestão de Águas, que possibilita a observação em tempo real. 
Tomando a sustentabilidade como bandeira, os planos de expansão da Fruki são otimistas. Até o final de 2020, deve entrar em operação, em Paverama, uma nova fábrica para a produção de bebidas energéticas, bebidas funcionais, sucos e chás. A segunda fase, que prevê a fabricação de cerveja, deverá ser concluída até 2025.
Essas ações são percebidas pelo público e acabam tornando ambas as marcas referência quando o assunto é o cuidado com o meio ambiente. Um diferencial que fica como legado.

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